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Rio Acre pede socorro. Alguém pode ajudar?

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O ser humano é egoísta. E como é! Ouvi que o rio Acre está pedindo socorro há anos e que ninguém faz nada para ajudá-lo. Mas por que não ajuda se parte dele está em muitas torneiras por aí? Como assim? Ué… Você não sabe que o abastecimento dos bairros é feito a partir da água do rio Acre? Então fique sabendo. E se o rio morrer? De que vamos viver? Só tenho uma certeza: tem gente que só valoriza quando perde!


Há alguns dias li uma reportagem que tratava sobre a poluição do maior rio que corta Rio Branco. Antes, esse manancial passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. Por onde passa leva bonança ou crise- isso a depender da época do ano-, mas agora, vivemos o início de um imbróglio, tempo em que gente se movimenta em busca de soluções.

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A cada ano de seca, nosso rio Acre baixa mais. Em cada ano de cheia, nosso rio Acre sobre mais, avança mais, destrói mais. É um recado àqueles que não pensam nele durante todo o ano. Àqueles que jogam lixo nas águas, às margens, àqueles que o tratam com indiferença. Uma responsa àqueles que, na bonança não percebem o quão importante ele é.


Fico pensando se tanta poluição –a começar pelo Poder público, como reflexo da própria sociedade que o instituiu- está ligada diretamente ao consumismo que, definitivamente, é um problema sério que traz grandes problemas em todo o mundo, e aqui não seria diferente. Isso se torna um problema de saúde pública, uma consequência catastrófica para nosso meio ambiente.


O que muita gente não observa, nem se dá ao trabalho de refletir, é o constante impacto que o consumismo causa à preservação de nossos rios, igarapés, de nossas nascentes. Resultado de um capitalismo que leva à destruição da cobertura vegetal e prejudica a recarga dos aquíferos subterrâneos. Isso sem falar do assoreamento nas proximidades. Concorda comigo?


Posso citar nossa mata ciliar. Essa, aliás, desde que o Brasil começou a ser colonizado é destruída. E olha que o homem tem um conhecimento poderoso sobre isso. É cuidando da mata que teremos rios fortes e seguros. Isso, penso, é um problema de educação. Muitos citam, mas poucos sabem o que causa realmente o aquecimento global.


Mesmo com as pouquíssimas ações do Poder Público –quando há-, a quantidade de lixo que fica às margens de nossos rios é assustadora. Só não vê quem não quer! Olhe para nossos igarapés e veja o risco de desmoronamento, as fileiras de lixo, a poluição. Alguém tem coragem de mergulhar? Será que tem gente que vai lá pegar água para beber? Acho difícil…


A educação ambiental deve estar presente nas escolas. Ela é a grande e mais forte estratégia a ser seguida. Será a grande cartada do Poder Público para com os agentes da sociedade. Será um importante exemplo de respeito e amor ao meio ambiente.


De qualquer forma, a obrigação de qualquer individuo, seja ele quem for, é exercer o direito à cidadania lembrando sempre que ele próprio é o formador do meio ambiente. Não adianta apenas criticar o lixo do vizinho, ou “matagal” do terreno baldio. Não vai resolver nada falar o que todo mundo já sabe que está errado! O que tem que se fazer é tomar uma atitude e praticar a diferença.


Temos de transformar os hábitos malignos em atitudes bondosas!


*João Renato Jácome é acadêmico de Jornalismo, membro do Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Acre, membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes internacionais pela Democracia, Meio Ambiente e Direitos Humanos.

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