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Desentendimento entre Major Rocha e Bittar vira manchete nacional

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As “bicadas” entre os tucanos deputado federal Major Rocha (PSDB) e Márcio Bittar (PSDB) podem complicar a situação jurídica do senador Aécio Neves (PSDB). Segundo extensa matéria publicada no site UOL, nesta segunda, 3, o “afastado” presidente nacional do PSDB, “enrolado” pela delação da JBS, estava impedido de exercer função política até o dia 30 de junho. Ele assinou o afastamento de Rocha da presidência do PSDB no Acre, no dia 13. Evidentemente que Rocha reagiu ao ato e ameaçou ir à Justiça. Segundo a reportagem a “destituição” pode ter sido feito pelo diretor de Gestão Corporativa do PSDB, João Almeida, que teria usado o login e a senha de Aécio para o ato que foi enviado ao TRE. A alegação do tucanato nacional para o desmanche da direção do partido no Acre foi o baixo desempenho da sigla nas eleições municipais, em 2016, no Estado. Assim as “brigas” entre Rocha e Bittar já ultrapassaram a fronteira acreana e se tornaram um “problema” para o PSDB nacional.


Telefonema “salvador”
Segundo um release para a imprensa da assessoria do Major Rocha, Aécio teria ligado pra ele na sexta (dia 30). Na conversa garantiu a permanência de Rocha no comando dos tucanos acreanos. Mas se a gente analisar a notícia publicada nesta segunda pelo UOL, não faltaram motivos para essa ligação de Aécio, que poderia se “complicar” por exercer ato político estando afastado das suas funções pelo STF. A coisa toda parece um “ajuste”.

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Sem lógica
Essas divergências entre Rocha e Bittar já se arrastam desde 2015. Não sei porque não encontraram uma saída diplomática. Como escrevi dezenas de vezes na coluna o PSDB vem sangrando com o desentendimento entre as duas lideranças. E não vejo uma solução para a conciliação, ainda que na política tudo seja possível.


O pomo da discórdia
Por que não tem como Rocha e Bittar se entenderem? Entre os mais diversos motivos um é notável, os dois querem ser candidatos ao Senado pelo PSDB. Não existe condições políticas para que os tucanos tenham dois concorrentes às vagas acreanas ao Senado. Isso seria “suicídio”.


Planos B e C
Enquanto o PSDB acreano “sangra” Bittar reforça os partidos que têm sob o seu comando, o Solidariedade e o PTB. Se perder a queda de braço no ninho tucano terá outros caminhos a percorrer para ser candidato ao Senado. E se ganhar fica com três partidos à sua disposição.


Questão de identidade
Por outro lado, caso Rocha seja contrariado nesse jogo pelo comando do diretório do PSDB do Acre, deve procurar outro partido. Poderá ir para o DEM que ficaria com dois deputados federais e um forte poder de fogo em 2018.


“Cabeça preta”
A posição de Rocha favorável ao desembarque do PSDB nacional do Governo Temer (PMDB) também é comentada na matéria do UOL. Outra questão é que Rocha se posiciona a favor do acatamento de denúncia contra Temer feita pelo STF. A independência do tucano acreano é notável e isso deve estar incomodando.


Forçando a barra
Nas últimas eleições no Acre a FPA, sob comando do PT, tem jogado muito bem, prova disso são os resultados eleitorais favoráveis. Mas na pré-campanha de 2018 ao Governo do Estado, podem estar fazendo uma “besteira” ao desejarem anunciar o candidato até setembro.


Razões
O quadro de instabilidade política do Brasil se reflete em todos os estados. As coisas mudam a todo instante e o PT não vive o seu melhor momento histórico. O nome mais competitivo da FPA é o do prefeito Marcus Alexandre (PT), no exercício do mandato, que terá que antecipar a sua decisão. Isso poderá deixa-lo exposto para exercer a gestão de Rio Branco. E pra quê?


Vingança?
Esse açodamento para anunciar o nome do candidato ao Governo do PT não tem lógica nenhuma. Irão deixar o “possível” candidato mais competitivo numa “calça justa”. Todos os seus atos como prefeito poderão ser considerados políticos eleitorais. Uma estupidez inominável que parece punir a sua postura independente em relação aos “cuecas apertadas” do PT.


Uma coisa é uma coisa…
Quando um pré-candidato ao Executivo vem do parlamento tudo fica mais fácil. Por exemplo, para o líder do Governo na ALEAC, Daniel Zen (PT) toda essa situação lhe é favorável. Se for o indicado será uma vitória e se não for está sendo divulgado e garantindo a sua reeleição a deputada estadual.


…outra coisa é outra coisa
Também a vice-governadora Nazaré Araújo (PT) está tendo a sua imagem política reforçada. Caso não seja a indicada, poderá concorrer a outro cargo com chances reais. Em relação ao secretário de segurança Emylson Farias, acho uma loucura jogá-lo nesse “jogo” num momento em que a violência é um dos principais problemas do Acre. Já para o Marcus Alexandre nada disso é interessante politicamente, nesse momento.


Cafés da paz
Esses cafés da manhã que tem acontecido entre os pré-candidatos do PT ao Governo querem passar uma postura de unidade. Mas, na minha opinião, expõem ainda mais Marcos Alexandre que não deveria decidir sobre a sua candidatura com tanta antecedência.


Vendo a banda passar
Enquanto isso, o senador Gladson Cameli (PP) mantém a sua agenda de parlamentar acoplada a de pré-campanha. Podem surgir outros nomes na oposição, mas dificilmente será “cuspido” fora do jogo. Vai só na simpatia e no paz e amor. Nesse momento, o jogo lhe favorece.


Eleição difícil
Tanto a disputa pelo Governo do Acre quanto das vagas ao Senado me parecem que serão de “arrepiar”. Não dá pra antecipar um resultado eleitoral em 2018. O jogo esquentou antes do tempo e, agora, cada dia será uma eternidade para todos os envolvidos. Os pré-candidatos estão expostos e à disposição do julgamento da opinião pública faltando ainda mais de um ano para as próximas eleições. Nada de “anormal” se tratando do Acre em que as disputas eleitorais acabam sendo muito antecipadas.

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