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Rocha: “o PSDB vai denunciar ‘esquemas’ em outros municípios do Acre”

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A prisão em flagrante do chefe de gabinete, Mário Neto e do presidente municipal do PSDB de Cruzeiro do Sul, Edson De Paula, ainda vai render muito. Os dois são acusados de tentar corromper um candidato a vereador do PSDB para trocar de lado e apoiar a candidatura de Ilderlei Cordeiro (PMDB). O deputado federal Major Rocha (PSDB) me falou nesta quarta, 24, que o seu partido deverá montar novas estratégias para desbaratar esquemas de corrupção eleitoral parecidos em outros dois municípios acreanos, Senador Guiomard e Sena Madureira. Segundo o parlamentar, outros candidatos estariam usando recursos financeiros para “seduzir” tucanos a traírem a legenda. Rocha me confidenciou ainda que o “bote” em Cruzeiro do Sul foi articulado no diretório nacional do partido, em Brasília, e que o presidente Aécio Neves (PSDB-MG) estava plenamente ciente da estratégia. “Isso vai servir de exemplo para o Brasil inteiro. Eu não poderia ficar assistindo alguém tentar destruir o meu partido e ficar de braços cruzados,” desabafou.


Aviso dado
Na coluna recentemente publiquei uma entrevista com o senador Jorge Viana (PT) que dizia que as eleições de 2016 serão as mais judicializadas da nossa história. Jorge previa que muita gente seria eleita, mas que não tomaria posse por problemas gerados na campanha.

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Clima de denuncismo
Os casos escabrosos que envolvem corrupção eleitoral, como o Petrolão, estão derrubando uma presidente da República. As eleições municipais de 2016 terão uma fiscalização como jamais visto anteriormente. Melhor gastar sola de sapato do que dinheiro.


Alerta
Como analista político por várias vezes escrevi que poderiam “vitimizar” o candidato à prefeitura de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso (PSDB). Não deu outra. Com um partido coligado, a Rede, e apenas 16 candidatos a vereadores conseguiram coloca-lo de novo na disputa, e forte.


Exagero
Por outro lado, Ilderlei Cordeiro tem 16 partidos aliados e 119 candidatos a vereadores. Não entendi os motivos da tentativa de cooptar candidaturas inexpressivas tucanas. Todas as pesquisas realizadas até agora mostravam uma vantagem enorme para Ilderlei.


Virada no jogo
Agora, depois do flagrante e de uma gravação feita de um diálogo do candidato a vereador do PSDB, Clebisson, com o prefeito Vagner Sales (PMDB), Ilderlei e De Paula, as coisas podem se complicar. O PSDB fez duas representações, uma pedindo o afastamento de Vagner da prefeitura e a outra cassando a candidatura de Ilderlei.


O documento
Li as duas representações feitas pelo advogado dos tucanos. Nos documentos são reproduzidos trechos das gravações em que as propostas são feitas para o vereador Clebisson abandonar a sua candidatura em troca de R$ 5 mil e mais um emprego na prefeitura.


Por conta da Justiça
Claro que tudo dependerá agora do posicionamento da Justiça. Evidentemente que Vagner e Ilderlei terão os seus argumentos de defesa. Mas a eleição de Cruzeiro do Sul já está judicializada. Isso vai ser um fator preponderante durante toda a campanha.


Pode ser a alternativa
Nos documentos que li não há nenhuma menção ao nome do candidato a vice da chapa de Ilderlei, Zequinha Lima (PP). Pelo que entendi, e não sou advogado, não está explícito o pedido da sua cassação e nem seu nome é citado em nenhum momento. Poderá Zequinha ser candidato da coligação?


Quem vai para o trono?
Não sei se a Justiça irá cassar a chapa do PMDB. Isso dependerá de processo e julgamento. Mas se isso vier a acontecer me pergunto quais dos dois outros candidatos terão mais chances, Henrique Afonso ou Carla Ivani (PSB)?


Espatifado
Rocha na conversa comigo admitiu que esse caso da denúncia de Cruzeiro do Sul recai sobre as forças de oposição. É o famoso fogo nem tão amigo assim. “Agora, os meus adversários e aliados já sabem o que podem esperar de mim. Sou contra a corrupção eleitoral seja quem for,” disse o deputado.


Mudança de paradigma
Quando acabar a forte interferência financeira nas eleições brasileiras, sobretudo, nas reeleições teremos uma nova safra de políticos. O privado e o público são confundidos e dão enorme vantagem para quem está no Governo ou numa prefeitura. Com a intensificação da fiscalização muita gente que antes “nadava de braçada” agora terá que ater ao pedido formal de voto frente a frente. Os programas de governo serão mais valorizados e os eleitores irão poder escolher melhor quem querem para administrar os recursos públicos.

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