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Empresa do Acre aparece em reportagem da máfia da venda de quentinhas para presídios

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A Tapiri Indústria de Alimentos, que mantém estreita relação com as administrações petistas do Acre, é uma das empresas citadas na reportagem da revista Carta Capital, que revela uma máfia que utiliza estrutura do presídio e a mão de obra gratuita dos presos num negócio que movimenta milhões.


A publicação trata a relação comercial da empresa que manteve vínculos comerciais com os ex-governadores Jorge Viana, Binho Marques e mantém com Sebastião Viana, todos do PT, como um negócio da China. A Tapiri comanda este setor desde a chegada do PT no comando do governo do Acre, em 1999.

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Marmitex_in1Segundo a reportagem da Carta Capital, a Tapiri Indústria de Alimentos, é de propriedade da família de Pascal Khalil, ex-vereador pelo PCdoB de Rio Branco, ex-secretário municipal de Saúde e atual procurador-geral do município. A empresa também atua no mercado de locação de imóveis para o Estado.


A Tapiri também é uma doadora de recursos para as campanhas eleitorais petistas. Na disputa da prefeitura de Rio Branco, em 2012, a Tapiri doou 257 mil reais ao candidato e atual prefeito da capital, Marcus Viana. Apesar de figurar em denúncias pelo fornecimento de alimentos vencidos a investigação foi arquivada.


O MP Acre chegou a instaurar processo de investigação, após inspeção do Departamento Penitenciário Nacional ter orientado o Estado a rever o contrato por superfaturamento nos valores e pela utilização de produtos com validade vencida, mas a influência dos empresários junto ao PT teria resolvido a questão.


A Tapiri também foi contratada no ano passado para fornecer alimentação aos desabrigados pela cheia do Rio Acre. Segundo publicação do Diário Oficial, a empresa teria faturado mais de R$ 2 milhões – no contrato que teve vigência de 30 dias. A empresa teria servido 232.345 quentinhas aos desabrigados.


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Segundo o extrato de 1º termo aditivo ao contrato no  001/2011– o reajuste do contrato da Tapiri com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre foi feito vinculado ao reajuste do salário mínimo. Na época, o valor global do contrato seria de R$ 541.274,88 com vigência de 12 meses.


De acordo com a revista Carta Capital, o proprietário da Tapiri, Lourival Camilo teria afirmado que as doações de campanha de sua empresa para as campanhas eleitorais do PT foram feitas de acordo com o que a legislação permite. O empresário afirmou ainda, que as acusações superfaturamento são inverídicas.


“No passado, também doamos a outros candidatos, não foi só para o PT. A empresa existe desde 1972″, diz o gerente-geral da Tapiri, Lourival Camilo. Segundo ele, são inverídicas as acusações de superfaturamento. A ú1tima licitação vencida pela empresa há dois anos.


Lourival Camilo afirma que o processo licitatório foi acompanhada por representantes do Ministério Público. Para o empresário, o uso de produtos fora do prazo de validade para fazer a alimentação que é servida aos reeducandos do complexo prisional de Rio Branco teria sido “um caso isolado”.


Quanto ao parentesco com Khalil, Camilo atribuiu às coincidências de “cidade pequena”. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra.” A Tapiri também mantém relações comerciais com o Ministério Público. A empresa loca um imóvel para o MP – com aluguel no valor de R$ 27 mil por mês.

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Os estreitos laços entre algumas empresas e o governo do Acre desperta especulações de favorecimento do poder público em processos de licitação, como foi o caso da Operação G-7 – que investigou empresas por formação de suposto cartel para fraudar licitações.


 


 


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