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PSDB vence em Manaus, Porto Velho e Belém no 2º turno das eleições de 2016

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O dia 30 de outubro de 2016 ficará na história da política brasileira como o marco do novo mapa político partidário no país após o impeachment  de Dilma Rousseff e os desdobramentos da Operação Lava Jato.


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Artur Neto durante votação em Manaus (Foto: Isis Capistrano/G1 AM)

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As mudanças são significativas de norte ao sul do país, começando por Manaus, onde o ex-senador Artur Virgílio Neto (PSDB)  foi reeleito prefeito da capital do Amazonas com mais de 576 mil votos (55,99%) contra o Republicano Marcelo Ramos (PR), que registrou mais de 453 mil votos (44,01%).


Dr Hildon Chaves foi eleito com mais de 65% dos votos válidos

Dr Hildon Chaves foi eleito com mais de 65% dos votos válidos

Já na capital de Rondônia, Porto Velho, o tucano Dr. Hildon (PSDB) teve mais de 143 mil votos contra os quase 76 mil do PTbista Léo Moraes. O candidato do PSDB ocupará o cargo de Mauro Nazif (PSB) na prefeitura de Porto Velho pelos próximos quatro anos. Nazif chegou a disputar a reeleição, mas não obteve votos suficientes para ir para o segundo turno.


Zenaldo Coutinho foi reeleito prefeito de Belém com mais de 52% dos votos (Foto: Alexandre Nascimento/ G1)

Zenaldo Coutinho foi reeleito prefeito de Belém com mais de 52% dos votos (Foto: Alexandre Nascimento/ G1)

Com 52,33% (396 mil votos), Zenaldo Coutinho (PSDB) foi reeleito Prefeito de Belém. O candidato Edmilson Rodrigues (PSol) obteve até agora 47,67% dos votos (361 mil).


O segundo turno na capital do Amapá, Macapá registrou a vitória do candidato da Rede Sustentabilidade Clécio com 60,51% dos votos válidos, com mais de 123 mil votos. Seu adversário, Gilvan Borges, do PMDB, teve pouco mais de 80 mil votos (39,49%).


Manaus, Porto Velho, Belém e Macapá foram as únicas cidades da região norte a ter segundo turno.


7 derrotas em 7 cidades: 2º turno confirma derrocada do PT

Pedro Dias Leite, da Veja Online


lula_01O resultado do segundo turno das eleições municipais confirmou o pior desempenho do PT desde 1985. Das sete grandes cidades em que o partido concorria (Anápolis, Recife, Santa Maria, Santo André, Juiz de Fora, Mauá e Vitória da Conquista), não levou nenhuma, segundo indicam os resultados da apuração.


A legenda conquistou apenas uma capital, Rio Branco (Acre), ainda no primeiro turno, e ainda perdeu o controle do chamado “cinturão vermelho” — as cidades no entorno de São Paulo onde o partido era forte desde os anos 1980.

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Na única capital onde o partido ainda tinha chance no segundo turno, Recife, o petista João Paulo foi derrotado por Geraldo Júlio (PSB), que conseguiu a reeleição.


No chamado “cinturão vermelho”, o partido também perdeu nas duas cidades em que disputava o segundo turno: Mauá e Santo André. Com isso, não vai comandar nenhuma das cidades — até este ano, tinha seis prefeitos na região, entre eles o de São Bernardo, Luiz Marinho; Lula, que vive lá, não foi nem sequer votar no segundo turno.


Com isso, a maior cidade sob controle do PT no país a partir de 2017 passará a ser Rio Branco, com pouco mais de 300 000 habitantes.


Em São Paulo, a maior cidade comandada pelo petista será Araraquara, com cerca de 150 000 habitantes, onde o ex-ministro de Dilma Edinho Silva foi eleito no primeiro turno.


 Aécio Neves perde na vitória do PSDB

Leandro Loyola, da Revista Época


AECIO-valeNão é fácil ser o senador Aécio Neves, presidente do PSDB. Neste domingo, o candidato de Aécio, deputado estadual João Leite, também do PSDB, perdeu para Alexandre Kalil, do PHS, um neófito na política, a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Leite liderou a campanha eleitoral com folga até o início do segundo turno, quando foi ultrapassado e amargou sua terceira derrota em tentativas de eleger-se prefeito da cidade. Na semana passada, Aécio cancelou tudo que podia e se dedicou à campanha de Leite em Belo Horizonte. Não deu. A disputa no segundo turno agradou à torcida Atlético Mineiro, pois Leite foi goleiro de equipes históricas do Galo na década de 1980, e Kalil foi um vitorioso presidente do clube. Aécio, no entanto, é cruzeirense.


A derrota de João Leite é mais um fator negativo em um cenário que não tem sorrido para Aécio. Do ponto de vista mineiro, ele perde uma eleição municipal que parecia ganha desde o início, pois Leite era um candidato forte em uma disputa na qual não havia o PT; Kalil surgiu como um azarão, de um partido minúsculo, e venceu. Uma derrota assim é mais doída. E Aécio perde novamente em casa: em 2014, ele foi derrotado em Minas por Dilma Rousseff na disputa presidencial – isso apesar de ter tido duas gestões muito bem avaliadas como governador e ter feito o sucessor no cargo. Na ocasião, o resultado foi decisivo para sua derrota nacional. Apesar de não haver um político mineiro de maior expressão nacional hoje, a liderança de Aécio no Estado não parece ser tão firme.


