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Não se ganha uma eleição no grito

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Estou viajando pela América do Sul. Só voltarei ao Acre no começo de fevereiro. Por isso, a demora para atualizar a Coluna. Mas tenho acompanhado diariamente o noticiário do Acre. E uma notícia me chamou atenção. Uma reportagem da Folha de São Paulo que afirma que entre os quatro governadores do PT, Tião Viana (PT) é o que tem mais chances de reeleger-se. Com a experiência que tenho como jornalista já sei que não se briga com números. Mas é preciso saber em que pesquisa o jornal paulista se baseia para fazer essa afirmação. Se for o IBOPE então é muito questionável. O Instituto nunca acertou uma pesquisa no Acre. Tião Viana (PT) é sem dúvida favorito para reeleger-se. Mas também existe um sentimento de mudanças no Estado. Recentemente, em pouco menos de cinco dias, estive em oito municípios acreanos, inclusive, nos isolados. Conversei com muita gente. O desgaste natural dos governo da FPA é visível e perceptível. Mas acontece que a oposição ainda não conseguiu conquistar a confiança da população. Assim o que existe é muita dúvida. Pela minha análise será uma eleição de votos a favor ou contra. Quem deseja o continuísmo e quem quer mudança. Nesse sentido os nomes que sairão pela oposição não importarão muito. Vão votar contra ou favor do projeto da FPA. Mas uma coisa tenho certeza: não será uma eleição fácil como a mídia nacional tem falado. Eles não conhecem a realidade do Acre e, por isso, arriscam-se com informações baseadas em números de um Instituto que não tem credibilidade no Acre.


Balança de dois pesos

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No entanto, o atual governo deve mostrar a sua produtividade em 2014. Se realmente forem muitas inaugurações ficará fortalecido. Apesar do desgaste dos 15 anos. Uma eleição se ganha nos detalhes e não no grito.


Uma vaga em risco


Além da eleição para governador do Acre a disputa da vaga do Senado será intensa. O lançamento de mais um nome ao Senado pela oposição tornará a disputa ainda maior. A FPA não decidiu-se sobre quem será seu candidato. Mas seja Anibal Diniz (PT) ou Perpétua Almeida (PC do B), se a coligação vier unida será muito forte. Ainda mais se tiver mais de um candidato na oposição.


 


União complexa
No entanto, pelo que tenho conversado com as pessoas, caso a candidata seja Perpétua Almeida (PC do B), uma parte do PT não vai apoiá-la. Algo que já aconteceu em 2010 quando um dos candidatos ao Senado era Edvaldo Magalhães (PC do B). Uma parte do PT fez “corpo mole”.


Lembranças “amargas”


A postura de Perpétua nas eleições municipais de 2012 deixou muitas mágoas. Alguns militantes petistas não admitem apoiá-la sob nenhuma hipótese. Mas apesar disso, a comunista será uma candidata forte.


Nada resolvido
Mas pelos movimentos mais recentes Anibal Diniz (PT) continua no jogo. Depois da mobilização que está fazendo pelo interior do Estado, o PT marchar unido com o PC do B, na disputa pelo Senado, ficará ainda mais difícil.


Discursos desgastados
Tanto a FPA quanto a oposição têm utilizado discursos antigos que não traduzem o momento do Acre. Nesses dias o senador Jorge Viana (PT) voltou a ressaltar a questão do pagamento em dia dos salários dos servidores. Mas pagar salário de quem trabalha não seria obrigação?


Direitos conquistados
A mídia governamental também ressaltou o pagamento do décimo terceiro salario de 2013. Mas que história. Então a evolução do Acre é cumprir as obrigações básicas?


Por outro lado…
Já vi candidatos de oposição voltarem àquela ladainha de que o PT não gerou 40 mil empregos. E a velha história da saúde pública de primeiro mundo. Pior ainda é essa conversa de que gente é mais importante do que macaco. Isso me dá ataques de risos.


Novas propostas
O foco de programas de Governo para o Acre devem atualizar-se. Na minha opinião, geração de emprego e oportunidades devem estar no centro do debate. Mas que sejam projetos exequíveis com resultados práticos mensuráveis e não a venda de ilusão.


Conflito de gerações


Uma parte de acreanos não viveu em governos que não os da FPA. Por exemplo, quem tem atualmente 21 anos, tinha apenas 6 anos de idade quando Jorge Viana (PT) assumiu o poder do Estado. Falar para esses jovens de problemas já superados não tem efeito nenhum. Eles querem saber das perspectivas para o futuro. Se terão as oportunidades necessárias para poderem constituir família e viverem bem sem precisar emigrarem do Acre. É preciso que as forças políticas acreanas atualizem seus discursos. E apresentem propostas concretas que envolvam a sociedade. Questões do passado ficaram para trás. Outro ponto a se destacar é que atualmente a população urbana do Acre é maior do que a rural. O êxodo em direção as urbes aumentou demasiadamente nos mais recentes anos devido a melhoria da infraestrutura das cidades. Mas isso também gerou novos problemas sociais como a violência. Portanto, quem quiser destacar-se nas eleições de 2014 que estude a realidade atual do Estado. E basta de discursos velhos e ultrapassados que não convencerão ninguém.    

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