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Professor de história Farlley Derze discorda de texto publicado sobre a decoração natalina de Rio Branco

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O Natal gera turismo, ele estimula o artesanato porque as pessoas vão para ver, e o faturamento dos artesãos da região aumenta. Isso significa que o Natal sociabiliza porque reúne gerações em torno da iluminação natalina. Essa iluminação na capital do Acre é um ponto de partida, que pode se ampliar para outras regiões acreanas, de modo que a economia local encontre no ambiente iluminado, um estímulo para que as pessoas se encontrem, troquem ideias, circulem suas obras de artesanato, dentre outras possibilidades. Gramado, no Rio Grande do Sul, já tem a sua iluminação de natal como um ponto turístico que atrai brasileiros de outras cidades nessa época do ano, além de turistas estrangeiros. Isso ocorre há 15 anos.
A economia local cresce muito nessa época do ano, hotéis, restaurantes, vendedores ambulantes, enfim, a iluminação contribui para que a região se valorize aos olhos de quem vive em outros lugares. O mesmo acontece com a árvore de Natal situada na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Em ambos os casos, há envolvimento das autoridades do governo. Na Europa, Estados Unidos e Canadá, cidades são iluminadas, isso é uma tradição cultural.
A Europa possui seus problemas, Nova York tem tido inúmeros problemas sociais, o Rio de Janeiro é notícia constante sobre seus problemas sociais, há fome, há desemprego, há violência, mas nada disso substitui a beleza do encontro das pessoas na rua, nesse período de conciliação, esperança, tolerância, fé no futuro. As pesquisas com a população de todas as classes sociais, amplamente divulgadas na TV, jornais e revistas, demonstram que todos querem sua cidade iluminada nessa época do ano. Basta ver o sorriso delas, mesmo diante das dificuldades que encontram no seu cotidiano.
O natal é uma época especial. A luz traz esperança. Mas há brasileiros que preferem a escuridão, sem uma “luz” que se traduza em esperança e fé no futuro. Suas mentes são escuras e vazias porque não percebem nem conhecem a realidade nessa época do ano, onde a memória nos faz lembrar da infância. O Natal ajuda a respeitar as diferenças. O Natal é como um ponto de encontro… encontro de diversos povos, diversas gerações, diversas linguagens. A linguagem natalina interfere nas nossas vidas, na lembrança de um ente querido que já não está entre nós, mas continua presente em nossa memória.
A iluminação natalina no centro da capital enfatiza a memória e a tradição que dignifica a cultura do Acre. A iluminação é um estímulo para se transitar na cidade. São maneiras de pensar o Natal numa cidade multicultural tão fantástica e ecumênica como Rio Branco. Nesse sentido, o Governo de Tião Vianna fez a sua parte social, e cultural.
O jornalista Edmilson Alves, do “ac24horas”, não demonstra a menor responsabilidade com os jornalistas que se esforçam para valorizar essa profissão. Ele veicula notícias com base naquilo que ouviu dos outros. Ou seja, ele não produziu o conhecimento por si mesmo, não descobriu nada, como fazem os jornalistas sérios e comprometidos com a população. Ele prefere o método do papagaio, de ouvir o que alguém disse e reproduzir o que ouviu sem consultar outras fontes, sem pesquisar. São profissionais como o Sr. Edmilson Alves, e suas atitudes de “fast food” que fizeram o Supremo Tribunal de nosso país entender que o diploma de jornalista é desnecessário, diferentemente do que ocorre com outras profissões. Se alguém escreve o que “tem vontade”, como faz o Sr. Edmilson Alves (que se intitula “jornalista”), sem fazer o menor esforço para identificar a origem de uma informação que ouviu e que decidiu acreditar, fica difícil mesmo se entender a relevância de um diploma para alguém que sonhe em se tornar um profissional da comunicação.
