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Sindicalista denuncia que teria sido ameaçada pelo secretário-adjunto de saúde do Acre

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Foi protocolado no final da tarde da última sexta-feira (14) na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público pelo Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros (Spate) o documento que pede providências urgentes contra a contratação de seis técnicos de enfermagem para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco. A instituição considera como “flagrante ilegalidade” a contratação através de currículo feita pela Secretaria de Estado de Saúde uma vez que existe um concurso público concluído.


“Não podemos ser coniventes com essa situação irregular e queremos garantir os direitos de nossos profissionais. O governo anunciou a contratação imediata dos aprovados, portanto, não existem argumentos para sustentar uma contratação através de currículo”, disse Rosa Nogueira, presidente do Spate.

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Caso não seja tomada nenhuma providência, os profissionais prometem radicalizar e protestar em frente ao Hospital. “Existem 162 candidatos aprovados aguardando a convocação e uma lista de mais de mil na espera. As pessoas que se esforçaram, estudaram e passaram no concurso não admitem tal prática”, acrescentou a presidente.


O mais grave denunciado pelo Spate é a atitude tomada pelo secretário-adjunto de saúde do estado, Irailton Lima. Segundo os sindicalistas, em mesa de negociação Lima ameaçou romper diálogo com a categoria caso a suposta irregularidade chegasse ao conhecimento de uma instância superior.


 “Ele deixou claro que tal procedimento respingaria nas negociações em curso e que os enfermeiros ficariam na mesma situação dos médicos, longe da mesa de negociação”, acrescentou Alesta.


Ainda de acordo a presidente do Spate, o sindicato resolveu procurar o Ministério Público depois que teve acesso à escala de plantão dos novos técnicos contratados sem concurso. A reportagem teve acesso ao comunicado fixado pela coordenação, convocado os profissionais para a passagem da rotina do serviço no dia 07 de março.


O resultado final do concurso público da saúde foi divulgado em janeiro deste ano. O sindicato garante que a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público prometeu apurar com rapidez a situação denunciada.


O OUTRO LADO:


LIMA_02Procurado, o subsecretário de saúde do governo, Irailton Lima, confirmou que tratou rapidamente sobre o assunto com os sindicalistas durante uma rodada de negociações do Pró-saúde. Mas afirma que não fez nenhuma ameaça, “apenas um alerta”.


Sem entrar no mérito de legalidade das contratações, o sociólogo afirma que sempre existiu por parte do estado uma prática de negociação com o Spate e que não precisava a categoria recorrer desta situação específica a uma instância superior.


“Alertei que como sindicalistas experientes que são a categoria não precisava tomar uma medida de força até porque não tinham sido esgotadas as negociações. Disse que isso poderia repercutir no debate de outros itens de negociação”, confirmou Lima.

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Questionado pela reportagem sobre o concurso público, Lima disse que a secretaria tem abertura técnica e política para decidir sobre contratações e que foi proposto ao sindicato que a contratação em caráter de urgência fosse pelo prazo de três meses.


“Está faltando bom senso ao sindicato”, concluiu o subsecretário.

Ainda de acordo Irailton Lima, a contratação foi em caráter de urgência para não acontecer o bloqueio de UTIs. O subsecretário voltou a afirmar que a contratação está dentro da legalidade.


 


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