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Governo do Acre pede à FAB que transporte os haitianos retidos na tríplice fronteira

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O governo do Acre solicitou à Força Aérea Brasileira (FAB), que seja feito o transporte dos haitianos e senegaleses que estão retidos na fronteira acreana. Ao menos dois mil imigrantes dividem um espaço montado para cerca de 400 pessoas. A não evasão desses estrangeiros ocorre pelo fechamento parcial da rodovia federal BR-364 que liga o Acre à Rondônia. Os serviços terrestres de viagens está impedido de ser executado.


A chegada de imigrantes que passam ilegalmente pelas fronteiras do Acre está preocupando autoridades e moradores da cidade que possui menos de 25 mil habitantes há vários meses. Já se instaura na cidade um verdadeiro caos social. Em média chegam, por dia, 80 novos estrangeiros. A FAB poderá fazer voos entre as capitais dos dois Estados nortistas.

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Desde o mês de fevereiro, o Força Aérea Brasileira está ajudando no transporte de produtos alimentícios entre Porto Velho e Rio Branco. O trânsito pela BR-364 fica muito complicado com a lâmina d’água de cerca de 80cm. Ônibus, carros de passeios e caminhões de pequeno porte estão proibidos de circular em alguns trechos da rodovia.


O Executivo Nacional noticiou no último ano que seria realizado um encontro com representantes do Haiti, da República Dominicana, do Peru, do Equador e da Bolívia, mas, ainda assim, o problema não está nem perto de ser solucionado. Até os representantes do Acre já foram para Brasília-DF, por diversas vezes, em busca de encontrar soluções para o surto. Nada foi resolvido.


De acordo com alguns estrangeiros, os coiotes cobram, em média, US$ 4 mil para trazer os haitianos até a região do Brasil. Todo o trabalho é iniciado na República Dominicana, passado pelo Equador e tendo como ponto final o Peru.


Na últiama semana, a equipe de reportagem do ac24horas mostrou que dois estrangeiros estavam na Rodoviária Internacional de Rio Branco, há dois dias, no aguardo da reabertura da rodovia. Eles queriam seguir viagem à São Paulo – SP. Eles possuem uma oportunidade de emprego naquela cidade.


Com dificuldades para se comunicar, um dos estrangeiros, o Matial, disse que tem um prazo para se apresentar a empresa do ramo da construção civil e está aflito com o bloqueio da estrada. Ele disse ainda que está com o amigo desde o domingo sem comer, pois o único dinheiro que tem dinheiro é para custear as despesas de alimentação durante a viagem para a capital paulista.


De acordo com a gerência da empresa Eucatur, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos já foi comunicada do fato, mas até o momento os haitianos continuam vagando pela rodoviária. A coordenação do abrigo em Brasileia também foi comunicada quanto ao fechamento da BR-364 e a viagem dos haitianos por via terrestre com destino ao sul do país está suspensa.


Até o deputado da base governista, Denilson Segóvia, já criticou a estrutura do espaço durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Acre. Ele disse o seguinte: “Tenho dados e informações seguras que o abrigo de Brasileia está superlotado, com condições precárias de higiene e más condições na qualidade da água e alimentação. Minha preocupação não é só com os haitianos que chegam, mas com toda população do Alto Acre que está correndo risco de contrair doenças provocadas pelo caos social no alojamento dos haitianos”, enfatizou Segóvia.


Depois de fazer críticas à postura do governo federal e as deficiência no atendimento proporcionado pelo governo do Acre, Denílson Segóvia apresentou uma indicação que pede a construção de um novo espaço de alojamento para os refugiados, com espaços adequados para atendimento médico e sanitário. “Que seja um melhor refugio. Um exemplo para o Brasil e um exemplo para o mundo”.


Dois homens de origem senegalesa foram detidos no início de fevereiro após se envolverem em uma briga com um grupo de haitianos que estavam na fila para dar solicitar documentos em frente do prédio da Receita Federal, na cidade de Brasiléia.


Os problemas não param por aí. Até o Ministério Público Federal (MPF) no Acre pediu novas informações ao Ministério do Desenvolvimento Social e à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre sobre as providências adotadas após inúmeras reuniões já realizadas para tratar da situação dos haitianos que se encontram no abrigo precário cosntruído Brasiléia, na fronteira do Brasil com a Bolívia.

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