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Disputa entre candidatos revela divergências internas no PT

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O processo do PED (Eleições Diretas) que escolhe os presidentes regionais do PT, no Acre, em 2013, teve uma disputa acirrada como nunca se tinha visto. Antes a escolha acontecia através de acordos e os filiados petistas só iam às urnas para ratificar. Mas no ano passado não foi assim. Teve campanha que extrapolou os bastidores do partido e acabou chegando à imprensa. Uma verdadeira eleição que se por um lado valorizou a democracia interna, por outro, acabou criando rachas entre petistas que parecem não terem sidos superados. Três candidaturas a deputado federal do PT refletem esse quadro. Léo Brito (PT), ligado a DR, Sibá Machado (PT), da Articulação e, Mâncio Cordeiro (PT), DS. Cada um deles tem grupos de militantes e conexões políticas distintas. São fortes candidatos que disputam os mesmos espaços dentro do PT. Quem vai superar os obstáculos e sair vitorioso só as urnas dirão.


Risco de contaminação
O perigo dessa disputa acirrada entre os fortes candidatos proporcionais é a contaminação das candidaturas majoritárias da FPA. O afã de cada um encontrar o seu espaço provoca novos conflitos internos que se refletem na coligação.

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A hora da liderança
O maior interessado em aplainar a “força desproporcional” dos candidatos ao Parlamento deveria ser o governador Tião Viana (PT), que concorre à reeleição. Como cabeça de chapa se ele beneficiar qualquer um dos concorrentes vai criar mágoas nos outros concorrentes.


Dano natural
Agora, tanto o PED quanto a guerra de informação entre os candidatos do PT mostraram ao eleitorado que a famigerada unidade petista já não é a mesma. O quê, na realidade, é natural. A democracia pressupõe divergências. Se houvesse apenas um pensamento seria uma ditadura.


Sem espaço para cinco
Acho difícil o PT conseguir eleger sozinho quatro deputados federais. A FPA tem concorrentes de outros partidos que não podem ser descartados. Assim Léo Brito (PT), Angelim (PT), Mâncio Cordeiro (PT), Idésio Franck (PT) e Sibá Machado (PT) lutam entre eles por duas ou três vagas.


Quem mais…
Outros candidatos a deputado federal da FPA também estão na briga para ocuparem as vagas da coligação. Moisés Diniz (PC do B), Raimundo Vaz (PRP), Luiz Tchê (PDT) e César Messias (PSB), se for candidato, têm histórico político e estão no jogo. Sem falar em outras candidaturas de nomes menos conhecidos que podem surpreender.


Cortando na própria carne
O prefeito de Xapuri, Marcinho Miranda (PSDB), reduziu em 15% o seu salário e cortou vários cargos comissionados. Vai economizar R$ 150 mil por mês. É um começo para enfrentar a penúria que passam as prefeituras acreanas.


Foi a casa, mas ficaram os artistas
Outro dia um secretário de Governo reclamava do núcleo de apoio em Cruzeiro do Sul. Dizia que alguns dos nomeados governamentais do município faziam corpo-mole. Só aparecem em cena quando o governador Tião Viana (PT) está presente.


Se…
O jovem candidato a vice prefeito de Cruzeiro do Sul, em 2012, Marcelo Siqueira (PT) poderia ter se tornado uma liderança regional do partido. Isso se tivesse concorrido na cabeça da chapa. Agora, poderia disputar a Câmara Federal ou a Aleac com chances. Mas não foi isso aconteceu…


A pior escolha
Outro que poderia ter saído consagrado do pleito seria o ex-vereador Zequinha Lima (PC do B). Mas escolheram o deputado federal Henrique Afonso (PV) que sempre teve divergências internas na FPA. Henrique agora é oposição até na alma.


Tião X Alckmin: uma briga que antecipa a disputa presidencial
A questão dos haitianos ultrapassou as fronteiras acreanas. Ganhou destaque na mídia nacional por ter elementos que estão entrelaçados com a disputa entre os dois maiores partidos do país. Um governador do PT e outro do PSDB trocando insultos e acusações de incompetência. Um prato atraente para a imprensa antecipando a campanha presidencial. Mas na minha avaliação, o governador Tião Viana (PT) perdeu uma excelente oportunidade de sair por cima do debate com os paulistas. Quando alguém vê um jogo do Vasco contra o Bonsucesso, quem não for vascaíno naturalmente torcerá pelo Bonsucesso. A mesma coisa se o estado mais poderoso do país briga com um dos menores. Se Tião dribla e, se passa por vítima, teria angariado a simpatia de toda a mídia nacional. Alckmin e a sua secretária Heloísa de Souza Arruda ficariam como algozes de um pequeno e pobre estado que acolheu sozinho os haitianos por mais de dois anos. Mas Tião resolveu ir para o conflito, ameaçou processar, reagiu aos ataques e perdeu a vantagem natural que tinha. O pior é que criou uma “saia justa” para os seus aliados petistas do Governo Federal que passaram por incompetentes por já não terem resolvido o problema.


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