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Oi diz que apagões são provocados no Acre por vandalismo e queda de árvores

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Convocado pela presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Aleac, a deputado Doutora Juliana (PRB), para esclarecer as recorrentes interrupções nos serviços de telefonia e internet na região do Vale do Juruá, o diretor institucional da Oi, João Tavares disse na manhã desta quinta-feira (14), durante reunião no Poder Legislativo, que as principais causas dos apagões seriam o vandalismo e a queda de árvores. Ele explica ainda que a empresa identificou o principal trecho e vem conseguindo resolver as interrupções em até quatro horas.


Doutora Juliana, autora do requerimento para realização da reunião — que contou com representantes do Ministério Público, Procon e demais comissões do Poder Legislativo – disse que “o consumidor, como sujeito de direitos e deveres, paga um determinado valor ao fornecedor, este que, por sua vez, deve oferecer, como contrapartida, um serviço regular e de qualidade. Essa é a lógica da relação de consumo. A operadora Oi tem silenciado diante dos inconstantes apagões de internet e telefonia, infringindo uma norma consumerista”, ressalta.

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Uma das dificuldades para resolver os apagões, segundo João Tavares, seria os mais de 600 quilômetros da rota de fibra ótica que atende de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. “Tivemos várias situações de interrupção desse cabo. Algumas por vandalismo, outras por queda de árvores que ocorreram esse ano. A empresa já identificou o principal trecho onde acontece e começou uma obra para construção de uma rota alternativa para minimizar as interrupções. Nós trabalhamos para que o o serviço seja restabelecido o mais rápido possível”.


Segundo Tavares, “hoje, em média, a empresa, apesar da região de 650 quilômetros e o acesso ser por estrada, a OI trabalha e consegue resolver os problemas em até quatro horas”. Sobre novos investimentos, o gestor destaca que, “a empresa investiu mais de R$ 16 milhões só em telecomunicações no Acre. Temos uma cobertura em quase todo estado, apenas um município ainda não conta com nosso serviços. Os apagões acontecem por motivos alheios a empresa, mas temos várias equipe de prontidão 24 horas por dia”, diz João Tavares.


Apesar dos investimentos alegados pelo gestor da Oi, a diretora de fiscalização do Procon, Francisca Brito afirma que “sempre que notificamos a Oi faz o acompanhamento das nossas reclamações, mas não existe de fato uma melhoria nos serviços, mesmo com essa postura de dialogar com os órgãos de fiscalização. A gente tem acompanhado desde maio a falha na prestação de serviço tem sido constante. Isso tem acontecido regularmente e às vezes mais de uma vez na semana”, nas cidades com cobertura da operadora de telefonia.


Para a representante do Procon, “o consumidor não pode pagar por um serviço que ele não está recebendo de uma maneira satisfatória. A empresa precisa fazer um plano de melhorias para o consumidor ter um serviço de acordo com o que ele paga”. Francisca Brito destaca que o Procon continuará acolhendo as demandas apresentadas pelos consumidores, buscando soluções para as questões que infringem as relações de consumo com a empresa de telefonia, além de fiscaliza as melhorias que serão oferecidas pela operadora.


O promotor Marco Aurélio, da Promotoria do Consumidor informa que há uma certa dificuldade nas demandas que envolvem a Oi pelo fato de a empresa passar por um processo de recuperação judicial. Ele acredita que o diálogo pode ser a melhor saída. “Ver o que pode ser feito em termos de melhorias e investimentos e plano de contingência, como é o caso da região do Juruá, que nós precisamos que a Oi, assim como a Embratel possui um plano de continência quando a fibra rompe aciona um satélite que a OI aja na mesma forma”, enfatiza.


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