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“Há tráfico humano no Acre”, diz bispo Dom Joaquim

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Com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “Para Liberdade que Cristo nos libertou”, baseado na carta bíblica do apóstolo Paulo aos Gálatas, a Diocese de Rio Branco lançou nesta quinta-feira, no Teatro Hélio Melo, a Campanha da Fraternidade 2014, coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


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A solenidade contou com a presença de autoridades eclesiásticas da Igreja Católica, do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, Marcos Vinicius Rodrigues e do comandante da Polícia Militar, José Anastácio, além de representantes da prefeitura de Rio Branco e do governo do Estado.

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O bispo Dom Joaquim Pertiñez disse que o tráfico humano é um grave problema da sociedade que precisa ser desvendado pelas autoridades de segurança do Estado. Ainda para o bispo é preciso que os governos tomem para si essa responsabilidade, especialmente em regiões de fronteira como é o caso do Acre, onde se tem conhecimento da existência desse grave problema.


“No Acre há tráfico de pessoas humanas, ainda mais aqui na fronteira com o Peru e a Bolívia. Se sabe de dados, se conhece números, mas a igreja na pode fazer nada, não tem esse poder, mas o Estado pode e deveria fazer. Porque está nas suas mãos para erradicar esse tráfico humano que existe”, disse o bispo.


O presidente da OAB disse ao destacar a parceria com a CNBB que o crime do tráfico de pessoas ainda precisa ser conhecido da sociedade.


“A sociedade ainda precisa saber que tipo de crime é esse. As própria vítimas não tem idéia, às vezes, que participam de uma rede de tráfico, de exploração sexual, de trabalho escravo. Precisamos de dados de números e com certeza teremos dados assustadores no Acre pela posição geográfica e pela posição sociológica”.


Junto com a Campanha, a Diocese lançou um abaixo assinado para que o governo do Estado crie um comitê de enfrentamento ao tráfico de pessoas no Estado.


 Número de pessoas atingidas com o tráfico humano


 Segundo estudos da Organização Internacional do Trabalho (OTI), o número de pessoas atingidas pelo tráfico humano é de 20,9 milhões (perde apenas para o de armas e drogas). Destes, 1,8 milhão são registrados em países da América Latina e Caribe. Essa atividade criminosa movimenta cerca de R$ 32 bilhões de dólares por ano (desse total, 85% provem da exploração sexual).


A maioria das rotas de tráfico de pessoas catalogadas no Brasil está na Amazônia, sendo a região a de maior facilidade para a entrada e saída de seres humanos para fins de exploração. É o que aponta dados levantados em estudo organizado por várias instituições, entre elas a Polícia Federal e ONU  (Organização das Nações Unidas). Das mais de 500 rotas conhecidas no país, mais de 60% encontra-se no Norte.


A região Norte também lidera dados quanto ao tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para exploração sexual. A fronteira seca com a Bolívia aparece como rota para estas pessoas enviadas para países da Europa, entre eles a Holanda.


 


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