Do ponto de vista partidário, a derrota também chega em um momento de fragilidade para Aécio. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enxerga-se como concorrente de Aécio à vaga de candidato do partido à Presidência da República em 2018. É um cenário ainda bastante distante e incerto, ainda mais em tempos das surpresas da Operação Lava Jato. Mas, na rotina dos políticos, essa expectativa de poder conta. Em contrapartida à derrota de Aécio hoje, o candidato de Alckmin à prefeitura de São Paulo, João Dória Júnior, elegeu-se de forma surpreendente no primeiro turno. Alckmin pode sorrir; Aécio, não. Nas negociações internas, Alckmin está “com moral” para exigir mais espaço no partido e avançar; Aécio tem de defender-se. É claro que a influência do resultado da eleição municipal numa disputa pelo controle do PSDB é limitado: o que conta, na verdade, é o apoio que cada um tem no partido como um todo, especialmente das bancadas no Congresso.


Nesse terreno, Alckmin – sempre mais centrado em São Paulo – não é páreo para Aécio, um líder nacional consolidado. Mesmo assim, em vez de avançar, Aécio terá de defender seu espaço e ceder postos ao concorrente. Uma eventual vitória de João Leite, se tivesse vindo, tornaria este trabalho mais fácil para Aécio. Na configuração atual, Alckmin é governador e tem o prefeito da capital do seu Estado; Aécio não tem o prefeito e tem no governo do Estado um opositor, o petista Fernando Pimentel. É certo que Pimentel está enfraquecido pela derrocada do PT e pela sua própria, fruto da Operação Acrônimo, que bate à porta para tira-lo do cargo; mas, de toda forma, ainda está lá.


A situação só não é de todo ruim porque Aécio se beneficia do quadro geral da eleição, no qual o PSDB teve uma expressiva vitória em todo o país. Graças em grande parte ao naufrágio descomunal do PT, o tucanato cresceu e só obteve menos prefeituras que o eterno PMDB. No momento em que o espaço se abriu, o PSDB avançou e conquistou. A derrota em Belo Horizonte foi uma exceção que confirma a regra. Em sua gestão como presidente, o PSDB cresceu e é o principal partido de sustentação do governo de Michel Temer, com direito a ministérios e cargos. Esta vitória Aécio pode arrogar a si.


Após campanha turbulenta, Crivella (PRB) é eleito no 2º turno no Rio

Gustavo Maia, do UOL


Crivella é casado há 36 anos, tem três filhos e ocupou a liderança isolada nas pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha

Crivella é casado há 36 anos, tem três filhos e ocupou a liderança isolada nas pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha

Em sua terceira tentativa, o senador e bispo neopentecostal licenciado Marcelo Crivella foi eleito prefeito do Rio de Janeiro no segundo turno da eleição, neste domingo (30). A vitória do religioso, sobre o deputado estadual Marcelo Freixo(PSOL), é também a primeira do PRB (Partido Republicano do Brasil) em uma capital.


Marcelo Bezerra Crivella, 59, vai substituir, no dia 1º de janeiro do ano que vem, o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), que está à frente do Executivo municipal desde 2009. Nas últimas eleições municipais, o peemedebista foi apoiado pelo senador.


O prefeito eleito afirmou, em seu discurso da vitória, que vai construir “o Rio de Janeiro dos nossos sonhos”. “Eu gostaria de agradecer a todos e agradecer a Deus. Ninguém vence sozinho. A gente é apenas aquele que se elege, um representante. É um momento de enorme emoção, sobretudo para mim, que já vinha tentando em várias ocasiões ser prefeito do Rio de Janeiro. Foi um momento inesquecível.”


No local escolhido para a comemoração do candidato, o Bangu Atlético Clube, na zona oeste do Rio, o resultado foi recebido aos gritos: “O Rio tem jeito, Crivella é prefeito”, entoavam os apoiadores, antes mesmo da chegada de Crivella. Entre os aliados que estão no local estão o suplente de Crivella no Senado, o presidente interino do PRB nacional, Eduardo Lopes, o presidente da Câmara dos Vereadores do Rio, Jorge Felippe (PMDB), e a deputada federal Clarissa Garotinho (PR).


Os candidatos derrotados no primeiro turno Carlos Osorio(PSDB) e Indio da Costa também estiveram na comemoração. Ao som da música “Chegou nossa hora”, utilizada na campanha é cantada por Crivella, alguns apoiadores do candidato choraram após a confirmação de sua eleição.


Campanha turbulenta


À frente da coligação “Por um Rio mais humano” (PRB/PTN/PR), com o quinto tempo de propaganda eleitoral na televisão –um minuto e 11 segundos– no primeiro turno Crivella ocupou a liderança isolada nas pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha.


No segundo turno, chegou a abrir 26 pontos percentuais sobre Freixo, segundo pesquisa do Ibope. Seu índice de rejeição caiu 11 pontos entre dois levantamentos do mesmo instituto, de 35% para 24%, na primeira fase da campanha.


Com a divulgação de posições e fatos do seu passado como pastor da Universal, como trechos de um livro em que classificou homossexuais como um “mal terrível” e fez críticas a outras religiões ou o episódio em que foi fichado pela polícia por suposta invasão de domicílio, em 1990, sua imagem foi arranhada e ele partiu para o ataque contra o candidato do PSOL e a imprensa.


Sua vantagem sobre Freixo chegou a cair dez pontos percentuais em um levantamento Datafolha. Na última semana de campanha, dizendo-se perseguido por veículos do “Grupo Globo” e pela revista “Veja”, ele faltou a entrevistas previamente marcadas e passou dois dias em Brasília, cumprindo agenda no Senado.


 


 


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