Por uma decisão determinante do governador Tião Viana, a ex-candidata a prefeita da Capital, professora Socorro Nery (PSB) será a vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre (PT), expurgando o PCdoB, que defendeu até onde conseguiu a permanência do atual vice, o professor Márcio Batista (PCdoB). Em duas reuniões acontecidas esta semana, o dirigente comunista Edvaldo Magalhães (PCdoB) usou todos os argumentos políticos possíveis para evitar a exclusão do seu partido da chapa majoritária, mas esbarrou na intransigência de Tião Viana e ante um Marcus Alexandre passivo. O argumento para varrer os comunistas é que uma chapa PT-PCdoB seria a cara do desgaste político, e que Nery, por vir da classe conservadora poderia ampliar. Nenhum dos dirigentes dos partidos nanicos foi consultado e lhes caberá apenas concordar, quando Socorro Ney for apresentada, oficialmente, para a FPA.
Quem é a vice?
Socorro Nery é uma professora extremamente qualificada, foi Pró-Reitora da UFAC, um passado limpo, mas sem nenhuma militância partidária, a não ser ter sido candidata a vereadora da Capital pelo PMDB e ter perdido. Até recente era a candidata a prefeita do PSDB.
Uma derrota moral
Mais do que uma derrota política, o PCdoB sofreu no processo de escolha do vice de Marcus Alexandre, uma derrota moral. E explica-se: perdeu a indicação de vice para quem não tem base política, tradição partidária, que não soma nada, contra o PCdoB que tem militância.
Migalhas políticas
Ante a derrota, os dirigentes do PCdoB andam tentando negociar que o PT retire candidatos a prefeitos em Assis Brasil, Plácido de Castro, para deixar só os candidatos comunistas a prefeito. Muito pouco para um partido com Moisés Diniz, Eduardo Farias, Perpétua Almeida, Edvaldo Magalhães, Jenilson Lopes e que já teve nomes como Sérgio Taboada e Marcos Afonso.
Não teria como peitar
Um deputado do PT, que achou a escolha de Socorro Nery um “erro estratégico”, comentou com a coluna que a questão é que o PCdoB ficou sem saída para uma contestação mais forte contra o PT, porque neste caso teria que entregar os cargos de confiança no governo e PMRB.
Ironia do Rocha: “indicamos a vice do PT”
O presidente do PSDB, deputado federal Major Rocha, recebeu a escolha de Socorro Nery para vice de Marcus Alexandre (PT) com ironia: “isso mostra que a FPA não tem um quadro capaz de ser vice do Marcus Alexandre e veio buscar este nome no PSDB, no que elogiamos”.
Escolha pessoal
Na verdade, a escolha de Socorro Nery para vice de Marcus Alexandre foi uma aposta pessoal do governador Tião Viana, que a filiou no PSB, um partido que também não tem militantes na Capital. A sua maior expressa, o deputado federal César Messias (PSB) tem base só no Juruá.
“Não vou me admirar de mais nada”
Um importante ex-parlamentar comunista fez ontem a seguinte observação: “como o PT foi buscar no PSDB o seu candidato a vice-prefeito, não vou me admirar se tirarem o deputado Chagas Romão do PMDB, para ser candidato a prefeito no lugar do Marcus Alexandre”.
Mais um nanico no balaio
A derrota na escolha do vice de Marcus Alexandre (PT) é um golpe quase que fatal no PCdoB, um aliado leal, e que na última eleição não se saiu bem, ficando apenas com um deputado estadual. Com essa derrota, o PCdoB de tantas lutas e tradições, vira mais um nanico na FPA.
Líder na condicionante
A deputada Leila Galvão (PT) me disse ontem que ficará na liderança do PT na Assembléia Legislativa até o final do ano, foi a condicionante para aceitar a missão, que ela relutava.
A maldição do líder
Poucos que foram líderes de governos ou partidários conseguiram se reeleger. É a chamada maldição do líder. Os últimos atingidos por ela foram os ex-deputados Astério Moreira e Moisés Diniz
Questão religiosa
O deputado Jonas Lima (PT) não vai voltar atrás das suas posições de ser contra o movimento LGBT e contra o aborto. “São questões religiosas das quais não abro mão. E não saio do PT”, explica.
Mera perda de tempo
Por tudo é uma mera perda de tempo o ativista gay Germano Marino pedir a saída do deputado Jonas Lima (PT) do partido, por atitudes que considera homofóbicas. E por um motivo básico, Jonas tem base eleitoral, sempre foi bem votado, e o PT não jogará isso fora.
Eis a questão
Se forem somados os votos dos candidatos a prefeito pela oposição na última pesquisa, supera o índice conseguido pelo candidato do PT. Mas, isso é muito bonito na tese, porque quando vai para a prática, os candidatos á PMRB da oposição não se unem e partem para o canibalismo.
Acho difícil aceitar
Um grupo de deputados da base do governo cogitavam ontem numa conversa, convencer o deputado Jamil Asfury (PDT) a ficar um pouco distante da Aleac, até baixar a fervura do debate sobre a venda de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, da qual ele era o gestor.
