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PGE recupera créditos do extinto Banacre tidos por perdidos

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A Coordenadoria de Execução da Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) foi  responsável por realizar acordos judiciais em 2011 que renegociaram dívidas de aproximadamente R$ 5 milhões referentes a créditos do antigo Banacre. Os valores resgatados são de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com o banco dadas até então como perdidas, os chamados “créditos podres”.


Os créditos foram renegociados com o parcelamento em dinheiro e também sob a forma de dação de pagamento de bens imóveis que, em 2011, totalizaram cerca de 60 mil metros quadrados de terras, extinguindo várias obrigações dos devedores com o Estado.

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De acordo com informações do analista bancário José Carlos da Silva, que auxilia a PGE na operacionalização dos acordos, no período de 2000 a 2011, foram renegociados mais de R$ 25 milhões de dividas originadas no antigo Banacre, referentes a mais de 1.100 acordos realizados entre Estado e devedores no período. Só em 2011, o valor renegociado foi o maior dos últimos 10 anos, R$ 4.983.458,35, referente a 46 acordos.


O aumento dos valores se deveu à estratégia da Coordenadoria de Execução da PGE de focar seus esforços para renegociar as maiores dívidas. O resultado disso foi o aumento do valor renegociado em mais de 40% no exercício de 2011 em relação ao ano anterior, mesmo com um número menor de acordos – em 2010 foram 87 acordos, que alcançaram quase R$ 3 milhões.


“A estratégia foi bem-sucedida porque procuramos conversar com os devedores, buscando as melhores condições possíveis para recebermos esses créditos, seja parcelando ou aceitando bens para pagamento. São recursos que, a princípio, eram mesmo considerados praticamente irrecuperáveis e agora poderão ser revertidos em prol dos cidadãos, nas mais diversas áreas de atuação do Estado”, destacou o Procurador do Estado João Paulo Setti, Coordenador de Execução da PGE.


Entenda o caso – Em 1998 o Estado do Acre comprou ativos do Banacre – créditos compostos basicamente por uma carteira imobiliária e uma carteira de crédito com alto índice de inadimplência -, pois o banco precisava de recursos para cobrir o déficit de caixa em razão de inúmeras operações de crédito realizadas sem lastro, cujo índice de inadimplência comprometeu o capital da instituição, além dos altos custos operacionais, principalmente junto ao mercado financeiro, onerando sua permanência no setor.


A partir daí, adotaram-se medidas visando ao encerramento das atividades bancárias do Banacre, que teve seu objeto social alterado para empresa não financeira, e se encontra atualmente em processo de liquidação ordinária, utilizando os recursos levantados para pagamento proporcional de suas dívidas.


Com base na aquisição dessa carteira de créditos, o Estado do Acre, por meio da PGE, vem cobrando judicialmente e negociando esses créditos, que eram dados como perdidos.


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