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O tiro saiu pela culatra do PT

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O efeito pretendido de conformar o senador Anibal Diniz (PT) em relação as suas chances de disputar a reeleição saiu pela culatra. O tiro acabou espocando no rosto de quem deu. O episódio da candidatura anunciada precipitadamente da chapa majoritária da FPA foi mais um capítulo da novela que mostra o racha do PT. Existe uma tentativa clara de vender gato por lebre. Mostrar à opinião pública que a oposição está rachada e o PT que comanda a FPA unido. Mas as declarações e notas emitidas à imprensa do senador Anibal Diniz (PT) mostram exatamente o contrário. Existem sim dissidências claras em relação a condução do PT e da FPA. Na realidade, Anibal tem revelado uma vontade política maior do que era esperado. Ele não conformou-se com o “alijamento” cruel a que foi submetido. Resta saber se essa postura é real. Uma das notas de Anibal diz claramente que ninguém é o dono do PT. Será?    


Fera ferida
O modus operandi da condução política do PT, desde a eleição interna do partido (PED), já fez dissidentes irreversíveis. Podem se calar na hora da foto. Mas nos bastidores soltam cobras e lagartos contra as suas principais lideranças.

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Travesseiros de pena
Houve truculência e tentativa de impor o ponto de vista dominante à força durante a PED do PT. Isso todo mundo viu. Resta saber como ficarão personagens como Sibá Machado (PT), Taumaturgo Lima (PT) e Jonas Lima(PT) durante o processo eleitoral.


Segura bandeira
E qual é mesmo o papel dos outros partidos da FPA? Bater palmas e manter os cargos? A chapa majoritária anunciada só contempla PT e o PC do B.


Duas frentes na oposição
Colocar a oposição como uma entidade única só interessa mesmo a FPA. Numa democracia pluripartidária é normal que haja diferenças e dissidências. As propostas do grupo de Márcio Bittar (PSDB) e do outro com Petecão (PSD) e Bocalom (DEM) são completamente diferentes.


Prudência e caldo de galinha
O senador Petecão (PSD) que já tem um dos cargos mais importantes da República dado pelo povo do Acre deveria desempenhar outro papel na eleição. Pela lógica seria o agregador e conselheiro.


Discurso cansado
Essa forma de atacar as gestões da FPA com a conversa pra “boi dormir” da não criação de 40 mil empregos, da “saúde de Primeiro Mundo” e do Reino Encantado de Acrelândia só reforça a perspectiva de vitória da FPA.


A quem interessa?
Dizer que Bocalom (DEM) representa a oposição do Acre é o mesmo que dizer que Clinton ainda é o presidente dos Estados Unidos. Bocalom representa uma parte minoritária da oposição. A que tem menos representatividade política. Mas alguns setores da imprensa ligado a FPA querem passar essa imagem ao eleitor.


Porque minoritária
O grupo de Bocalom e Petecão não tem nenhuma prefeitura no Estado. Nenhum deputado estadual e nenhum federal. E tem como pensador político e articulador o ex-prefeito Normando Sales (DEM). Mas tem um senador.


O outro grupo
Já o grupo do oito coordenador pelo PMDB, PSDB e PP tem 9 prefeitos, cinco deputados federais e cinco deputados estaduais. Obviamente uma representatividade política bem maior.  


A outra banda da oposição
O grupo de oito partidos, que deve virar nove com a entrada do PV, capitaneado por Bittar (PSDB), Gladson (PP), Vagner (PMDB) e Flaviano (PMDB) tentará renovar o seu discurso. Vão admitir os avanços da FPA, mas acrescentar novas propostas e, sobretudo, propor a redemocratização do Acre. E um Plano de Governo de transição.


Somando
O grupo dos nove pode virar o grupo dos 10 se o PDT do deputado Tchê (PDT) resolver seguir o caminho natural da dissidência depois dos mais recentes acontecimentos políticos.   

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Claro como luz
Como diria Nelson Rodrigues, é o obvio ululante a ida de Henrique Afonso (PV) para somar-se ao grupo dos oito. Henrique é ideológico e não tem politicamente a menor identificação com Bocalom (DEM). A aproximação foi equivoco.


Indignação
O pré-candidato ao governo Márcio Bittar (PSDB) está escabreado com algumas declarações do senador Petecão (PSD) de que está havendo assédio sobre o Henrique (PV). Afirma respeitar o senador e presidente do PSD, mas não concorda.


Boca no trombone
Bittar faz questão de frisar: “ O fato do PV vir fazer aliança com o nosso grupo não significa cooptação. O PV veio convidado por mim e o Gladson com as bênçãos do prefeito Vagner Sales (PMDB). Ninguém é dono de ninguém. A política é dinâmica e cada um se une ao grupo que mais se identifica,” afirmou.


Conformação
Bittar afirma ser um defensor da unidade das oposições. Mas já entendeu que existem diferenças abissais entre o seu grupo e do Petecão (PSD). “Faz seis meses que resolvi respeitar as diferenças e tocar o projeto do grupo que conseguimos reunir”, ponderou. 


A questão do vice da FPA
Ao contrário do que foi anunciado não acredito que Léo Brito (PT) como vice do governador Tião Viana (PT) seja irreversível. O presidente da ALEAC, deputado Élson Santiago (PEN) espalhou outdoors por todo Juruá. Quer passar a imagem de um político regional.


As razões
Existem esperanças que o fator regional interfira na escolha do vice. Perpétua Almeida (PC do B) não representa o Juruá especificamente. A base maior dela é na Capital. Quem não concordar é só olhar a origem dos seus votos nas três últimas eleições.      


Besteiras ao vento
Nem a FPA e nem a oposição estão unidas. Muito menos os eleitores acreanos decidiram quem irão escolher em 2014. A grande massa nem toma conhecimento desses debates políticos de bastidores. Vai ganhar mesmo quem tiver um projeto para o Acre que passe credibilidade. As pesquisas continuam mostrando o mesmo resultado das mais recentes eleições 50% a 50%. Agora, é natural que a FPA e as duas frentes de oposição tentem puxar a sardinha pro seu lado. Mas a decisão soberana da população ainda está longe de acontecer. O que estou vendo são especulações, nada mais do que isso…  


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