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Depois da apresentação de projeto, governistas batem boca devido a qualidade do ensino

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Diferente do dia de ontem, quando os governistas se uniram para amedrontar os oposicionistas, afirmando que “do pescoço pra baixo tudo é cabeça”, sobre o enfrentamento dos blocos no período eleitoral, nesta quinta-feira, 02, os governistas não chegaram a uma sintonia no plenário da Aleac e bateram boca, depois da apresentação de um projeto do deputado Eber Machado que pede a instalação de uma faculdade estadual para nivelar a disputa entre os alunos do Acre e os concorrentes de outros Estados mais desenvolvidos.


Governista Eber Machado é o autor do anteprojeto de lei, que cria a Universidade Estadual do Acre (UEAC). O objetivo, de acordo com as justificativas do projeto, seria remediar a concorrência desleal que os jovens acrianos enfrentam na disputa com estudantes de outros centros, na Universidade Federal do acre (UFAC), após a adoção do Exame nacional de Ensino Médio (Enem) em substituição ao Vestibular.

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O parlamentar fez critica ao novo método de seleção de acadêmicos e relatou que os estudantes do Estado estariam passando por dificuldades para “Os jovens acrianos enfrentam grandes dificuldades na concorrência das vagas na Universidade Federal. Todo ano, nove mil alunos concluem o ensino médio em todo Acre, sendo cinco mil só em Rio Branco. A Ufac, já prestou grande s serviços aos acrianos, mas com o crescimento e desenvolvimento do estado, ficou pequena para nossos estudantes”, diz Machado.


Segundo o parlamentar, os sucessivos erros da Ufac, na realização do Vestibular, levou a instituição a adotar o Exame Nacional do Ensino Médio, o que ele avalia como fator prejudicial ao ingresso dos acrianos nos principais cursos da instituição de ensino. “A Ufac assinou atestado de incompetência não realizando o Vestibular e colocando 2.050 vagas disponíveis para todo Brasil, através no Enem, abolindo o Vestibular como processo seletivo”, destaca Eber.


As declarações de Machado não foram bem recebidas pelo colega governista, Astério Moreira (PRB), que refutou as afirmações destacando que o fator prejudicial não seria a qualidade de ensino do Acre ou da Ufac, mas dependia do interesse dos alunos. Moreira afirmou que a maioria dos alunos estaria deixando de estudar e passavam grande parte do tempo em redes sociais, na internet.


“O presidente Obama dizia que você pode estar na melhor universidade do mundo e não ser um bom profissional. Temos grandes expoentes que tiveram formação em escola pública. Eu sei que as escolas públicas precisam de melhor qualidade, mas não podemos pensar que a Ufac ou qualquer universidade possa fazer um vestibular só pra quem é do Acre ou de escola pública”, destacou Astério Moreira.


Na continuação de seu pronunciamento, Moreira disse que “o problema é que ninguém quer pagar o preço. Não querem sair do Facebook, do twitter. Eu também não posso concordar com os maus profissionais que não cumprem suas funções”, afirmou Astério, que logo em seguida abandonou o plenário.


Eber Machado voltou à tribuna e pediu a presença de Astério Moreira para ouvir sua resposta, mas Moreira teria um compromisso e não estaria mais no prédio da Aleac. “Não tenho nada a ver com o presidente Obama, um homem que vem ao Brasil e sequer bebe nossa água. Estou falando de um problema local, das dificuldades de nossos alunos. O deputado Astério foi infeliz em suas declarações, não critiquei a Ufac, mas apresentei uma proposta para ampliar as oportunidades de nossos jovens”,  enfatiza Eber Machado.


Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


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