Não convence
Mesmo Tião Bocalon (DEM) aparecendo como o candidato a prefeito de Rio Branco com o mais alto grau de rejeição na última pesquisa, segundo um aliado próximo a ele, não será fator de convencimento para desistir, porque acha que quando entrar em campanha reverte.
É investimento
O deputado federal Léo de Brito (PT) destinou 500 mil reais de emenda parlamentar para a UFAC. Todo dinheiro colocado no ensino não é gasto, mas um investimento no futuro.
Leve esperança
Assessores do prefeito Marcus Alexandre ainda acham que o vereador Raimundo Vaz (PR) poderá se reconverter ao islamismo petista e voltar a apoiar a sua candidatura à reeleição.
Não vai entender nunca?
Acho que o deputado Jonas Lima (PT) vai encerrar o seu mandato sem conseguir entender como funciona o Legislativo. Quem se elege pela oposição é para cobrar, para exigir, para apresentar denúncias contra o governo. E a base do governo é para fazer a defesa. Certo?
Questão de observação
Não tenho a mínima intimidade com a presidente do SINTEAC, Rosana Nascimento, já a critiquei em algumas questões, mas reconheço que é uma lutadora pela causa do magistério, por isso, sem nenhum temor, digo que faria bem ao SINTEAC a sua reeleição.
Golpe muito duro
Numa avaliação criteriosa, a perda do direito de indicar o vice da chapa do prefeito Marcus Alexandre foi o mais duro golpe na imagem do PCdoB, nos últimos tempos. Foi como um chute no traseiro depois de anos de lealdade. Mas, acabam se entendendo no próximo forró.
Lula com mérito
Como deficiente, o deputado Raimundinho da Saúde (PTN) deve ter sentido na pele o que é a discriminação, talvez, por isso, a sua luta para que todos os benefícios do sistema de Saúde sejam estendidos com prioridade a quem tem uma deficiência física.
Não vai abrir mão
A coluna tem a informação que o ex-vereador Zemar não vai abrir mão de ser o vice na chapa da candidata à prefeitura de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), ainda que esta tenha preferência pelo vereador Carlinhos do Pelado (PSB). Conheço o Zemar, não é de deixar barato.
Continua na frente
Não haverá argumento para evitar que a publicitária Charlene Lima (PV) seja a candidata a prefeita de Sena Madureira pela FPA, porque sempre aparece nas pesquisas como a melhor situada na aliança governista. É a única que pode bater de frente com a oposição.
Representação no MPF
O deputado federal Major Rocha (PSDB) esteve no Ministério das Cidades apresentando um dossiê sobre o caso de vendas no programa “Minha Casa, Minha Vida” e pretende fazer o mesmo gesto junto ao MPF, pedindo para abrir investigação por serem verbas federais.
Separar a verdade da ilação
Numa fase que é de investigação não ouso a fazer juízo de condenação de ninguém no escândalo de venda de casas. Que aconteceu: isso está provado. O que se tem que separar o que é um fato comprovado dos depoimentos com ilações, para não jogar no furacão quem não participou. Mas, que o caso é grave não se nega. Existia de fato dentro da SEHAB uma espécie de imobiliária no paralelo.
Coligação quase acertada
DEM, PSC, PEN, PTC, PR é uma coligação praticamente acertada. É quase certo que o PSD do senador Sérgio Petecão venha para a aliança, que deve discutir quem será o candidato à PMRB, se o vereador Raimundo Vaz (PR) ou Tião Bocalon (DEM).
Ou sairá menor do que entrou
O PSDB deveria levar a sua candidatura a prefeito até certo ponto da campanha. Se os índices do candidato a prefeito Francineudo Costa (PSDB) permanecerem baixo e insistirem na candidatura, o PSDB pode sair menor do que entrou na eleição.
Influencia diretamente
Há outro problema que precisa se repensado pelos tucanos: uma chapa majoritária quando não decola, também leva para baixo a chapa de candidatos a vereador, estão umbilicalmente ligados. E principalmente se não conseguir aliados, como não conseguiu até aqui.
Como é que dá para acreditar?
Estava ontem numa roda de deputados, tendo a sucessão na Capital como tema. Pincei a frase de um deles: “Luis Carlos, como é que esta oposição pode ganhar a prefeitura se não fazem uma reunião séria, só conseguem se reunir para comer churrasco e tomar cerveja na “Fazenda Boi Cagão”. Vou completar: e tendo o anão Montana Jack como cantor para animar. O que acontece é que na oposição não existe uma liderança central que seja respeitada por todas as correntes, e acaba todo mundo sendo líder dele mesmo. Não estão preocupados em montar um plano alternativo ao do governo municipal do PT, mas em ser candidato. Estão mais uma vez jogando pela janela a possibilidade de vitória, no pior momento político do PT. O uso do cachimbo deixou a boca torta.
