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Eduardo Vieira disse que Saerb é viável economicamente e coloca Angelim em saia justa

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Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


A polêmica em torno da reversão do Saerb do município para o Estado, contrariando o que o governo do Estado queria, parece que ainda vai render bons capítulos.

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Contrariando o que vem dizendo o prefeito Raimundo Angelim [PT] que nesta semana ocupou todos os veículos de comunicação para defender a reversão dos Serviços de Água e Esgoto de Rio Branco, para o Departamento Estadual de Água e Saneamento, o Depasa, com a desculpa de que o órgão não é economicamente viável, os diretores Eduardo Vieira, José Herivelto, Carmem Bastos Nardino e até a Procuradora do Município, Carla Adriana de Oliveira Prado, assinaram um documento afirmando ser consenso da diretoria, “que a empresa é economicamente viável”.


A reportagem teve acesso exclusivo à nota de esclarecimento que no dia 02 de dezembro, tentava eliminar o que os diretores classificavam como “boatos ou notícias que servem unicamente para denegrir a imagem da empresa”, referindo-se a postagens nas redes sociais sobre uma possível privatização do órgão.


O documento que circulou entre servidores e colaboradores deixou os diretores do Sindicato dos Urbanitários ainda mais confusos. José Jones, que representa a categoria disse que não entende como da noite para o dia, o sistema passou a ser considerado pelo prefeito Raimundo Angelim como inviável.


– A capacidade de produção do Saerb é de 1.200 litros/segundos, isso é suficiente para abastecer uma cidade com 2 milhões de habitantes. O problema do Saerb não é operacional, mas sim de gestão – completa o sindicalista.


Jones acusa o prefeito Raimundo Angelim de não ter apurado as irregularidades que foram apontadas pelo sindicato na gestão de Sammy Ferraz, visto pela categoria como o grande carrasco do sistema de abastecimento de água em Rio Branco.


– O prefeito fala que é transparente nas decisões, mas até hoje não disse o que foi apurado nas irregularidades apontadas no tempo do Sammy Ferraz, homem que sucateou o sistema – acrescenta Jones.


Os números de investimentos colocados sob suspeita pelos sindicalistas são superiores aos já divulgados, beiram a casa dos 400 milhões de reais de recursos recebidos entre os anos de 2007-2010. O vereador Marcelo Jucá lembrou que na época, Ferraz prometeu tornar o Saerb, na instituição modelo da região norte em distribuição de água. As denúncias foram levadas ao Ministério Público Estadual.


Na manhã de ontem, os vereadores do bloco de oposição a Raimundo Angelim, exigiram maiores explicações do prefeito e do governador Tião Viana. Entre os compromissos públicos que os vereadores exigem serem assumidos pelo executivo estadual, estão os direitos dos 144 trabalhadores que operam o sistema de distribuição de água em Rio Branco.


Veja ao lado, o documento assinado pelos diretores do Saerb dias antes do projeto de reversão ser encaminhado para a Assembleia e a Câmara Municipal. O documento também foi assinado pela procuradora do município.


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