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Médico se recusa a atender criança na UPA da Sobral e pacientes aguardam por até oito horas

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Os pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Franco Silva, que fica na Estrada da Sobral, em Rio Branco (AC) estão reclamando em grande número da demora no atendimento. Os usuários esperam por até oito horas uma chamada para o consultório médico. Num dos casos, o profissional se negou a atender uma criança e teria alegado falta de competência para isso. A mãe ficou revoltada.


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“Cheguei aqui com minha filha era uma da tarde, agora já são sete da noite e nem consegui que ela fosse atendida. O médico aqui disse que não ia atender porque ele não era pediatra. Como ele não é especialista, não podia fazer nada. Ele só se recusou mesmo, e mandou o recado” pelo atendente. Já são seis horas de espera. A minha preocupação é ter que eu mesma medicar minha filha”, denuncia Francisca das Chagas de Melo, de 36 anos.

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Francisca questionou a mudança na forma de atendimento da UPA, que antes, segundo ela, atendia a filha sem dificuldade. “Aqui na UPA tinha um médico que sempre atendia a minha filha. Me disseram que ela saiu daqui. Aqui tá tudo diferente. Eu tô vendo que mudou para pior, porque não atender uma criança, doente, indefesa, é um cúmulo. Minha filha só precisava de um exame, uma consulta. Essas semanas todo mundo tá reclamando daqui”, completa a mãe.


O Código de Ética do Conselho Federal de Medicina é muito claro sobre a conduta dos profissionais. No artigo 23 do capítulo 4, diz que é vedado ao médico “discriminar (o paciente) de qualquer forma ou sob qualquer pretexto”, contudo, talvez na contramão disso, o artigo 36 do capítulo 5 afirma que o médico pode “abandonar” o tratamento “ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho profissional”.


Outro paciente, José Luiz Pereira, de 44 anos, disse que já estava no hospital há sete horas, e que a previsão era que demorasse no mínimo mais uma hora e meia para ser atendido. “Aqui nessa UPA a gente não esperava tanto, todo mundo da comunidade vinha para cá e tinha era três médicos. Não sei o que está acontecendo com essa saúde. Isso é desumano. Cadê a ‘saúde de primeiro mundo’ do governo? Eu só quero ser consultado. Estou doente. Coitado de quem é leigo e não sabe dos direitos”, comenta o usuário da UPA.


A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), questionada nesta sexta-feira, dia 08, desmentiu os usuários, e esclareceu que “a unidade e seus profissionais jamais recusam prestar atendimento a quaisquer pacientes”, e que a Direção da unidade “desconhece a recusa de atendimento”, mas vai “apurar o fato” denunciado por Francisca das Chagas Melo.


Além disso, explicou a secretaria, as UPAs “prestam atendimento a qualquer pessoa que se encontre em situação de saúde instável, que não possa aguardar atendimento regular ambulatorial, nos postos de saúde”, e que isso segue “ à medida que as prioridades recebem assistência”, de acordo com a classificação de risco, diz a Nota.


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