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Por Perpétua, Magalhães será a candidato a “militante número zero”

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Homem forte do governo Jorge Viana (1999-2006) na Aleac (Assembleia Legislativa do Acre) e presidente da Casa na gestão Binho Marques, o hoje secretário Edvaldo Magalhães (Desenvolvimento e Indústria) ficará de fora de uma disputa eleitoral após 20 anos de sucessivas corridas pelo Legislativo. A última foi em 2010, quando disputou o Senado ao lado de Jorge, mas perdeu diante de um levante popular para conter a fome de poder do petismo. 


Agora, prestes ao seu partido, o PCdoB, viabilizar a mulher Perpétua Almeida (PCdoB) como a candidata única ao Senado, o condutor das políticas econômicas do governo de Tião Viana (PT) decidiu ficar de fora do embate de 2014. De fora no sentido de não buscar votos para si, mas será “candidato a militante número zero para garantir a vitória de Perpétua e de Tião Viana”.

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 Até meados de 2013 Magalhães era um dos nomes fortes dos camaradas para substituir Perpétua na Câmara. Mas por uma análise pessoal, achou que este posicionamento poderia atrapalhar a viabilidade da mulher para ser a candidata de consenso do governador Tião Viana. 


(Obs: falar em decisão conjunta da Frente Popular é mera figura de linguagem, pois todas as decisões são tomadas e seguidas por um único homem: Tião Viana). 


“Minha possível candidatura a deputado federal poderia atrapalhar na construção e consolidação da candidatura da Perpétua. Uma possível candidatura a deputado estadual inibiria o surgimento de novas lideranças [dentro do PCdoB] e a ocupação destes em espaços novos. Para mim, mandato é missão, e não profissão”, diz Magalhães ao blog. 


Este desprendimento ao poder é algo raro nos políticos de hoje, tão ambicionados em sair de seus mandatos somente numa maca direto para a UTI. No Acre temos bons exemplos disso, tanto na oposição como na base do governo. A política local e nacional está ficando velha, não tem a cara dos jovens. Ao olharmos os “novos líderes” veremos o mesmo sobrenome de quem já reina na política. 


Bom seria se mais políticos tivessem a mesma opinião de Edvaldo Magalhães para entender o momento certo e apropriado de largarem o osso. A democracia brasileira é nova, mas conduzida pelos velhos do passado. Por conta disso ainda estamos reféns deste sistema arcaico e retrógrado, que não acompanha a evolução da sociedade contemporânea. 


Ordem na casa 
Edvaldo Magalhães será um dos principais condutores da (eventual) campanha de Perpétua. Bom articulador político, ele fará os arranjos necessários para um palanque robusto e consistente para a companheira. Dificuldades para isso não enfrentará ante a boa organização política dos militantes do PCdoB no Acre. 


Condicionantes 
Fala-se em eventual candidatura de Perpétua por Aníbal não ter jogado a toalha. Em reunião na próxima terça com a Executiva Nacional do PT, Aníbal Diniz receberá as orientações de como se comportar neste duelo. Se o partido disser que deve permanecer na luta, o PCdoB precisará manter sua atitude de cautela nestes primeiros dias de fevereiro. Se o PT orientar o senador a sair de cena, ele não excitará em obedecer. 


Os números mentem (às vezes) 
Um dos motivos para Aníbal Diniz não se render é o fato de não aceitar o argumento de que sua posição nas pesquisas é desconfortável. “Nunca no PT pesquisa foi critério para definir candidatura, então esta tese é vaga”, afirma. Numa alfinetada Leó Brito, diz que Nazareth Araújo garante muito mais qualidade à chapa majoritária ao governo. 


Intime-se 
Um fato inusitado na solenidade de posse do novo superintendente da PF foi a presença da deputada federal Antônia Lúcia (PSC). Tão investigada pela PF nas eleições de 2010, acusada de compra de voto e a apreensão de quase meio milhão de reais para sua campanha, ela não sentiu o mínimo desconforto em compor a mesa de honra. 


Procura-se
Aproveitando a presença da parlamentar, os policiais imprimiram duas cópias de intimação para que ele preste depoimento em inquérito onde ela é investigada. A PF está há seis meses tentando notifica-la, mas nunca a encontra. Na sexta foi do mesmo jeito, ela saiu de fininho e não assinou a intimação.  

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Tião ou Sebastião?
Outro caso inusitado foi a forma como o cerimonial referiu-se ao governador do Acre: Sebastião Viana, o mesmo tratamento respeitoso como ac24horas a ele refere-se. Mas é de conhecimento público que o petista sente arrepios ao ouvir seu nome de registro, Sebastião, assim também chamado por outras autoridades. Somente a partir do delegado-geral da PF, que foi falado Tião Viana. 


Desprestígio 
Bons companheiros de PT, Tião e Eduardo Cardozo (Justiça) precisam resolver-se quanto aos percalços enfrentados pelo grupo do ministro no Acre. Cardozo é um dos fundadores do campo “Mensagem ao Partido”, os integrantes deste grupo no Acre estão a pão e água. Não ocupam cargos nem no primeiro, segundo terceiro, quarto …. escalões do governo de Tião –ou Sebastião.   


Gosto de vice   
Depois de ser colocado de fora da cadeira de vice, o esfomeado PEN agora quer a primeira suplência do Senado na Frente Popular. O nome indicado continua sendo o de Élson Santiago. PRB também paquera a suplência, assim como PSB. Quem há mais tempo vem tentando se viabilizar, porém, é Antônio Klemer com o PSDC. 


Vices 
É muito provável que a “caravana da mudança” da oposição no Juruá dê passos importantes na construção da chapa majoritária. A perspectiva é que os partidos cheguem ao entendimento, principalmente o PMDB ao ser tirado da vice de Márcio Bittar (PSDB) para dar lugar ao PV. 


 Vice (mais uma vez) 
A tendência é do PMDB ocupar a primeira suplência de Gladson Cameli (PP). O nome mais cotado dos peemedebistas é do secretário-geral, Aldemir Lopes, articulador responsável por colocar o PMDB no G10, e levantá-lo após o fiasco da candidatura a prefeito de Rio Branco em 2012. 


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