O presidente da Câmara de Vereadores, Manuel Marcos (PRB), se posicionou sobre o mandado de prisão do vereador José Carlos Lima, Juruna (PSL), condenado por crimes como peculato e tráfico de influência. Na manhã desta quarta-feira, 15, policiais civis estiveram na Casa para cumprir o mandado de prisão expedido na sexta-feira, 10, mas o vereador fugiu pelas portas do fundo da Câmara minutos antes da equipe da Polícia Civil chegar.
Manuel Marcos informou que sugeriu, por telefone, que Juruna se entregue à polícia. “É uma situação que não é agradável pra essa Casa. Hoje nós nos deparamos com essa situação e agora a gente vai acompanhar a situação. Nós recebemos o delegado, conversamos com ele aqui, tinha saído. Nós sugerimos ao vereador que se entregue porque há possibilidade de ser dado como foragido se ele não se entregar.”
Juruna é acusado, entre outras coisas, de receber propina para ajudar em vendas ilegais de lotes do complexo de camelos da Capital. Ao lado da funcionária da prefeitura, Maria do Socorro de Albuquerque, o agora vereador, que é presidente do sindicato da categoria, chegava a cobrar R$ 400 de cada um dos que tinham interesse em comprar pontos comerciais naquela região.
As informações estão num parecer do Ministério Público Estadual (MPE), ao qual ac24hroas teve acesso com exclusividade. Pela posição do MPE, de cara, já foi negada a solicitação de nulidade do processo em que José Carlos está inserido. Ele alegava ao Judiciário uma espécie de “cerceamento de defesa”, tese não compreendida pelos magistrados.
Sobre a possibilidade do encaminhamento do caso ao Conselho de Ética do Legislativo mirim para posterior cassação, Manuel Marcos disse que ainda é cedo para qualquer antecipação, já que o processo ainda é prematuro.
“A gente vai acompanhar o processo e vamos ver de que forma que essa Casa vai tomar uma postura enquanto mesa diretora e presidente dessa Casa. A gente ainda não tem como adianta questões de processo de cassação do vereador porque ainda é muito prematuro.”
