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Um sonho que sonhamos juntos se torna realidade

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Impressionante como as coisas na política estão ficando cada vez mais preocupantes.  Estamos assistindo e vivendo momentos que nos levam a reflexão sobre escolhas e decisões que as pessoas estão fazendo no seu dia-a-dia. O curso que elas estão tomando, mostra o distanciamento que suas pretensões têm dos interesses gerais da sociedade. O individualismo ganhou magnitude nas relações sociais, e impulsiona a sociedade a um caos sem precedente. O homem se aprofunda num abismo sem fim na sua busca solitária pelo bem-estar; fechou-se em si mesmo e transmite, com isso, um total desinteresse pelas vidas dos outros. Precisamos descortinar as causas que estão determinando esse ostracismo social a que ele está submetido, mesmo que incorramos numa abordagem superficial.


Os avanços tecnológicos nas relações de produção têm mudado o comportamento das pessoas. Sempre achei que esses avanços são necessários para melhorar e facilitar a qualidade de vida. Todavia, não esperava que a tecnologia se transformasse num instrumento de dominação na vida social das pessoas. Ela, a tecnologia, é um altar de adoração em que o homem tem nela a busca e resposta para tudo que vem aparecendo na vida.

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O princípio da colaboração está se perdendo em meio a esse domínio que os meios tecnológicos têm exercido na definição dos desafios que a sociedade apresenta no seu cotidiano; deixamos de consultar o homem a respeito de suas inquietações, para buscarmos nos recursos disponíveis que temos com a tecnologia, e isso demonstra que o tipo de homem que está se formando no século XXI está substituindo a essência humana pela coisificação de suas relações com a natureza e com os outros homens.


Grande mudança está ocorrendo no ambiente familiar em que os personagens, no seu interior, vão se relacionando com a intermediação dos aparelhos tecnológicos. Os cônjuges passam mais tempo com a internet, do que se relacionando entre si, os filhos se comunicam mais com as redes sociais do que com seus pais. Não tenho dúvida de que a educação recebida é mais dos meios de comunicação, e os pais estão ficando sistematicamente na periferia do universo de seus filhos. Com isso, podemos dizer que a personalidade e o caráter das pessoas estão sendo moldados por aqueles que são detentores desses instrumentos tecnológicos. Então, quem são esses senhores?


São senhores que dominam o mundo. O mundo da política, da economia, da cultura, do entretenimento, das ideologias, enfim, os senhores das pessoas sem Deus. São as elites globalizantes que se apropriam das riquezas e, portanto, da superestrutura da sociedade. Os pós-modernistas que ensejam as mudanças dos valores cristãos por valores humanistas, secularistas e materialistas, que impõem às pessoas a desconstrução da família tradicional, o “aborto seguro”, a liberação do sexo, das drogas e a promiscuidade legalizada. Os mesmos que são responsáveis pela promoção do comportamento narcisista; os que promovem o desencontro da verdade para dar ênfase ao hiper-relativismo; os que ignoram a importância da pureza, dando status ao prazer como bem supremo da sociedade; os que promovem o descontrole da concupiscência dos olhos e da carne, legitimando e incentivando o super consumismo.


Temos que aprender a viver nesse contexto contemporâneo exercendo poder de influência na sociedade com os que resistem esse modelo que está em curso, em suas pretensões dominadoras. Nossa tarefa é encontrar as brechas que esse sistema tem para entrarmos e contrapormos sua filosofia e ideologia.


É urgente e necessário o surgimento de um movimento transformador que tenha o objetivo de resistir esse processo de desconstrução dos valores cristãos, e de ocultação do projeto de dominação exercida por uma pequena elite dos meios de produção e das relações manifestadas na sociedade.


O cristão precisa se reposicionar nesse momento preocupante de nossa sociedade. A ele, o cristão, pesa a responsabilidade de desvendar esse esquema desumanizante e ante Deus que se levanta e se consolida entre todos os cantos da sociedade. Para isso, penso que o ministério pedagógico na Igreja deve intensificar o discipulado do cristão, no que se refere ao seu papel transformador no meio social, à luz da Palavra de Deus. O exercício pleno e consciente de sua cidadania deve encontrar sentido quando o cristão se posiciona como denunciador das injustiças sociais, e se apresenta como promotor de uma nova realidade. O cristão consciente de sua cidadania regozija-se na esperança, e fundamenta sua prática em busca da libertação da sociedade na VERDADE. É um articulador de um tempo de paz, prosperidade, união e fraternidade. No seu lugar secreto de oração, em todo tempo põe no Santo dos Santos todas as autoridades aos cuidados de Deus; busca nEle a superação dos problemas que assolam a sociedade.


Se o cristão exercer sua missão de intercessor, discipulador e denunciador das injustiças sociais, com certeza arvoraremos uma nova história de felicidade para o nosso povo.


Essas referências são pérolas escondidas nas profundidades das pessoas redimidas. O primeiro passo é juntá-las para que esse tesouro seja um atrativo; o segundo é o enfrentamento ao egoísmo humano que tem impedido das pessoas terem acesso a esse bem maior.


Temos que encontrar em meio à desilusão, ceticismo, incredulidade à conquista dessas pérolas que formam a totalidade do tesouro que sonhamos ter em nossas mãos: a promoção da vida, e a vida em abundância é a peça completa dessa riqueza. A ética, a democracia, o Estado laico, a prosperidade econômica, a paz, assistência social no fortalecimento da família e os direitos humanos, na lente cristã, são as pérolas reluzentes num mundo de trevas, que propiciarão um novo tempo.


Creio que nesses valores edificaremos uma sociedade que valorize a vida desde a concepção, e fortaleça a família como ambiente saudável, e a principal célula da sociedade que fundamenta a construção de uma nova história. Uma família em que papai, mamãe e filhos tenham suas três refeições garantidas todos os dias, condições de saúde, educação, lazer num ambiente estruturado a partir dos valores e vivências cristãs.


Às vezes pensamos que estamos sonhando todas essas coisas, sozinhos. São poucos que assumem com sinceridade essas bandeiras, e pagam o preço no avanço delas na sociedade. O sonho que se sonha só é apenas um sonho, como diz o poeta. Mas, o sonho que sonhamos juntos se torna realidade. Espero que nas andanças por esse Brasil, essas bandeiras possam atrair os caçadores desse tesouro: a promoção da vida; e a conquista dessas pérolas: a ética, a democracia, o exercício da cidadania, o Estado laico, a paz, a prosperidade econômica e o fortalecimento da família. Que haja o reconhecimento de que sem Jesus nada podemos fazer.


* Henrique Afonso é deputado federal e pré-caandidato a vice-governador do Acre


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