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Uma situação antagônica na Frente Popular do Acre

Não sei se a posição do governador Tião Viana de anunciar o nome que vai disputar a sua sucessão em setembro será cumprida. E se for cumprida, o prefeito Marcus Alexandre, manterá a sua palavra de que não conversa sobre a escolha do candidato ao governo este ano? São duas situações antagônicas que estão postas na mesa da FPA. Alguém tem de recuar. Neste momento em que o governo já mobilizou e anunciou oficialmente Daniel Zen (PT), Emylson Farias e Nazaré Araújo como pré-candidatos a governador pela FPA, com os três buscando abrir espaços para seus nomes; uma volta atrás, seria zerar o processo. O nó górdio foi dado e alguém tem que desatar. Aposta difícil sobre quem recuará, se o governador Tião Viana ou se o prefeito Marcus Alexandre. Definido está o Marcos (foto) em só falar sobre disputa do governo em 2018. Mas, como o comandante da eleição que é estadual é o governador, não me perguntem qual dos dois dará um passo atrás. Não saberei responder. Posição política muda como as nuvens. E como tal nunca é definitiva.


As caras da hipocrisia
A hipocrisia política mostrou a sua cara no julgamento de ontem, no TSE, sobre o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. O PSDB, autor da ação, torcendo através dos seus políticos pela absolvição do Temer e o PT, mesmo a Dilma em julgamento, torcendo por sua cassação.


O que isso mostra?
Mostra que a ideologia de nossos políticos varia de acordo com os seus interesses pessoais.


Torcida pela Dilma
Se a Dilma estivesse no poder a torcida do PT seria toda para que o TSE a mantivesse no poder.


Assim é o direito
Nada de anormal a absolvição da chapa Dilma-Temer. Num julgamento é facultado ao magistrado ter interpretações jurídicas diversas, seja absolvendo ou condenando quem está sendo julgado. Assim não fosse não precisaria haver tribunais. O Direito não existe para agradar a opinião pública. E a sua beleza está, justamente, na pluralidade de entendimento.


Metendo os pés pelas mãos
O RBTrans fez uma trapalhada jurídica ao apreender um carro numa rodovia federal que, em tese não praticava nenhum crime, e dizer se o UBER é ou não legal, foge à alçada municipal. O diretor Gabriel Forneck deve dizer aos seus comandados que, ninguém é mais legal que a lei.


Reivindicação atendida
Os agentes penitenciários não podem mais colocar nas suas pautas de reivindicações a falta de condições de trabalho com o investimento do governo de 720 mil reais na compra de coletes, armas e munições. Some-se a isso o bloqueador de celular que, ajuda no controle de presos.


Voto do convencimento
O voto do ministro Gilmar Mendes foi um voto de um magistrado que não se quedou às pressões políticas, às pressões da grande mídia, não quis ficar à mercê da opinião de terceiros. Meu comentário é de quem não votou na chapa Dilma-Temer e que acha o governo Temer tão medíocre quanto ao da Dilma. Um magistrado não pode ser guiado pelo grito da torcida. Foi como agiu o ministro Gilmar.


O mínimo que podiam fazer
O mínimo que os nossos políticos podiam fazer para ser restaurada a credibilidade popular seria aprovar uma Reforma Política para valer em 2018, acabando com as coligações proporcionais e criando uma cláusula de barreira para brecar o surgimento de mais nanicos.


Isso será inevitável
Caso a oposição consiga chegar na eleição com dois candidatos a senador -tenho sobejas razões para duvidar que ocorra – a FPA ficará com uma vaga e a oposição com a outra. Num quadro neste contexto é muito difícil que isso não venha a acontecer. Anotem para conferir.


A razão da dúvida
A dúvida que tenho que a oposição terá somente dois candidatos a senador é fundada em fatos. A candidatura do Márcio Bittar (PSDB) ao Senado é pauta fechada. O mesmo com o senador Sérgio Petecão (PSD), que está no mandato. E quem vai convencer o Major Rocha (PSDB), o Tião Bocalon (DEM) e o Vagner Sales (PMDB) a abrir mão de suas candidaturas?


Mais um dado
E jogo mais um dado nesta análise: todos os cinco postulantes a uma candidatura de senador dentro da oposição têm partidos à disposição, não precisam, pois, de autorização de ninguém.


