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“Divulgadores da Telexfree vão definir a eleição para o Governo do Acre”, diz duarte

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A frase é do advogado da empresa Ympactus, Roberto Duarte, que representa a Telexfree no Brasil. Conversei com o jurista que também é presidente do PMN acreano sobre política e a situação das empresas de marketing multinível. As contas de Duarte são muito simples. Ele calcula que a Telexfree tenha 50 mil divulgadores e, as outras similares mais 50 mil. Portanto, seriam 100 mil eleitores que somados as suas famílias representariam mais de 200 mil votos num colégio eleitoral de aproximadamente 500 mil eleitores. Evidentemente que como acontece com os evangélicos nem todos votam com a mesma orientação, mas Roberto Duarte acredita que 90% das pessoas ligadas a Telexfree votarão conforme orientação do chefão da empresa Carlos Costa.


Tendência oposicionista
Duarte opina para que lado devem ir esses votos. “ O lado que os divulgadores penderem terá grande chance de vitória. E na minha opinião votarão totalmente contra o atual governo. Mas qual o lado que eles vão apoiar na oposição ainda está indefinido,” disse ele.

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Pré-candidato
O próprio presidente do PMN deverá candidatar-se a uma vaga na ALEAC. “Quero dar a minha contribuição ao Estado. Tenho o apoio desses divulgadores que devem reconhecer a defesa que vou fazer da empresa a minha vida toda,” justificou.


Porque o voto na oposição
“O que tenho ouvido nas ruas é que os investidores culpam o Governo pelo bloqueio. O processo teria começado no PROCON, que tem como diretora a esposa do vice Cesar Messias (PSB). E foram denúncias infundadas,” garante.


A motivação política
Para o advogado a Telexfree estava trazendo independência às pessoas. “O governo não quer pessoas independentes. Elas estavam deixando a Bolsa Família e os cargos públicos. Por conta disso colocam a culpa no governador do bloqueio,” explicou.


Opinião própria
“Como cidadão e, não como advogado a empresa, acho que realmente a independência financeira afeta diretamente ao governo. Se acaba a dependência a população passa a ter liberdade de opinião e de voto e, isso não é bom para o Governo,” afirmou Duarte.


Tentativa de acordo com o MPE
Segundo Roberto Duarte a empresa tentou fazer um ajuste ao TAC do Ministério Público para devolver o capital inicial não recuperado dos investidores. Mas o acordo foi rejeitado gerando ainda mais insatisfação.


Legislação federal
Roberto destaca que está sendo elaborada uma Lei no Congresso Nacional para a operação das empresas multinível no Brasil. A comissão que estuda o caso teria aceitado as propostas de mudanças do TAC da Ympactus.


“Não é pirâmide”
“Se a empresa esta disposta a devolver o dinheiro não é pirâmide. Nunca se viu uma pirâmide oferecer produtos como o VOIP, um sistema de telefonia de dados que oferece segurança contra qualquer tipo de escuta,” defendeu Roberto.


Projeto frustrado
Outro ponto destacado por Duarte é que a Ympactus pretendia instalar no Acre um Call Center Mundial. “Seriam gerados entre três e quatro mil empregos no Estado,” lamenta o advogado.


O rumo do PMN
Para encerrar o bate-papo, Roberto falou sobre o partido que preside. “Nós assinamos um documento, que eu mesmo redigi, para apoiar uma candidatura única na oposição. Só que como isso não vai acontecer vamos analisar os planos de governo dos candidatos da oposição,” ressaltou.


Aviso aos navegantes
O presidente do PMN garante que o partido não sairá sozinho. Mas fará aliança com o grupo de oposição que se encaixar melhor aos anseios dos filiados. E avisa: “Não vi até agora nenhum pré-candidato de oposição sair em defesa do marketing multinível,” finalizou.

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Cacique na parada
Toda essa movimentação política paralela dos divulgadores das empresas de marketing multinível teoricamente poderia beneficiar as intenções de uma candidatura a deputado federal de Moisés Diniz (PC do B).


Visão distinta
No entanto, Moisés Diniz, que também tem se empenhado na liberação do capital dos investidores da empresas de multinível, não acredita que haverá politização da situação jurídica e do impasse que desenhou-se nos últimos meses no Acre.


A causa da luta
No momento, Moisés está no Juruá reunindo-se com divulgadores da região para que o dinheiro seja liberado. “Essa disputa jurídica que siga adiante. Mas deveriam devolver o dinheiro das pessoas,” advogou.


Telexfree e a política
Não tem para onde correr. Claro que a questão da Telexfree estará na pauta da eleição acreana. Assim como o G7, o caso dos Tapurus, a insatisfação de algumas categorias de servidores e, também os avanços conseguidos pela atual da gestão da FPA. Agora, se terão mais peso os aspectos negativos ou positivos só durante o processo de campanha eleitoral que vamos saber. Mas o fato é que o caso da Telexfree gerou insatisfação em milhares de eleitores que irão às urnas este ano. Além disso, a empresa que continua ativa, tem uma capacidade de investimento financeiro grande que poderá beneficiar alguns candidatos, caso deseje interferir diretamente no resultado da eleição acreana. O fato é que o bloqueio dos valores começou pelo Acre afetando o resto do Brasil. Assim os empresários da Ympactus podem ter interesses diretos no resultado eleitoral do Estado. Aguardemos…


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