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Petecão erra na estratégia e é o grande derrotado das eleições de 2012

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Não ganhou a única prefeitura que seu partido (PSD) disputou – Marilerete Vitorino, em Tarauacá – , não elegeu seus vereadores de Rio Branco, a irmã Lene Petecão e o seu queridinho Montana Jack e ainda tirou a possibilidade de vitória de Bocalom em primeiro turno.


 

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Da editoria de política de ac24horas


Terminada a primeira fase das eleições, é hora de avaliação. E deve ser isso, que estão fazendo as principais lideranças políticas no Acre. É hora de saber quem ganhou e quem perdeu e de fazer projeções para 2014. Afinal, ninguém nessa terra vive sem política, muito menos sem se intrometer.


A oposição foi bem, elegendo prefeitos em 13 das 22 cidades do Acre e ainda disputa com chances, a prefeitura da capital. Mas poderia ter sido melhor, caso tivesse de fato unida. Como foi dito antes: virou “um balaio de gatos”, com todo mundo querendo tirar vantagens pessoais.


Ao contrario disso, a Frente Popular, sustentada nas costas do governador Sebastião Viana (PT), se mantém unida, organizada e, claro, com muito dinheiro no caixa.


Todos criticaram quando Sebastião Viana impôs o nome de Marcus Alexandre como candidato do PT à prefeitura de Rio Branco. A ruptura com o PCdoB era tida como certa, tendo em vista que a deputada Perpétua Almeida se sentia traída por não ter seu nome aceito pelos irmãos “Viana”.


Naquele momento, Tião Bocalom, do PSDB, deitava e rolava na preferência do eleitorado rio-branquense e as pesquisas mostravam o tucano com uma margem de 56% das intenções de voto. Marcus Alexandre tinha ZERO.


Diante do quadro, o senador Petecão teve mais uma daquelas suas ideias de “jerico”: lançar um candidato para provar a sua força e abrir espaço para uma futura eleição para governador. Arquitetou o plano, plantou algumas notas na imprensa, além de boatos entre os puxa sacos e com os seus “olhos de jiboia” hipnotizou o frio e calculista Flaviano Melo (PMDB). Era hora de se vingar dos irmãos “Viana”e a arma era trazer o 15 de Flaviano de volta às ruas, tendo a frente o ainda ressentido Fernando Melo, derrotado dentro do PT, em 2010, a pedido de Jorge Viana.


A ideia inicial era colocar Bocalom contra a parede e negociar a vice, na chapa do PSDB, desde que o grupo do PSD fosse contemplado com alguns importantes cargos numa futura administração tucana, conforme se desenhava a eleição.


Não deu certo. Bocalom bateu o pé e preferiu correr o risco. A partir dai, passou a sofrer os ataques de Petecão e de um pequeno grupo que o segue. O alvo não era o PT, apesar de que o sucesso de Bocalom ofuscaria os “Viana”. O desgaste de Bocalom foi visível e por pouco o tucano não é abatido no primeiro turno pelo desconhecido aprendiz de político, Marcus Alexandre.


A intransigência de Petecão acabou por fazer desandar a propalada união das oposições. Ninguém mais se entendeu e os partidos até então “unidos” começaram a tomar rumo próprio, individual, colocando em risco a chance de ganhar em 18 das 22 prefeituras do Acre. Colocaram em risco o favoritismo do candidato Everaldo (PMDB), em Brasiléia; Toinha Vieira (PSDB), em Sena Madureira; James Gomes (PSDB), em Senador Guiomard;  André Assem (PSDB), em Epitaciolândia; Marilete Virotino (PSD), em Tarauacá e José Augusto (PP), em Capixaba.

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Eles só não conseguiram bagunçar com Vagner Sales, em Cruzeiro do Sul, porque lá o peemedebista tem moral e grita até com o todo-poderoso presidente do PMDB, Flaviano Melo. E assim o fez, impondo a candidatura do vice do seu próprio partido e barrando candidaturas do PP, PPS e DEM. Até o deputado federal Gladson Cameli (PP) ajoelhou-se aos seus pés.


Nesta briga por sobrevivência política, Petecão ficou correndo tipo “barata tonta” pelos quatro cantos do Estado. Fingia emprestar apoio político aos candidatos de partidos aliados, mas se escondia na hora de pagar a conta. Foi um apoio de mentirinha, tipo “mamãe ama, mas mamãe bate”.


E nessa lavagem de roupa suja, não há como não afirmar que: Petecão foi o grande derrotado nestas eleições. Não ganhou a única prefeitura que seu partido (PSD) disputou, com Marilerete Vitorino, em Tarauacá; não elegeu seus vereadores de Rio Branco, a irmã Lene Petecão e o seu queridinho Montana Jack e ainda tirou a possibilidade de vitória de Bocalom em primeiro turno.


O grande problema foi só um: Petecão achou que era dono dos 199 mil 956 votos que teve para o Senado Federal, em 2010 e que podia manipular o eleitor. Errou feio e agora colocou muitas pedras no caminho que pretende trilhar rumo ao Palácio Rio Branco.


Fica a dica: não é todo dia que os deuses abençoam um filho do Bostal, não é mesmo senador?


 


 


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