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Reformas já

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Quem afirma que a nossa previdência social é uperavitária, descaradamente, está mentindo. .


As regras do nosso sistema previdenciário só foram obedecidas ao tempo de um Brasil que não mais existe. No Brasil de hoje, tampouco no Brasil do amanhã, por se encontrar plenamente exaurido, o Estado brasileiro não terá condições de satisfazer o seu vasto e generosíssimo regramento. Dito isto, urge reformá-lo, ampla e radicalmente. Do contrário, a falência do nosso sistema previdenciário será iminente e inevitável.

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Quis o imponderável do destino, redundâncias à parte, que o destino da nossa previdência social viesse cair no colo do presidente Michel Temer, e de pronto, fosse transformado no maior desafio do seu governo, porquanto, seus bilionários déficits, contínuos e crescentes, já se tornaram insuportáveis. Outra não é a dura e crua realidade do governo Temer.


Desta feita, será na travessia do seu curto mandato, de apenas dois anos e alguns meses, o tempo que o presidente Michel Temer disporá para fazer o que nenhum dos seus antecessores, pelas mais diversas motivações, à despeito da legitimidade e da longevidade dos seus mandatos não conseguiram fazer. Reporto-me a aprovação de uma série de reformas constitucionais visando tirar o nosso país da sua crescente agonia.


FHC e Lula, por exemplo, em seus oitos anos no comando do nosso país, com certeza, sabiam que a nossa previdência social caminhava para o caos e pouco fez no sentido de desviá-la de tão perigosíssimo e rumo. E o mais grave: ambos dispuseram de tempo e de apoio congressual para reformar a nossa previdência social.


Lamentavelmente, e a história está aí para testemunhar, nos últimos 25 anos, a guerra pelo poder transformou a reforma da nossa previdência numa das principais armas utilizadas na nossa guerra política, até porque, tida e havida, entre todas as reformas constitucionais previstas, por sê-la a mais impopular, era a mais empunhada pelos partidos de oposição. Neste particular, tucanos e petistas revelaram-se extremamente incoerentes. À exemplificar: ao tempo do governo FHC os tucanos conseguiram aprovar o fator previdenciário, contra a oposição dos petistas. Fora do poder, ou mais precisamente, nos governos petistas, os tucanos conseguiram o próprio fundo previdenciário, ou seja, uma de suas crias. Presentemente, ao pegaram carona do governo Temer, os tucanos voltaram a defendê-lo.


A aprovação e a conseqüente desaprovação do fator previdenciário sintetizam o comportamento do PSDB e seus aliados, e por extensão, dos demais partidos que integram a base de apoio do governo Temer. Em síntese: o comportamento dos nossos políticos depende tão somente do lado do balcão em que se encontram, mas nunca por convicção, e sim, por conveniências.


Sou a favor da aprovação PEC-421 e serei a favor da aprovação da PEC da previdência, simplesmente, porque sou contra ao quanto pior melhor.


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