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Depois de tomar posse no escuro, Márcia Bittar tem pré-candidatura lançada e pode marcar nova crise na oposição

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O presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força Sindical participou de um ato político da oposição na noite desta quinta-feira (17) no Acre. O evento teve como palco o auditório da Fecomércio, em Rio Branco. O dirigente partidário empossou Márcia Bittar como a nova presidente regional do SD e falou dos planos de crescimento da legenda no Estado e de sua decisão de lançar a pré-candidatura de deputada federal da nova dirigente.


Os discursos foram no gogó. Um apagão obrigou os líderes oposicionistas entonar a voz para serem ouvidos pela multidão de militantes que lotou o auditório até o calor espantar alguns. A pré-candidatura de Márcia Bittar poderá gerar uma nova crise entre os partidos de oposição que nos últimos dias realizaram diversas reuniões para aparar arestas e pedir que lideranças como Vagner Sales (PMDB) e Bocalom (DEM) abrissem mão de suas candidaturas.

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Se colocando como o adversário mais ferrenho do PT, Paulinho da Força disse que é metalúrgico de profissão, mas nunca precisou cortar nenhum dos dedos para deixar de trabalhar, ironizando o ex-presidente Lula. O dirigente do Solidariedade culpou o PT pela onda de desemprego e os principais atos de corrupção envolvendo nomeações em órgãos públicos. “Se eles nomeiam uma faxineira, no outro dia, ela leva a vassoura”, disse o deputado federal.



Ele não escondeu que sua principal meta é eleger um deputado federal pelo Acre, para ampliar a bancada de seu partido em Brasília e colocar o Solidariedade entre os grandes partidos brasileiros. “Peguei a melhor parte da família do Márcio Bittar, que é a esposa dele. O Márcio tem a missão de eleger a Márcia Bittar deputada federal. Essa foi uma das condições que coloquei quando eles foram acertar os detalhes para dirigirem o partido no Acre”, diz Paulinho.


O ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), que abriu mão de sua pré-candidatura ao Senado em favor de Márcio Bittar, disse que não acredita na possibilidade de uma candidatura de Márcia Bittar. Para o peemedebista, os políticos oposicionistas precisam abrir mão de seus projetos pessoais e pensar no coletivo. A deputada federal Jéssica Sales (PMDB) é candidata à reeleição. Esse foi um dos fatores que fez Vagner Sales renunciar em nome de Bittar.


O pré-candidato ao governo do Acre, o senador Gladson Cameli (PP) não colocou panos quentes na possível crise que a pré-candidatura de Márcia Bittar poderá desencadear na Oposição. Para ele, “se você acredita que pode contribuir com esse projeto, coloque seu nome, lance sua candidatura, entre na disputa para ajudar o Acre a sair da estagnação. Sua candidatura será recebida de braços abertos pelos partidos que sonham em mudar o Acre”, destaca.



Questionado sobre a possível candidatura de sua esposa, o pré-candidato ao Senado, Márcio Bittar – que assinou ficha de filiação recentemente no PMDB do deputado federal Flaviano Melo – disse que, “dessa vez eu não vou interferir como fiz lá atrás, em 2014, quando pedi para ela recuar com a candidatura. Dessa vez, ela quem vai decidir se entra na disputa ou não”, disse Bittar, mesmo sabendo que o presidente de seu novo partido concorrerá à reeleição.


A decisão de lançar uma possível candidatura a deputada federal de Márcia Bittar poderá ocasionar um mal-estar nas fileiras do PMDB, já que as articulações para levá-lo para o partido foram costuradas por duas lideranças peemedebistas que têm interesse direto na disputa pelas cadeiras de deputado federal. O primeiro é Flaviano Melo, que abençoou Bittar e jogou a decisão nas mãos de Vagner Sales, que por sua vez, tem compromisso com a reeleição de sua filha.


O evento contou com a presença do senador Gladson Cameli (PP), o deputado federal Alan Rick (DEM), o ex-prefeito Vagner Sales (PMDB), a pré-candidata a deputada federal Wania Pinheiro (PTB), Fracineudo Costa (PSDB), Márcio Bittar (PMDB), Paulinho da Força Sindical e representantes do senador Sérgio Petecão (PSD) e do deputado federal Major Rocha (PSDB) que não compareceram ao evento por questões de agendas distintas ao evento do Solidariedade.


 


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