As mais recentes eleições majoritárias no Acre demonstraram a tendência de polarização entre alguém de oposição contra o candidato da FPA. Quem quer a continuidade do “projeto” da FPA e quem deseja a mudança de Governo. Tão simples quanto isso. Imagine se o Bocalom (DEM) teve aquela enxurrada de votos em 2010? A grande parte de quem votou nele queria simplesmente mudar o Governo. Nesse sentido Márcio Bittar (PSDB) e Bocalom (DEM) farão uma disputa para ver quem tem mais chance de ir ao segundo turno, caso isso ocorra. Ainda não identifiquei muitos eleitores convictos de um ou outro candidato. Vejo sim, gente querendo mudança, querendo renovação. Na minha avaliação essa vai ser a tônica da eleição no Acre. E a campanha será decisiva para convencer os eleitores daquilo que desejam para o Acre a partir de 2015.
Eleitores campeões
O prefeito de Rio Branco será o eleitor mais importante para Tião Viana (PT). Já o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) será o mais importante para a oposição. Os dois estão nos cargos e bem avaliados pela população dos seus municípios. Podem fazer a diferença.
Tendências na disputa pelo Senado
Deverá haver uma polarização entre Gladson Cameli (PP) e Perpétua Almeida (PC do B). Isso qualquer pesquisa realizada recentemente demonstra. A candidatura de Roberto Duarte (PMN) tira votos tanto de Gladson quanto de Perpétua. Duarte, candidato pela primeira vez, ainda é uma incógnita eleitoral.
Não existe vitória antecipada
Como não existe segundo turno para o Senado os dois candidatos que tiverem na frente próximo das eleições irão polarizar a disputa. O eleitorado vai escolher entre dois. Quem ficar para trás terá votação de nanico. Mas tudo obviamente depende da campanha que os três vão apresentar.
O viajante
O deputado estadual Moisés Diniz (PC do B) sempre apresenta propostas para solucionar problemas do Acre fora do Estado. As bandeiras que empunha como Telexfree, manutenção de empregos de servidores e, agora, a redução do preço da gasolina mais cara do mundo comercializada em Cruzeiro do Sul tem palcos de embate externo.
Isso ou aquilo
Se os requerimentos do comunista forem aceitos comitivas de deputados estarão em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Se as iniciativas derem certo tudo bem. Mas se não, será desperdício de tempo e energia.
Sem medo de ser feliz
Mas uma coisa é indiscutível, Moisés Diniz (PC do B) faz um bom mandato. Acerta e erra, sem se omitir. E a sua atuação realmente está mais para a esfera nacional do que local. Se os eleitores vão reconhecer isso já é outra historia.
Nada aplainado
O PSDC manterá a liberdade para a escolha do candidato ao Senado. Quem garante é o deputado Edvaldo Souza. “Estamos abertos para conversarmos com todos os candidatos. Não haverá imposição,” diz ele.
Sem rumo
Que o PSDC cresceu politicamente no Acre não há dúvida. Mas colocaram o partido numa sinuca de bico. Horas admitem entrar até no chapão da FPA com PT, PEN e PROS. Outras, pensam ser mais fácil manter os seus deputados numa chapa de oposição. Até junho tudo pode acontecer.
Discórdias minimizadas
O jovem vereador de Rio Branco, Marcelo Macedo (PT), me liga para dizer que o deputado federal Sibá Machado (PT) não pertence à corrente petista, DS. Sibá é da Articulação. O representante acreano da DS é o deputado federal Taumaturgo Lima (PT), que não concorre à reeleição.
A paz
O vereador petista também garante que o grupo da DS vai apoiar Tião Viana (PT) sem restrições. A DS pode estar de bem com a DR. Mas será que a reciproca é verdadeira? O processo de eleição interna do PT deixou marcas difíceis de serem apagadas.
Sintomas das divergências
O natural seria o diretório do PT de Cruzeiro do Sul apoiar a eleição de Mâncio Cordeiro (PT), da DS, para deputado federal. Mas a maior parte vai entrar na batalha pela eleição de Léo Brito (PT), da DR. Mâncio é do Juruá e tem serviços prestados ao Acre e à FPA. Qual dos dois podem ajudar mais no desenvolvimento da região?
Isolado
Se Sibá Machado (PT) conseguir se reeleger tem que se tirar o chapéu pra ele. Faz parte de um grupo minoritário dentro do PT acreano e não goza da simpatia das suas principais lideranças. Além disso, colocaram candidatos de tudo quanto é lado para dificultar os seus votos nos seus tradicionais redutos eleitorais.
Chá de sumiço
O deputado Hélder Paiva (PEN) anda sumido da Aleac. Quando aparece está sempre muito sorridente e parece pouco preocupado com eleição. Acho que Hélder encontrou interesses muito além da política.
Bata e a porta se abrirá
No começo da atual legislatura da Aleac, Helder chegou a ser o favorito para a presidência da Casa. Naquela ocasião, vivia questionando se deveria dedicar-se mais à espiritualidade ou à política. Parece que encontrou o rumo que queria.
Assim é se lhe parece
Parecia que o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, professor Roger (PSB), daria show de gestão. Mas anda muito apagado. O presidente deve estar encontrando mais turbulências do que imaginava. Afinal, satisfazer gregos e troianos não é muito fácil na política.
Pistas no caminho
De vez em quando encontro com pré-candidatos a deputado estadual que citam o nome do vereador Raimundo Vaz (PRP), que disputará uma vaga para deputado federal. Notícias de parcerias. Raimundo Vaz definitivamente não é carta fora do baralho. São os outros que andam falando dele.
Mistura indigesta
Sem bom humor a política fica muito chata. O colega jornalista Salomão Matos (PP), pré-candidato a deputado estadual está levando a eleição a serio. O Saróca, como é conhecido, tem andado muito pela periferia da Capital e municípios do interior. O discurso dele é o seguinte: “pega a vereadora Eliane Sinhasique (PMDB), o deputado estadual Major Rocha (PSDB) e o ex-deputado Luiz Calixto (PSD), mistura tudo no liquidificador que vocês vão entender como será a minha combatividade na Aleac, se eu conseguir me eleger”.
