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Retirada candidatura do Parque da Serra do Divisor à Patrimônio Natural da Humanidade

Pedras no rio Môa na chegada ao pé da Serra do Divisor
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Cachoeira do Ar-Condicionado na Serra do Divisor

Não demorou 10 dias a candidatura do Parque Nacional da Serra do Divisor, que fica no Acre, à Patrimônio Natural da Humanidade, cuja declaração é feita pela Unesco, instituição ligada às Nações Unidas. O Governo Federal votou atrás na candidatura após uma recomendação do Conselho de Defesa Nacional, ligado à Presidência da República.

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Segundo apurou ac24horas, a decisão de cancelar a candidatura se deu sob a alegação de que, sendo declarado patrimônio da humanidade, o título traria problemas de “segurança nacional”. Segundo informou o jornal Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, dia 10, A proposta, foi preparada pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio da ONG Conservação Internacional.


Para informar a desistência, a embaixadora do Brasil na organização da ONU, Eliana Zugaib, remeteu à instituição uma carta em que informa “que o governo brasileiro decidiu retirar a proposta de candidatura para uma revisão e futura apresentação em um novo ciclo”. Cada estado pode apresentar uma única proposta à Unesco.


A cachoeira Formosa é uma das mais belas da Serra

VEJA A CARTA NA INTEGRA CLICANDO AQUI


Na proposta, publicou o jornal paulista, o ministério explica que o parque localizado na fronteira do Acre com o Peru, e que já é uma unidade de conservação federal, é uma região peculiar, com dez tipos de florestas, “constituindo uma coleção única de ecossistemas na Amazônia brasileira”.


Por estar no extremo oeste do País, tem formações geológicas e habitats associados com os Andes tropicais e, por isso, um alto teor de endemismo (espécies que só existem ali) e um dos mais altos níveis de biodiversidade registrada na bacia Amazônica.


É casa de pelo menos 100 espécies de grandes mamíferos, incluindo alguns ameaçados de extinção, como o tatu canastra (Priodontes maximus), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a onça pintada (Panthera onca) e o macacao uacarí (Cacajao calvus rubicundus), de 485 espécies de aves, 40 de répteis e cerca de 100 de anfíbios.


Para o Ministério do Meio Ambiente, a classificação como sítio do patrimônio natural da humanidade traria não só reconhecimento dessa riqueza e desse patrimônio, como força para sua conservação, ao atrair recursos com turismo e com cooperação internacional.


Como o parque está em área de fronteira, no entanto, a proposta passou também pelo Conselho de Defesa Nacional, que a vetou depois de ela ter sido enviada à Unesco. Foi então que o Itamaraty enviou a nova carta ao órgão da ONU.


Leia aqui, a íntegra do documento.

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