Quem perde são os profissionais da comunicação que adotaram outro método para fornecer as notícias que descobriu pelos seus próprios meios, seu próprio suor. O Sr. Edmilson Alves publicou seu texto com o título “decoração natalina importada do Recife é inaugurada com cerimônia ecumênica no Acre”. Com base nas palavras que disse da boca para fora, fica fácil identificar que nunca esteve no Natal de Gramado (RS), nunca esteve no Natal do Rio de Janeiro (RJ), nunca esteve no Natal de Curitiba (PR) para ouvir o coral de crianças na sacada de um prédio iluminado, nunca esteve no Natal de Recife (PE) para comparar o que foi feito em 2009 e 2010 de modo que com os próprios olhos verificasse a diferença entre o Natal do Recife e o de Rio Branco. Devido à dificuldade deste Sr. em lidar com a realidade, vou fazer um gesto altruísta de modo a poupá-lo do esforço que evidentemente não está na pauta de seu “método profissional”, já que não conseguiu se inspirar nos bons exemplos de jornalistas que trabalham de forma criteriosa em nosso país.
Assim, ofereço a ele alguns dados de modo que possa encontrar um tom de neutralidade em seu discurso, já que a delicadeza seria uma utopia em detrimento à leviandade das informações que sabe-se lá por qual motivo político (será que trabalha para a oposição?) ou religioso (será que não é cristão?) e por isso adotou o que lhe contaram como sua verdade particular, na tentativa de confundir a população por meio de palavras que findam por desprezar o sentimento das pessoas nessa época do ano. Pois então seguem alguns dados: os desenhos que formam as estruturas que se encontram iluminadas foram inspirados no trabalho dos artesãos acreanos, portanto, nada a ver com o que se viu na cidade do Recife em 2010. Em lugar nenhum do Recife, no Natal de 2010, foram instalados os anjos iluminados que se encontram nas calçadas da cidade de Rio Branco, portanto, nada a ver com a frase dita pelo Sr. Edmilson Alves de “que a arquiteta Jamile Tormann teria utilizado no Acre, parte da mesma decoração usada em 2010 na capital desse estado nordestino, uma prova de que a simbologia da reciclagem pode ser utilizada sem necessariamente reduzir custos, pois o arranjo natalino acreano de 2011 pode custar ao contribuinte o dobro do valor gasto no ano passado”. Antes de comentar essa frase, o leitor já percebeu que o Sr. Edmilson Alves usa o verbo “teria”, portanto, demonstra sua incerteza e até faz uma tentativa de demonstrar uma isenção diante dos fatos que não conseguiu descobrir. Vamos comentar então a incerteza do Sr. Edmilson Alves que, a essa altura, nos deixa a todos com uma incerteza também: ele “seria” um jornalista? Os números que ele apresenta sobre gastos faz crer que não frequentou aulas de matemática. Pois foram gastos 900 mil reais nesse ano para cobrir uma área mais abrangente do que aquela do ano anterior, onde foram gastos 567 mil reais. Ou seja, não é o dobro do valor financeiro empregado, embora tenha sido mais que o dobro a área contemplada.
Sua afirmação me leva a crer que ele elaborou uma estatística. Por que não divulga tal estatística juntamente com o método que adotou para torna-la pública em forma de números? Assim fica fácil fazer “jornalismo” se o método é apenas ouvir o que os outros falam e reproduzir automaticamente no veículo de informação que lhe dá crédito, como se ele fosse um profissional que aprendeu as modernas técnicas de coleta de dados, embora ele adote a “fofoca” como matéria-prima de seu trabalho descomprometido com a população mais esclarecida que ele. Por exemplo: ele se inspirou no “twiter” de um único jornalista da “revista digital Terra Magazine”, Altino Machado, que possui o blog da Amazônia. Entretanto, o Sr. Altino Machado não se dirigiu à profissional que fez o projeto de iluminação natalina que deu entrevista na coletiva de imprensa organizada pela Prefeitura do Recife (se é que ele estava lá).
Desconheço o grau de relacionamento entre o Sr. Edmilson Alves e o Sr. Altino Machado que só o cito aqui porque segundo o Sr. Edmilson Alves é sua fonte de informação que “teria” estado no Recife. E diz que “quem esteve em Recife no natal do ano passado afirma que a mesma iluminação natalina de lá está sendo usada no Acre neste final de 2011”. Como assim? É preciso discordar.
