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Sargento da PM que morreu baleado por assaltante na Loja City Lar recebia R$ 207 de risco de vida

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O 3º sargento da Polícia Militar do Acre, Cleiton Aquino, que morreu no início da noite desta quinta-feira (5), no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), onde foi submetido a uma cirurgia após ter sido baleado durante uma tentativa de assalto à loja City Lar, no segundo Distrito da capital, recebia de gratificação para incorporar o seu salário apenas R$ 207,00 de risco de vida.  A vítima nem chegou a receber a primeira parcela da gratificação, das oito parcelas estipuladas pelo governo do Acre, que concedia isonomia progressiva na pagamento do risco de vida dos militares. Cleiton receberia neste mês de setembro R$ 61,87 a mais. – Veja vídeo do assalto

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PM_in1De acordo com o levantamento feito por ac24horas, o militar assassinado passaria a receber em março de 2014, R$ 909,00 de gratificação. O beneficio foi aprovado pelos deputados durante sessão extraordinária realizada no dia 20 de agosto, com base num projeto de lei que concede isonomia progressiva na gratificação do risco de vida dos bombeiros militares, policiais militares e civis, além de servidores do IAPEN/AC e ISE. Veja vídeo pós-assalto


Segundo a lei, será concedida isonomia progressiva na gratificação do risco de vida aos militares, prevista na Lei Complementar nº 164, de 3 de julho de 2006, observados os percentuais não cumulativos que serão aplicados sobre a diferença entre o valor da gratificação recebida atualmente pelo posto/graduação de Coronel da Polícia Militar e o valor da gratificação recebida atualmente pelo posto/graduação do militar.


A morte militar que tentava evitar um assalto em uma loja de eletrodomésticos causou revolta entre os membros da corporação nas redes sociais. Para amigos e colegas próximo, “o Sargento morreu de graça”.


No facebook, o militar Marcel Pedralino destacou o descaso das autoridades com as forças militares. “O SGT Cleiton morreu e o governo diz que vai lançar uma nota em sua homenagem. Creio que ninguém que trabalha colocando em risco sua vida em detrimento da segurança dos outros não quer homenagem póstuma. Cleiton se foi sem receber nenhuma parcela do risco de vida. Será que a vida de qualquer superior valia mais do que a vida do guerreiro que se foi? Não bastasse haver a diferença, ela ainda vai ser equiparada em suaves parcelas. Mas enfim, no lugar de ficar lançando notas em homenagem aos guerreiros que perdem suas vidas, essa gestão sem vergonha deveria pagar melhores salários, oferecer treinamentos constantes e melhores condições de trabalho”.


O pagamento da gratificação vai significar um custo de quase R$ 50 milhões para o os cofres do Estado. Na época da aprovação da lei, o governador Sebastião Viana declarou que o beneficio era uma forma do governo agradecer o trabalho desenvolvido pelos servidores da segurança pública.


Da redação ac24horas
Rio Branco, Acre


 


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