Estudantes brasileiros residentes na cidade de Santa Cruz de la Sierra, no departamento de Santa Cruz, na Bolívia, estão reclamando das novas regras impostas pelo Banco do Brasil. Há cerca de um mês só podem utilizar a plataforma e Caixa de atendimento, os que tiverem condições de sacar 4.000 bolivianos, o equivalente a R$ 1.500.
Para clientes titulares que possuem conta poupança existe uma exceção por tempo limitado. As medidas não agradaram os estudantes. Quem tem dinheiro em poupança com menor valor do que o estabelecido se ver obrigado a transferir recursos para conta corrente gerando taxas altíssimas de operações financeiras (IOF) sobre os saques e pagamentos diretos feitos no exterior.
Cerca de 4 mil estudantes brasileiros residem em Santa Cruz de la Sierra, considerada o motor econômico da Bolívia. Para eles, a manobra feita pela gerência do banco é para evitar investimento na contratação de funcionários. Para se livrar das altas taxas de IOF, algumas famílias estão pagando taxistas para cruzar a fronteira e levar dinheiro em mãos para os estudantes.
Procurado, o Superintendente do Banco do Brasil no Acre, Ingo Kobarg, disse que o Banco na fronteira segue regras Bolivianas. A nova taxa de IOF estabelecida pelo Banco Central com transações de moeda estrangeira variou de 0,38 para 6,38.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) iniciou nova batalha na Câmara dos Deputados para garantir isenção aos brasileiros que estudam no exterior. A parlamentar encaminhou Indicação ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e pediu também audiência no Ministério da Fazenda para discutir o tema.
Em discurso na Câmara, Perpétua Almeida afirmou que as novas taxas podem inviabilizar a permanência de muitos estudantes brasileiros no exterior.