Briga boa
Uma briga muito boa para as duas vagas que possivelmente o PMDB vai conquistar na Assembléia Legislativa será a da segunda cadeira. A primeira, dificilmente, não ficará com a ex-deputada Antonia Sales. E a segunda será disputada sem favorito entre a deputada Eliane Sinhasique, vereador Roberto Duarte e deputado Chagas Romão (PMDB). Nenhum inocente!


Boa notícia
O DNIT dá na segunda-feira a largada para a recuperação do trecho entre Sena Madureira e Tarauacá. Uma boa notícia! A dúvida que fica é se nesta confusão política a bancada federal do Acre conseguirá recursos ainda neste verão, para as obras entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul.


Melhorou a atuação
Quem deu uma boa melhorada na sua atuação parlamentar foi o deputado Nicolau Junior (PP), com cobranças rotineiras ao governo, especialmente, quando se trata das carências do Juruá. Há pouco tempo, rara era a vez que se via o deputado Nicolau na tribuna da ALEAC. Descobriu que foi eleito pela oposição. Antes tarde do que nunca.


Vencendo barreiras
O presidente Temer vem vencendo barreiras tidas como intransponíveis pelos seus adversários. Não caiu no TSE como todos esperavam. Não deve cair também pelo impeachment. Terá problemas no STF, não sei se com tempo de lhe tirar do mandato.


Agiu certo
Quem agiu mais correto pela oposição no tocante ao governo federal foi o deputado federal Major Rocha: não indicou ninguém para nenhum cargo do governo Temer, no Acre. Ficou mais livre para opinar e até mesmo porque os cargos existentes dão mais desgastes do que bônus.


Depois reclamam
Quando você pega a lista dos partidos de mulheres candidatas ao parlamento, raro é o nome que se encontra com qualidade para exercer um mandato. Colocam mais mulheres para tapar buracos. Este é um dos motivos pelos quais são poucas as que se elegem. Se a cota das mulheres fosse preenchida pelo critério da competência e currículo, não seriam minorias no Legislativo. Esta é uma avaliação que deveria ser feita pelos dirigentes partidários.


Marcando território
Um panorama começa a se delinear para a eleição de 2018. A de que os partidos nanicos estão trabalhando para ter chapa própria para a Câmara Federal. Isso se explica pela exigência de suas direções nacionais, até com ameaças de perda do partido se não elegerem um Federal. É que para um partido mais vale um parlamentar federal do que vinte e quatro deputados estaduais.


Eleição não se ganha de véspera
Nas últimas eleições a oposição nunca teve uma candidatura mais competitiva do que a qued tem no momento. Isso é um fato. Mas ninguém pense que será um passeio sobre o nome a ser lançado pela PT. Lembrar sempre que o PT não está morto, se encontra no poder.


Ninguém se lançou
Diferente do governo, com quase uma dezena de secretários como candidatos ao parlamento, tudo indica que, nenhum secretário municipal deixará o cargo para uma candidatura. Ninguém se lançou até aqui.


Que coisa impressionante!
A GLOBO bateu na Dilma até ela sangrar e na defesa do seu impeachment. Agora usa o mesmo método para tentar derrubar o presidente Temer. Só que até aqui vem perdendo a guerra.


Limpando a imagem
O prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores, vem conseguindo aos poucos tornar a prefeitura adimplente. Quando assumiu encontrou a prefeitura pendurada em 15 inadimplências, hoje só está pendente no INSS e pestes a resolver o problema. Mostrou que tem a maioria dos vereadores ao seu lado. Trouxe ontem seis deles para a assinatura de um convênio com o governo para a aquisição de um caminhão coletor de lixo. O Estado entra  com 150 mil reais e o município com 100 mil reais.


Vamos pensar bem
Se o Temer caísse, o seu sucessor seria escolhido como prevê a Constituição Federal, pelo Congresso. A pergunta: com mais da sua metade enrolada na Lava-Jato, este Congresso teria moral para escolher um nome decente para a sucessão do Temer? E para governar com este regime político podre que está em vigor, sem uma reforma política? Com 27 partidos nanicos ávidos por cargos? A política tem que ser analisada sempre pensando no que vai resultar uma decisão tomada. E não simplesmente vendo os interesses pessoais de cada partido. Simples.


 


 


 


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