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Produtores do Antimary vão à Aleac cobrar calote de R$ 400 mil da empresa Triunfo

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Cansados de esperar por uma fiscalização dos órgãos fiscalizadores do Estado do Acre, os produtores do projeto de assentamento do Antimary, vieram na manhã de hoje (14) até a Assembleia Legislativa do Acre, pedir apoio dos deputados estaduais para o que caracterizam como “devastação das florestas públicas”.


Entre as reivindicações os produtores cobram o repasse de R$ 400 mil que foi objeto de contrato com a Empresa de Laminados Triunfo e que até hoje não foi pago às famílias localizadas no Projeto de Assentamento do Limoeiro.

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O presidente da mais antiga associação do projeto Antimary, a Associação de Seringueiros da Floresta do Antimary, Agenor Nascimento Barreto, disse que “não há garantias de que a renda de manejo continue”. Ele fala baseado no preço da madeira por metro cúbico que decaiu entre os anos de 2009 e 2011.


– Em 2009 negociamos com a madeireira Triunfo o valor de R$ 50,00, em 2010 esse valor subiu para R$ 55,00 e esse ano, a SEF empurrou de goela abaixo, sem a nossa participação, o preço de R$ 40,00 do metro cúbico da madeira. Queremos o preço justo – disse Agenor.


Ainda segundo Agenor Nascimento, do primeiro leilão que vendeu 20 mil metros cúbicos de madeira em pé e que foi arrematado por R$ 800 mil, desse montante, R$ 400 mil deveriam ser repassados para a comunidade. É o que regulamenta a Lei de Gestão de Florestas Públicas. O presidente da associação garante que além de não terem sido repassados os valores, até hoje, não se sabe o que a empresa fez junto com o Estado.


– 50% do valor era para ser repassado em beneficio da comunidade que mora na reserva, dividido em três associações existentes no Antimary. Até hoje não sabemos o que aconteceu com todo o dinheiro.



– Pedimos um empenho dos deputados para fiscalizar de forma séria o projeto do Antimary para que não aconteça lá, o que aconteceu no Limoeiro, onde a floresta foi devastada. Estamos dispostos a fechar o ramal e impedir a saída dos caminhões – disse José da Silva.


O presidente da Floresta Unidos da Floresta do Antimary, João Camilo, disse que não houve a apresentação de outras propostas de madeireiras e que por necessidade, a maioria aceitou assinar o contrato de R$ 40,00 por metro cúbico.


Shirley Souza, moradora do Antimary, convidou o líder do governo, deputado Moisés Diniz, para ir visitar o projeto in loco “para ver o que está acontecendo”. Shirley criticou a situação das pontes e do ramal que ficaram intrafegáveis no período do inverno.


Para o deputado Jamyl Asfury [DEM], não há tema mais importante para ser discutido do que a Florestania. “Cortes rasos são crimes e esse assunto deve ser visto urgentemente por esse parlamento e pela Policia Federal”, pediu o democrata.


A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa encaminhou a indicação de um defensor público para resolver o problema das multas aplicadas pelo Ibama, uma reunião com o secretário de Indústria e Comércio e uma audiência pública na sede do Projeto de Manejo.


Para o deputado Major Rocha, o encontro na Assembleia sela o trabalho de fiscalização que foi feito por ele e a deputada Marileide Serafim. Rocha disse que mesmo assim, vai até o ITTO em Brasília e também visitará o Imaflora [órgão certificador do FSC no Brasil].


– Não podemos deixar de lado o crime ambiental que vem sendo praticado, isso é sério e merece o nosso grito – concluiu Rocha.


Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


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