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Subtenente que matou sargento no quartel da PM do Acre tinha histórico de indisciplina, era usuário de drogas e estava em tratamento

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O subtenente José Adelmo Alves dos Santos, 49 anos, que matou o sargento PM Paulo Maia de Andrade com um tiro nas costas na noite desta quinta-feira, 24, no quartel da Polícia Militar do Acre, tinha um histórico de indisciplina e estava em tratamento de saúde por causa do uso de drogas.


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Há 30 anos na corporação, ele havia entrado na reserva há quatro. Quatro meses atrás, durante a onda de ataques de facções na capital, quando vários policiais da reserva foram chamados, o subtenente foi convocado para reforçar a tropa. “Estava legalmente apto”, informou na manhã desta sexta-feira, 25, o comandante da Polícia Militar, coronel Julio Cesar.


“Mas que ele tinha se recuperado do uso da droga, a gente tinha esse laudo. Nós vínhamos acompanhando muito de perto isso. Esse fato de que ele era usuário de droga não pode justificar o ato dele. Senão daqui a pouco ele vai dizer que a culpa é da Polícia Militar que o colocou. Ele estava consciente, executou um ato abominável e vai pagar por isso”, afirma o comandante da PM.


No histórico de polêmicas do subtenente consta um fato que teria ocorrido em Brasileia em 1993. José Adelmo, durante um confronto com integrantes do Exército, sacou sua arma e atirou na boca de um sargento da PM, colega de farda. O sargento passou nove meses internado e sobreviveu.


O comandante da PM confirmou que José Adelmo Alves “estava tratamento de saúde”. “Ele vinha sendo acompanhado de perto e já tinha faltado alguns serviços e no limite de três serviços ele ia ser excluído, suspenso o contrato dele. Essa advertência dessa falta, desse atraso talvez já movesse essa exclusão.”


Nesta quinta-feira, o subtenente teria chegado atrasado no comando e o sargento P. Andrade, que estava na guarda do quartel, teria dito que iria registrar o horário. Ao se virar para fazer a anotação, o sargento levou o tiro nas costas.


O coronel lamentou o fato e acrescentou que o comando terá mais rigor na seleção em casos de retorno de policiais da reserva. Também não se isentou da tragédia dentro do quartel da PM.


“O fato desse tão grave como aconteceu, não tiro a minha culpa como comandante, o fato aconteceu dentro do Comando Geral, não me isento disso, mas vou procurar, nós todos vamos procurar rever isso pra dar mais rigor pra que isso nunca mais na história da polícia se repita. Não estou aqui tirando a culpa da administração. Se realmente a gente usou de uma benevolência muito grande, mas legalmente ele estava apto.”


O subtenente está preso no quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Rio Branco.


O velório do sargento PM Paulo de Andrade acontece na Capela São João Batista, na avenida Antônio da Rocha Viana. O sepultamento ocorrerá às 16h no cemitério Morada da Paz.


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