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O preço da morte

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Custos de serviços funerais em Rio Branco variam entre R$ 650 e R$ 20 mil 


 Luciano Tavares

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Morrer está custando caro em Rio Branco. Sepultamento, caixão, velório, transporte, tudo isso pode chegar ao custo de ate R$ 20 mil nas funerárias da capital. O caixão mais barato sai ao preço de R$ 650, o mais caro até R$ 12 mil, dependendo da funerária.


Na aquisição da urna para o funeral estão incluídos os serviços de limpeza, ornamentação com algodão, suporte para caixão, velas, paramento evangélico ou católico, dependendo do credo religioso de cada família, e o cortejo. Esse é o serviço básico oferecido para quem paga o menor preço.


Porém, se a família quiser contar com os serviços agregados terá que desembolsar bem mais. Uma capela simples sem ar condicionado em uma das mais tradicionais funerárias de Rio Branco custa R$300. Mas esse valor pode subir para R$ 1 mil caso a opção seja por um funeral numa capela com ar condicionado, suíte, banheiro privativo, cama, TV, frigobar e até buffet. Neste caso se a família não quiser ter o trabalho de preparar o tradicional Nescau quente ou café para os visitantes.


“Você pode adicionar itens na capela. Por exemplo, a pessoa pode dizer que quer um buffet para não se preocupar com nada. Aí eu tenho o buffet que sai de R$150 a R$ 850, que vai atender um número x de pessoas especificadas”, diz Antônio Sobral Dourado, gerente de uma funerária na capital.


Mas há ainda o trabalho de conservação, que varia entre R$ 500 e R$ 2,1 mil, a depender da necessidade. E isso quem define é o agente funerário e a família, informa Antônio Dourado. “Conservação de corpo mais simples sai a R$ 500, a intermediária R$ 1,5 mil e a maior, com duração de cinco dias, a R$ 2,1 mil. O que vai determinar isso é o tempo do velório. E também a conservação depende do estado do corpo. Isso depende da avaliação do agente funerário, que é capacitado pra isso.”


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Do óbito ao sepultamento: A burocracia da morte


A declaração de óbito, dependendo do tipo de morte, emitida pelo hospital ou IML, é o documento necessário para que a família dê início ao processo do funeral.


Nos hospitais e no IML, os agentes funerários plantonistas recebem a informação do óbito e após um primeiro contato com a família da pessoa falecida é feito um pré-orçamento. Os valores e serviços são apresentados. A escolha é da pessoa, que tem a oportunidade de pagar em até quatro vezes no cartão de crédito ou à vista.


Acertados os valores e serviços, a empresa providencia o velório. Enquanto isso, a família tem que correr para o cartório para emitir a certidão de óbito. A emissão desse documento é gratuita.

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Também é a família quem se encarrega de escolher o caixão e se nele quer decorações com flores ou algodão. Vai depender da condição financeira. Os agentes vendedores da funerária conduzem a pessoa até uma sala repleta de urnas, um local com caixões para todos os gostos e preços. Valores que chegam a R$ 12 mil em algumas funerárias. Há o caixão com o rosto de Cristo, com uma cruz e outro mais simples sem decoração.


“A gente faz a remoção do corpo. É feita a preparação, a lavagem, limpa-se o corpo, que é levado para o velório que é feito ou na residência ou em uma de nossas capelas ou em uma igreja, associação, enfim. Depois do velório, no momento marcado para o sepultamento, uma hora antes, a gente chega e faz o cortejo até o local do sepultamento. Com o sepultamento acabou o serviço. Esse é o  procedimento que vai variar independente de onde a pessoa falecer. Você vai ter variações. Porque nada é fixo.”


Em Rio Branco, hoje, apenas o cemitério Morada da Paz possui jazigo disponível à venda para uso imediato. No cemitério, uma gaveta custa R$ 3.533 mil. Três gavetas, a quantidade máxima, saem ao preço de R$ 7.653 mil. Se o pagamento for à vista a empresa faz um desconto de 20%. Também são oferecidas as opções de pagamento parcelado via boleto bancário e cartão de crédito.


Nos cemitérios Jardim da Saudade, Cruz Milagrosa e São João Batista não há mais jazigos disponíveis para comercialização. Nesses locais, os enterros são feitos em terras já adquiridas pelas famílias. Para pessoas carentes que comprovadamente não possuem condições de custearem o pagamento de um jazigo, o cemitério Morada da Paz possui uma área. A cessão desse terreno é prevista em lei e os critérios de escolha para sepultamento são estabelecidos por uma equipe da Secretaria de Assistência Social da prefeitura de Rio Branco.


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