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Petrobras tenta vender ativos de combustíveis, mas interesse privado é baixo

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Detentora do monopólio nacional da produção e da importação de gasolina e diesel, a Petrobras quer abrir o setor à iniciativa privada. A estatal busca compradores para parte de seus ativos de refino. Porém, os investidores não demonstram interesse.


Eles temem uma concorrência desleal da estatal. A mando de governos anteriores, a Petrobras manteve artificialmente baixos os preços dos combustíveis. Medida para conter a inflação. Nesse cenário, outras empresas que disputassem o setor seriam prejudicadas.

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“A administração atual já sinalizou que irá praticar a lei de mercado nos preços da gasolina e do diesel, o que é positivo. Mas não sabemos quem irá comandar a empresa no futuro”, diz o diretor do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Adriano Pires.


PEQUENOS MONOPÓLIOS REGIONAIS

Ainda não foi definido o modelo de venda e várias possibilidades estão em análise. Uma das propostas estabelece a venda dos ativos em pacotes divididos geograficamente. Unidades de refino, terminais de importação de combustíveis e também a logística de transporte do produto na região seriam ofertados em conjunto. O objetivo desta proposta é dar certa influência local. Seria uma espécie de seguro contra eventual concorrência predatória.


O problema, segundo 1 executivo a par do assunto, é que o valor da transação pode ficar alto demais para 1 negócio arriscado. O alto escalão da Petrobras tem a mesma percepção. Avalia que, até agora, nenhuma das hipóteses em estudo atrai o apetite da iniciativa privada.


A Petrobras tem 15 refinarias. É pouco, se comparado com as 162 unidades dos EUA. Esse é 1 dos motivos pelos quais o Brasil precisa comprar gasolina e diesel no exterior, a preços internacionais. A estatal também é a única empresa no país a importar combustíveis. Ela detém praticamente toda a infraestrutura de terminais de importação de líquidos, além de influenciar os preços no mercado doméstico.


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