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Filho de Edmundo Pinto vê delação da Odebrecht como “luz no fim do túnel” para descoberta de assassinos de seu pai

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Os depoimentos dos 77 acionistas, executivos e funcionários da Odebrecht, o maior grupo de construção do país, como parte de um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR), começam nesta semana. Os executivos resolveram fechar um acordo de leniência na Operação Lava-Jato e pagar R$ 6,8 bilhões ao Brasil, Estados Unidos e Suíça.

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As delações devem comprometer mais políticos e empresários. O fato traz à lembrança, o misterioso assassinato do governador do Acre, Edmundo Pinto, aos 38 anos, com dois tiros na madrugada de 17 de maio de 1992, no Hotel Della Volpe, em São Paulo.


O assassinato do governador ocorreu um dia antes de ele depor numa CPI do Congresso Nacional sobre as obras do Canal da Maternidade, que seriam executadas pela Odebrecht. À época, a polícia chegou a ventilar a possibilidade de crime político.


Segundo o Jornal Folha de São Paulo, no dia do assassinato, três quartos do mesmo andar do hotel eram ocupados por funcionários da construtora, que havia vencido a licitação para realizar a obra do canal.


Nesta segunda-feira, 05, o ex-vereador Rodrigo Pinto, filho do ex-governador, postou em sua página no Facebook: “Meu desejo que a delação desse bandido traga fatos novos e nomes dos envolvidos da tragédia que abalou o Acre em 1992. A Justiça caducou, mas eu estou vivo e disposto para que os verdadeiros assassinos paguem na mesma moeda”.


“Após a operação Lava Jato foi aberta a caixa de pandora das relações espúrias entre empreiteiros, empresas e políticos. A empresa Norberto Odebrecht notoriamente uma das empresas mais poderosas do mundo e detentora das maiores obras do País, finalmente através do MPF seus Procuradores e do Juiz Federal Doutor Sergio Moro, colocou seus Presidentes e acionistas na cadeia. A delação premiada foi a forma escolhida pelos réus para amenizar o tempo vendo o sol nascer quadrado. Com esse tsunami de corrupção ativa, ameaças, assassinatos e tudo que uma verdadeira máfia é capaz de realizar, surgiu uma luz no fim do túnel. Eu nunca tive dúvidas que o assassinato do meu pai foi crime de pistolagem por não ser corrupto e que houve facilitação por parte de pessoas próximas ao Governador para que o trágico evento fosse efetivado”, afirmou.


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