As mangueiras de LED que foram fixadas no caule das árvores representam os cortes nas seringueiras para homenagear os trabalhadores do seringal, portanto, como foi que a percepção do Sr. Edmilson Alves o iludiu a ponto de não enxergar a própria cultura do Estado em que vive e lhe fez acreditar que se tratava de uma “importação do projeto de iluminação natalina na cidade do Recife em 2010?” Cabe ressaltar que a profissional responsável pela iluminação natalina do Recife (PE) e de Rio Branco (AC) é a mesma pessoa, entretanto, lá no Recife foram utilizadas as estruturas das sombrinhas do frevo que foram iluminadas para homenagear a cultura pernambucana, cidade do frevo. A aberração crítica do Sr. Edmilson Alves a essa altura quer convencer o leitor mais atento de que Rio Branco é a cidade do frevo e Recife é a cidade do látex, do índio, da borracha, do seringal. Entretanto, fica a dever uma resposta sobre como ele chegou a essa conclusão quando diz que “a decoração natalina” foi “importada do Recife”. Este Sr. de ideias questionáveis e fundamentadas em sua carência emocional menciona que a iluminação natalina de Rio Branco é uma reciclagem dos materiais empregados na iluminação da capital pernambucana. Como ele chegou a essa conclusão? Isso pode ser considerado uma calúnia, já que não conhece os fornecedores dos materiais e tampouco se preocupou em saber que destino levou o material utilizado no Recife em 2010, mas bastava ter ido lá no Recife para ver a iluminação natalina de 2011 e descobrir com os próprios olhos que está tudo lá, encantando a população local e o turismo que movimentou 4 bilhões de reais somente nesse período em que se gastou 1 milhão e meio para a iluminação natalina. E, ainda, gerou emprego para a população local.
Esse modelo de jornalismo não pode ser considerado sério. A decoração natalina da cidade de Rio Branco possui um presépio, que assim como os anjos supramencionados, jamais existiu na decoração natalina do Recife. Ou o leitor acredita na empresa que foi contratada para iluminar as duas cidades (Rio Branco – 2011 e Recife – 2009 e 2010), da qual sou o Diretor de Gestão e Pesquisa, ou o leitor acredita no que fala este Sr. Edmilson Alves que não participou das reuniões para elaboração de ambos os projetos, que demonstra não saber a diferença entre as fontes de luz que foram adotadas em ambas cidades, não possui currículo profissional na área de iluminação, jamais entrevistou a profissional que fez os projetos de Rio Branco e Recife, não pesquisou os sites oficiais da Prefeitura do Recife para com os próprios olhos identificar as diferenças de desenhos, fontes de luz, estruturas e temas (frevo em Recife, seringal em Rio Branco). Ou seja, bastava a este Sr. Edmilson Alves que se importasse com a veracidade dos fatos, em vez de improvisar calúnias, além de manchar o bom nome da relevante profissão de jornalismo da qual se encontra distante tecnicamente. Sem contar sua tentativa em desprestigiar um profissional de outra área reconhecida internacionalmente, com diversos prêmios, e Coordenadora de um Curso de Pós-Graduação em Iluminação em 21 cidades brasileiras.
Os argumentos do Sr. Edmilson Alves beiram a infantilidade quando intitula seu “texto” com termos do tipo: “decoração natalina importada”. É como se ele condenasse o Oscar Niemeyer por repetir padrões arquitetônicos nos projetos que idealizou e executou no Brasil e mundo afora. Qual é o problema disso? O padrão estabelece uma linguagem na arte, um estilo, uma identidade profissional. Talvez a limitação cognitiva do Sr. Edmilson Alves para interpretar a arte, ou para interpretar o que ouviu de terceiros, ou interpretar o que tenha tido oportunidade de ver com os próprios olhos (se é que viu), o tenha levado a crer que se tratava de uma “importação da decoração natalina”. Talvez ele tenha confundido as imagens dos pórticos, já que esteticamente existe um pórtico no Recife que homenageia o pescador, onde tal pórtico possui desenhos de redes utilizadas pelo pescador, bem como o pórtico de uma ponte recifense que apresenta as colchas de tear das mulheres rendeiras. Já em Rio Branco, o pórtico homenageia o indígena, e no parque da maternidade o pórtico apresenta peças do artesanato local. Em nome do escritório Jamile Tormann Iluminação Cênica e Arquitetural LTDA, lamentamos que o Sr. Edmilson Alves não tenha nos consultado para nesse momento não ver sua imagem ser motivo de risos e anedotas natalinas quando se aventurou no escuro de suas próprias percepções (ou intenções… ou imaturidade profissional). Mas isso é compreensível, afinal esta pessoa não deve ser mesmo um jornalista.
