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Diretor de presídio é acusado de favorecer detento após sumir com madeira doada pelo Ibama

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A direção do Instituto de Administraçao Penitenciária, o IAPEN, bem que tentou manter longe da imprensa uma sindicância instalada no presídio Evaristo de Morais onde o diretor da unidade é investigado por supostas irregularidades, mas o processo acabou por “vazar”.


Quinta-feira [17], o corregedor do IAPEN, Enoque Pereira, esteve no município de Sena Madureira para ouvir em depoimento o diretor da unidade prisional, Raimundo Gouveia, que está sendo acusado de desviar 45 metros cúbicos de madeira doada ao presídio e de liberar sem ordem judicial, um reeducando que cumpre pena em regime fechado, para participar de um ato religioso naquela cidade.

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A investigação, que por determinação do presidente do IAPEN, Dirceu Augusto da Silva, corre em sistema de segredo dentro do Instituto, envolve pelo menos vinte pessoas, entre agentes penitenciários, reeducandos, o próprio diretor e outros funcionários do sistema prisional.


Enoque Pereira confirmou á reportagem a investigação em desfavor do diretor, mas disse que no momento seria precipitado tomar qualquer tipo de medida, seja do afastamento provisório de Gouveia, seja da exoneração do cargo que exerce.


“Fui designado pelo presidente para presidir essa sindicância. Ouvi o depoimento de todos os envolvidos ontem a tarde [quinta],  e somente na segunda-feira [21/11], quando retornar para Rio Branco, irei analisar a documentação apresentada pelo diretor. Ele negou a denúncia sobre a madeira. Sobre a saída do reeducando, disse que liberou o preso mediante uma conversa que teria tido com uma assistente da juíza. Nós iremos analisar toda a documentação e só depois, nos pronunciar, até para não cometer qualquer tipo de injustiça.”disse ele.


Desaparecimento de madeira
De acordo com a primeira denúncia, Raimundo Gouveia seria o fiel depositário de cerca de 45 metros cúbicos de madeira doada pelo IBAMA ao presídio. A madeira desapareceu do depósito e teria, segundo a denúncia, sido distribuída entre os agentes penitenciários pelo diretor. No depoimento que prestou á sindicância, segundo Enoque Pereira, Raimundo Gouveia apresentou documentos que comprovariam a destinação da madeira, mas essas provas ainda não foram analisadas. Pereira adiantou ainda que o diretor teria informado que a madeira foi utilizada pelos detentos na fabricação de móveis, mas a investigação também irá apurar essa informação.


Saída ilegal de detento
Na mesma investigação, Raimundo Gouveia responde por ato ilegal. Ele teria autorizado a saída de um reeducando que cumpre pena em regime fechado, para participar de um ato religioso em Sena Madureira. A permissão para saída de presos do regime fechado da unidade prisional é facultada somente ao judiciário. Neste caso, o diretor, aponta a denuncia, teria autorizado a saída do reeducando sem escolta e sem autorização da juíza da Comarca, o que se comprovado, caracteriza infração administrativa.


A reportagem tentou por diversas vezes entrar em contato com Raimundo Gouveia, mas em todas as tentativas de ligação, a chamada foi encaminhada para a caixa postal.


Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com
De Rio Branco para ac24horas.com


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