Centenas de trabalhadores das madeireiras Triunfo e Ouro Verde e estudantes do curso de engenharia florestal da Universidade Federal do Acre lotaram as galerias da Assembleia Legislativa na manhã de hoje, fazendo lobby pela continuidade do Manejo no Estado do Acre. Eles dividem espaço na galeria Marina Silva, com seringueiros e produtores do Projeto Estadual de Manejo do Antimary.
O manifesto dos madeireiros começou em frente o palácio Rio Branco. Por volta das 9h30 os trabalhadores utilizaram o microfone para reivindicar a continuidade do manejo, que segundo os trabalhadores, garante os seus empregos. O clima esquentou dentro do plenário, onde deputados governistas e de oposição, debateram sobre o Manejo.
O primeiro a debater sobre o assunto foi o deputado Rocha. Ele apresentou números sobre a exportação de manejos para o exterior do Acre, chamando as entidades que assinaram manifestos a favor do manejo de pelegas. Rocha deixou claro que nunca se posicionou contra o manejo, “mas contra a roubalheira que vem ocorrendo dentro do projeto do Antimary.
– O governo armou um grande circo vendendo a ideia de que somos contra o manejo. Duas verdades precisam ser ditas, alguns que assinam essa carta podem ir para a cadeia depois da investigação que vem sendo feita pelo Ministério Público; eles estão aqui defendendo o patrão e não o povo da floresta – acrescentou Rocha.
O deputado líder do governo, Moises Diniz, utilizou o jargão escrito em faixas e banners exposto pelos trabalhadores, “aqui não tem pedra, não tem Rocha, tem floresta gerando emprego para os trabalhadores. O deputado voltou a afirmar que o fim do manejo desempregaria mais de 7 mil trabalhadores. Moises disse ainda que a renda que deixaria de entrar nos cofres públicos seria equivalente a R$ 500 milhões.
A sessão será suspensa após o grande expediente, onde os deputados receberão as lideranças que entregarão um documento a favor da continuidade do Manejo.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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