E se for, já provou que possui uma questionável formação técnica (e cultural). Eu também preferi chama-lo de Sr., para demonstrar que não há nada de minha parte contra a pessoa dele. Este texto que escrevo é apenas uma resposta ao texto que ele produziu e publicou, portanto, oferece margem a uma resposta. Da mesma forma que um Sr. chamado Moisés Diniz respondeu ao site AC24HORAS em que também constatou que “não pode haver jornalismo mais indecente”, “induzem o leitor a interpretar”, “primeiro compararam errado”, “se eles fossem honestos”, “vou cobrar reparação na justiça”, “uma indecência jornalística”…
(Fonte: http://edmilsonacre.blogspot.com/2011/10/deputado-moises-diniz-contesta.html).
A indignação de Moisés Diniz trata-se de outro assunto, nada a ver com a iluminação natalina de Rio Branco (AC), mas serve para que o usuário da Internet ABRA BEM OS OLHOS na hora de ler o que qualquer um decide publicar com base em suas deficiências de interpretação cujo resultado é uma aberração crítica sobre os acontecimentos dos quais não participou.
Se o Sr. Edmilson Alves tivesse a mínima prática de pesquisa para elaborar o jornalismo sério, ele teria descoberto que Jamile Tormann é casada com um acreano da família Derze, nascido em Rio Branco, cuja sogra é de Xapuri, seu sogro é de Sena Madureira, e há 15 anos ela tem dentro de sua própria casa a rica história cultural desse Estado
fabuloso – o Acre – onde vivem pessoas com uma história de delicadeza, generosidade, solidariedade, humildade, gentileza, sensibilidade e inteligência, como um típico acreano.
Se você achou mesmo que a iluminação natalina de Rio Branco foi importada de Recife, o que dizer de alguém como o Sr. que nem saber escrever a palavra “acreano” corretamente, pois escreveu “acriano” no segundo e terceiro parágrafos de seu “texto”. Caro Sr. Edmilson Alves, o importado é você !!!
Assinado: Farlley Derze, acreano, Professor de História, Diretor de Gestão e Pesquisa da Empresa Jamile Tormann Iluminação Cênica e Arquitetural LTDA.
Esta resposta foi encaminhada também para: INÚMEROS BLOGS DE BRASILEIROS; FACEBOOK E DEMAIS REDES SOCIAIS; SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DO ACRE – SINJAC; FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS – FENAJ; A GAZETA DO ACRE; A TRIBUNA; PÁGINA 20; O RIO BRANCO; O ALTO ACRE; TRIBUNA DO JURUÁ; JORNAL VOZ DO NORTE; VOZ DO ACRE; FOLHA DO ACRE; RD NOTÍCIAS; AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DO ACRE; SECRETARIA DE ESTADO, ESPORTE, TURISMO E LAZER DO ACRE (SETUL); PORTAL ACRE; DIÁRIO OFICIAL DO ACRE; DIÁRIO DA JUSTIÇA DO ACRE; FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO ACRE (FECOMÉRCIO); SESC; SENAC; ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ACRE; CÂMARA MUNICIAL DE RIO BRANCO; PREFEITURA DE RIO BRANCO – AC; GOVERNO DO ESTADO DO ACRE – AC; PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO ACRE; SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA DO ACRE; MINISTÉRIO DO TURISMO DO GOVERNO FEDERAL; EMBRATUR; DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL (DF).


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