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Seminário discute qualidade da farinha de Cruzeiro do Sul

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Os resultados e desafios do processo de Indicação Geográfica da farinha de mandioca produzida na região no Juruá serão tema de um seminário realizado pela Embrapa Acre, no dia 18 de outubro, no Teatro dos Náuas, em Cruzeiro do Sul, a partir das 8 horas. O evento faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.


Produzida artesalnamente em centenas de comunidades rurais, a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul conquistou o paladar dos acreanos desde a década de 1980 e ganhou fama Brasil a fora. O próximo passo é ter a origem deste alimento certificada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “Queremos dialogar com agricultores familiares, estudantes, extensionistas e profissionais ligados a cadeia produtiva da mandioca para identificar as principais demandas tecnológicas  e, principalmente, incentivar os produtores rurais para o cumprimento de exigências legais e normas que regulam a produção de alimentos, como forma de contribuir para o processo de Indicação Geográfica, mantendo a qualidade do produto”, afirma a pesquisadora Virgínia Álvares.

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Durante o seminário serão apresentados resultados de pesquisas realizadas pela Embrapa Acre, em parceria com outras instituições, junto a produtores de farinha no Território da Cidadania do Vale do Juruá. A equipe da Embrapa Acre georreferenciou 900 casas de farinha e realizou um diagnóstico da produção, avaliando o modo de fabricação, a classificação, a qualidade, a variabilidade e o potencial de uso de resíduos da fabricação da farinha para alimentação animal e adubação.


A programação também contará com apresentações sobre o potencial da região para obtenção do selo de Indicação Geográfica para a farinha de mandioca, bem como sobre a adequação desse produto à legislação. “A intenção é que o produto mantenha a qualidade e esteja de acordo com as boas práticas de fabricação exigidas pela legislação”, afirma Virgínia.


O Seminário é realizado com apoio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Federal de Educação do Acre (IFAC), Universidade Federal do Acre (Ufac, Campus da Floresta), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/AC), Governo do Estado, por meio do Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Instituto de Mudanças Climáticas e prefeitura de Cruzeiro do Sul, e financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico por meio da Fundação Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de emenda parlamentar proposta pelo deputado federal Henrique Afonso (PV/AC).


Conservação do Solo


Na quarta e quinta-feira (19 e 20 de outubro) será realizado curso sobre manejo e conservação do solo. O objetivo é estimular o uso de técnicas de baixo custo para o manejo dos solos da região. “Neste momento em que o Governo Federal investe no Programa Agricultura de Baixo Carbono, com linhas de créditos específicas, vamos estimular a utilização de alternativas viáveis, como o uso de microtratores para limpeza e preparo de áreas para plantio e, principalmente, para recuperação de áreas degradadas, problema recorrente nas áreas de cultivo de mandioca do Juruá”, afirma o pesquisador Falbarni Costa.


A etapa teórica, no dia 19 de outubro, acontece no Escritório da Embrapa Acre, em Cruzeiro do Sul (Avenida 25 de agosto, nº 45) e as atividades práticas serão realizadas na propriedade do agricultor Sebastião de Oliveira, no ramal Pentecostes, em Mâncio Lima (AC). O curso é voltado para agricultores familiares e extensionistas.


(Texto: Priscila Viudes/Embrapa Acre).


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