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Governo admite possível racionamento de água por causa da seca do rio Acre

Fotos: Pedro Devani/Secom
Fotos: Pedro Devani/Secom
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Fotos: Pedro Devani/Secom

A situação é crítica e o governo não esconde a possibilidade de um racionamento de água em Rio Branco a qualquer momento por causa da seca que atinge o rio Acre.

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Na manhã desta quinta-feira (28), o rio registrou a marca de 1,52 metros, em Rio Branco, segundo medição da Defesa Civil. É a menor cota já registrada para este mesmo período desde 1970, informou o coordenador da Defesa Civil Municipal, George Santos.


O rio, que abastece nove municípios acreanos, está com seu processo de vazão acelerado, em decorrência da forte seca que afeta o estado, que já se configura como a maior dos últimos 40 anos.


O diretor-presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, afirmou que a possibilidade de um racionamento é iminente, pode ocorrer a qualquer momento.


“Pode haver racionamento. Essa é uma afirmação que eu tô fazendo todo dia. Nós temos um plano de racionamento pra botar em curso se ele for necessário. A distribuição ela se mantém. Sendo que nós distribuímos em alguns locais a quantidade de hora/bombeamento. Isso não caracteriza racionamento. Hoje o abastecimento está equilibrado. Agora, isso não dá nenhuma segurança na nossa equipe técnica em afirmar que não haverá racionamento, por exemplo, na próxima semana”, diz o presidente do Depasa.


Duas das três bombas instaladas na torre da maior Estação de Tratamento de Água, a ETA II, responsável por 60% da distribuição na capital perderam a força e foram desligadas. A terceira será desativada no próximo sábado. Isso ocorre porque o nível de água na torre é baixo e os equipamentos perdem a força na captação. A ETA II distribui 900 litros por segundos.


Toda captação agora é feita por bombas flutuantes instaladas na beira do rio. Além disso, são feitos serviços de limpeza e retirada de entulhos do leito.


“O nosso plano de contingência teve que ser antecipado por conta de que as projeções de vazante acabaram se acelerando. Pra isso nós tivemos que acelerar a mudança da nossa captação da ETA II completamente da torre pra bombas sub-flutuantes. Nós estávamos com uma bomba da torre funcionando ainda, mas ela estava perdendo potência. Tem duas paradas e uma funcionando. Nos estamos com cinco bombas sobre flutuantes”, informa.


Mesmo com as bombas flutuantes, a preocupação é grande porque o rio continua baixando e segundo as previsões a seca deve permanecer até o mês de setembro.


“Vamos ter que observar também essas bombas porque à medida que o rio vai baixando elas vão perdendo também potência. Junto com isso nós estamos fazendo limpeza do leito do canal tirando areia e algum tipo de entulho que vai ficando, que vai acumulando pra gente continuar com a captação.”


Na ETA I, estação responsável por 40% da distribuição de água da capital foi feito um serviço de contenção no entorno da torre de captação, uma espécie de suporte para as bombas.

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