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Coordenador da Operação G7 no Acre, delegado da Lava Jato revela: ‘Perdemos o timing’ para prender Lula

Maurício Moscardi Grillo (Vagner Rosario/VEJA)
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Maurício Moscardi Grillo (Vagner Rosario/VEJA)

Coordenador da Operação Lava Jato na Polícia Federal, o delegado Maurício Moscardi Grillo afirma em entrevista a VEJA neste final de semana que houve um tempo em que os investigadores tinham provas, áudios e indícios que poderiam caracterizar tentativa de obstrução da Justiça por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que, hoje, “os elementos que justificariam um pedido de prisão preventiva não são tão evidentes”. Ele diz também que foi um erro ter levado o petista para depor no Aeroporto de Congonhas porque acabou permitindo a ele passar uma imagem de vítima. O delegado afirma que a PF ainda não digeriu bem o fato de a corporação ter ficado fora da delação da Odebrecht e que “há uma personificação da parte de alguns procuradores como heróis na força-tarefa”. E faz um alerta: mudanças no comando da PF, como cogita o ministro Alexandre de Moraes (Justiça), podem comprometer o andamento da Lava Jato.

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Moscardi foi o coordenador da Operação G7, que em maio de 2013, trouxe a tona um suposto cartel para fraudar licitação das obras de 3.348 casas da “Cidade do Povo”, maior empreendimento imobiliário do Estado do Acre.]


Na época, Moscardi colocou na cadeia 15 secretários de Estado e empreiteiros acusados de desvio de dinheiro público, corrupção ativa e passiva, cartel em licitações e formação de quadrilha.


Apesar de toda a repercussão do caso, nesta semana a Justiça Federal em Rio Branco absolveu 21 acusados da Operação G7. Em sentença de 31 páginas, o juiz federal Jair Araújo Facundes, da 3.ª Vara da Justiça Federal de Rio Branco, concluiu que ‘não há prova do delito’ atribuído a empresários do setor da construção e a ex-secretários estaduais.


O juiz absolveu Acrinaldo Pereira Pontes, Aurélio Silva da Cruz, Carlos Afonso Cipriano dos Santos, João Braga Campos Filho, João Francisco Salomão, João Oliveira Albuquerque, Jorge Wanderlau Tomás, José Adriano Ribeiro da Silva, Keith Fontenele Gouveia, Marcelo Sanchez de Menezes, Mário Tadachi Yonekura, Narciso Mendes de Assis Júnior, Neyldo Franklin Carlos de Assis, Orleilson Gonçalves Cameli, Rodrigo Toledo Pontes, Sérgio Yoshio Nakamura, Sérgio Tsuyoshi Murata, Vladmir Câmara Tomás, Wolvenar Camargo Filho, Carlos Tadashi Sasai35 e Nilton Luiz Bittencourt Silveira.


 


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