Depois de anos em que os ex-governadores do Acre foram relegados ao esquecimento parece que os ventos políticos estão mudando de direção. Recentemente o senador Jorge Viana (PT) fez uma homenagem ao ex-governador e ex-senador Nabor Júnior (PMDB) na sua Fan Page nas redes sociais. Jorge chegou a escrever que se arrepende de ter colocado um candidato ao Senado contra Nabor, em 2002. Também citou o ex-governador como um exemplo de retidão e honestidade na política acreana. Na sessão dessa terça, dia 27, na Aleac, o nome de Nabor esteve mais uma vez em destaque. No debate entre os deputados Major Rocha (PSDB) e Eduardo Farias (PC do B) sobre os Soldados da Borracha os méritos dos dois salários mínimos concedidos foi para Nabor. O único avanço que houve depois disso foram os R$ 25 mil de indenização que será concedido pela presidente Dilma (PT) aos “velhinhos”.
Ponta do iceberg
A lembrança espontânea por parte da população dos ex-governadores Binho Marques (PT), Jorge Viana (PT), Flaviano Melo (PMDB) e Orleir Cameli é um indício de insatisfação. E uma prova de que cada deu a sua contribuição.
O tempo mudou o slogan
Em 2002, Geraldo Mesquita foi eleito ao Senado pela FPA com o slogan “Nabor nunca mais”. O interessante é que a política e a história provaram que o ex-político, com mais de 80 anos de idade, está mais vivo do que nunca.
Muito barulho por nada
Esse debate sobre os benefícios dos Soldados da Borracha já encheu a paciência. Depois de 70 anos de esquecimento desses “heróis” R$ 25 mil não é propriamente uma grande recompensa. Os sete salários não saíram do papel.
Questão de humildade
Quem acha que esse valor pífio para quem esperou 70 anos pelo reconhecimento da sociedade brasileira agradou a 100% dos Soldados da Borracha comete um engano. Claro que R$ 25 mil é melhor do que nada. Mas não é o paraíso na Terra.
Surpresa
O vigor dos discursos da deputada Antônia Sales (PMDB) nos lançamentos da sua pré-candidatura a vice de Márcio Bittar (PSDB) empolgou muita gente. Antônia fala com o coração e com veemência. Ela realmente acredita nos que está dizendo.
Balela
Li algumas argumentações de que seria ruim para o Acre ter uma vice-governadora peruana. Antônia Sales é uma das pessoas da política acreana que mais conhece o Estado. São poucos os que já estiveram nos grotões perdidos da nossa floresta como a “peruana”.
Boa safra de vices
Aliás, vale ressaltar que a maior novidade das eleições de 2014 são os candidatos a vice. Os três escolhidos, na minha avaliação, são mais qualificados que os das eleições anteriores. Antônia Sales (PMDB), Nazaré Araújo (PT) e Henrique Afonso (PV) contribuem com os seus cabeças de chapas.
Perdidos
O grupo político da família Lima ficou sem rumo com a desistência de Mâncio Cordeiro (PT). A tendência, como já escrevi, é o apoio ao pré-candidato a deputado federal Angelim (PT). Mas ainda não bateram o martelo e podem escolher alguém do grupo para a missão.
Se não for dessa vez…
Léo Brito (PT) será o candidato a deputado federal da cúpula do PT. Ele ficou quatro anos como presidente do partido depois da sua derrota em 2010. Teve muito tempo para se articular. E os ventos do destino o estão beneficiando. Se não conseguir se eleger pode mudar de rumo…
Opinar não ofende
Sempre achei que da nova safra do PT o nome mais forte para uma candidatura a deputado federal é o do deputado estadual Ney Amorim (PT). Ele sabe fazer campanha. Aproveita bem a estrutura política que criou com os dois mandatos na Aleac.
Sempre vivo
O pré-candidato a federal e ex-superintendente do INCRA, Idésio Franck (PT), ligou dezenas de vezes para o deputado Jonas Lima (PT) depois da desistência de Mâncio. Não é difícil imaginar qual o desejo de Idésio…
Não descartem
O deputado federal Sibá Machado (PT) tem aliados “poderosos” no Diretório Nacional do PT. Entre eles o ex-ministro José Dirceu (PT). O fato de ficar meio de banda com o governador Tião Viana (PT) mais o ajuda do que atrapalha.
Mais um na corda bamba
Recebi a notícia de uma fonte que tem mais uma candidatura petista a federal em dúvida de seguir em frente. Melhor esperar o tempo revelar o nome. Mas o jogo interno é bruto e só sobrevive quem está muito bem preparado.
Sem retrocesso
Tem gente que ainda não acredita que o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) vai lançar o seu filho Fagner (PMDB) a federal. Mas a sensação é que a decisão é prego batido com a ponta virada.
Cada um no seu quadrado
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) sempre se elegeu, principalmente, com os votos da Capital e do Vale do Acre. Além disso, deverá ter o apoio incondicional do prefeito Cleidson Rocha (PMDB) de Mâncio Lima, no Juruá.
Aumento da bancada
Na realidade, o quadro está favorável para que o PMDB realize o desejo do seu Diretório Nacional de ter dois deputados federais. No atual momento político isso poderá acontecer.
Jogo adversário
Alguns setores da FPA estão tentando influenciar a oposição para que não saia com um chapão para deputado federal. Ainda que a própria FPA tenha optado por esse caminho. Se a Aliança sair unida nas proporcionais tem chances reais de eleger quatro deputados federais. Agora, quem joga por interesses pessoais vai morder a isca. Não há como desmembrar um grupo que luta contra as adversidades de quatro derrotas eleitorais seguidas. Se não se mantiverem unidos correm o risco de um novo fiasco.
