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O Cristo dos quatro mundos

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Você se lembra do Cristo Bíblico? Aquele personagem marcante na sociedade ocidental que ditou valores e conceitos, fornecendo modelos de vida e de personalidades.


Pois é, esse cristo morre nos dias de hoje. Apodrece nas mil e uma utilidades que lhe tomaram para realizar as paixões e os vícios particulares.

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Na periferia da cidade há um cristo vigarista. Um Jesus que dilapida as economias do pobre miserável, mostrando o céu no dinheiro, cobrado para financiar a vida privada de pastores mau-caráter que recusam a trabalhar. Esses “ungidos” se aproveitam da boa fé do povo simples e da ignorância coletiva com seus cultos alucinados em um barulho infernal e doentio.


Na alta sociedade há um cristo conivente com as práticas dos que detêm o bolo do sucesso e da felicidade financeira. Esse Cristo rir nas revistas de moda e nas festas da sociedade cheias de sorrisos e beijos com assopros de velinhas e abraços de carnes que penduram panos e bundas.


Na política há um cristo engraçado, cara de pau e preconceituoso. Um espantalho que procura se sentir móvel pelas razões que lhe apresentam  o vento.


Esse cristo elege impostores, gritadores, despreparados e despreparadas, e mede a possibilidade de ser um parlamentar na exata medida da capacidade de segurar a bíblia. Apenas isso! Entre aleluias, Deus salva e paz do senhor, esse Cristo aconselha que a política cai melhor que mendigar o dízimo, é o potencial espelho de suas alucinações religiosas e de suas ameaças celestiais.


Nas Igrejas há um Cristo milionário, um Cristo de carteira bancária e que faz feira pra casa de jatinho. Esse Cristo prega o sucesso momentâneo e se avança em colher a riqueza dos que a desejam.


Como o verdadeiro, eles têm sede. Como os novos cristos, não querem água, querem dinheiro, querem explicar suas vidas, querem resolver seus traumas na noite mal dormida. Inconformado com os rumos do mundo, querem se fundar na verdade que vomitam sem pudor.


Não digo mais!


Mas não quero que esses cristos morram. Devemos , ao menos, mostrar suas jaulas e seus quartos escuros.


Não quero que morram! Pode haver, quem sabe, uma sinistra ressurreição.


Por Francisco Rodrigues Pedrosa     f-r-p@bol.com.br


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