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Depois de flagra em grampo, petistas estudam usar sinal de fumaça para substituir telefone

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Bom dia! Boa tarde! Boa noite!

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Vocês estavam com saudades meus três leitores? Passei por dias difíceis, tortuosos, reflexivos e de muitos questionamentos. Principalmente, em relação ao mundo espiritual, mas cá estamos nós de novo para o nosso bate-papo. Vocês sabiam que a maioria dos políticos não usam mais celulares habilitados em seus nomes? Pois é, depois da divulgação das conversas monitoradas com autorização judicial, entre o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, com o senador Jorge Viana (PT), que questionava o avanço da incômoda investigações da Lava-Jato sobre Lula, e orientava o enfretamento ao juiz Moro, os petistas do Acre só utilizam chips habilitados no nome de amigos. Os petistas estariam até pensando em trazer de volta a comunicação por sinal de fumaça. Desta forma evitariam a bisbilhoteira Polícia Federal ouvindo suas produtivas conversas.


No Acre, utilizar sinal de fumaça não seria problema, já que ainda temos comunidades que não sabem sequer o que é a telefonia celular, apesar de o Acre, a nossa querida capital mundial da economia sustentável, ser modelo para os EUA, Alemanha, China, França, Peru, Itália, Israel, Bolívia, Vietnã, Coreia do Sul, Cuba, Rússia e Marte, não conseguimos levar torres de telefonia celular a algumas comunidades. Difícil seria emitir sinal de fumaça para os “companheiros” de outros estados prepararem as táticas de guerrilha para enfrentamento das instituição que insistem em combater a corrupção e o desvio de dinheiro público para financiamento de campanhas eleitorais. Como os “companheiros” aprenderam rápido as artimanhas da velha política, em poucas aulas poderão se tornar craques no envio de mensagens de fumaça.


boca_00“Estou à disposição da PF e do MPF”
Esta frase é do ex-prefeito de Acrelândia, Tião Bocalom (DEM), depois de saber que seu nome estaria numa planilha de distribuição de propinas da empreiteira Odebrecht. Por telefone, Bocalom disse que as instituições podem pedir sua quebra de sigilo bancário e telefônico. “Não tenho nada para esconder, não recebi doação da Odebrecht, estou à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para esclarecer esta situação. Procurei o diretório nacional do PSDB que também declarou que nunca recebeu doação para que destinassem à minha campanha. Os dirigentes do PSDB afirmaram que todo dinheiro de doação, que empresas destinam a campanhas nos estados vem carimbado com o nome do candidato. Eles afirmam que nunca receberam dinheiro da Odebrecht para minha campanha. Tenho a declaração em mãos”, diz Bocalom.


A Odebrecht é uma velha conhecida dos acreanos
pinto_01A empreiteira que está no olho do furacão das investigações da Lava Jato é uma venha conhecida dos acreanos. A Odebrecht foi uma das personagens de um esquema de superfaturamento das obras do Canal da Maternidade, que resultou no assassinato do ex-governador Edmundo Pinto, em 1992, com três tiros na suíte 715 do Della Volpi Garden Hotel, no centro de São Paulo. A licitação para a obra foi feita em meio às denúncias de favorecimento já na confecção do edital cuja concorrência seria vencida pela Construtora Norberto Odebrecht. O então ministro do trabalho, Rogério Magri, deixou-se gravar admitindo ter recebido propinas na ordem de 30 mil dólares para liberar parte do dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que seria utilizado para a realização da obra que foi licitada no valor de US$ 110 milhões.


Um caso nebuloso
pistolagem_01Edmundo Pinto, Luiz Carlos Piestchmann, o engenheiro Gilson Mascarilhas (então diretor da Sanacre), o então presidente da Assembléia Legislativa Ilson Ribeiro e outros assessores do governo deixaram o Acre no dia 14 de maio de 1992 para uma série de audiências em Brasília e em São Paulo. O então governador seguiria para Brasília para depor na extinta CPI das Obras Públicas. Iria falar sobre as denúncias de superfaturamento nas obras do Canal Maternidade, mas foi assassinado antes de prestar esclarecimentos. O presidente da Cohab, engenheiro Wandevan Rodrigues, apareceria morto seis meses depois. Foi abatido a tiros dentro de casa – outro crime tão nebuloso quanto a morte de Edmundo Pinto. A obra do Canal da Maternidade foi concluída na administração do ex-governador Jorge Viana (PT), após a quebra de contrato com a Odebrecht.


propina_01Outra denúncia de favorecimento
O advogado Edinei Muniz, suspeita que a Odebrecht recebeu uma considerável quantia do governo do Acre para ‘destravar’ a obra do Canal da Maternidade, emperrada por ações judiciais, “o governo pagou alguns milhões para que a empresa desistisse de uma apelação que tramitava no TRF1. Até hoje não se sabe que valor foi esse. O valor foi pago sob o fundamento de que a empresa já tinha feito movimentações de máquinas quando a obra foi proibida. Na primeira instância o Acre tinha sido “condenado” a fazer a obra com financiamento da CEF. Um caso raríssimo e inusitado de condenação a favor do condenado. Havia um bafafá que a Odebrecht ganharia a apelação, porque na primeira instância não foi reconhecido o superfaturamento, mas outros defeitos técnicos e formais na licitação. Desconfiamos que a negociação não foi totalmente oficial”.


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O povo continua com o pé na lama


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Ainda lembro como se fosse hoje, as tendas montadas, trabalhadores das empreiteiras convocados, cargos de confiança do governo e da prefeitura todos reunidos, fogos, abraços, selfies, palavras de ordem. Um espetáculo sem precedentes para anunciar o Programa Ruas do Povo, projeto do governador Sebastião Viana (PT), que prometia asfaltar todas as ruas de todas as cidades do Acre, mas que na prática não cumpriu sua finalidade. Um exemplo é o que acontece com os moradores do Loteamento Santa Luzia. Eles ficaram maravilhados com o início das obras em 2014, no período eleitoral, mas além de uma terraplanagem nada mais foi feito no local. Dora Monteiro é um das moradoras do loteamento que sofre para sair de casa. Mãe de uma portadora de necessidades especiais, Dora precisou sair com sacola nos pés até o local que seu carro fica na rua principal, já que não tem como acessar a garagem.


“Nós estudamos, trabalhamos, temos crianças em casa que também estudam. Minha irmãzinha tem dificuldade para caminhar e precisa ir à fisioterapia todos os dias. Eu chego do trabalho tarde da noite, deixo o carro longe e vou caminhando muitas vezes debaixo de chuva e colocando a minha vida em risco. Estamos fartos, chega!! Precisamos de uma solução!!!”, protesta Jéssica Monteiro. Bem que a prefeitura de Rio Branco e o governo do Acre poderiam pegar parte daqueles R$ 250 milhões anunciados para obras de infraestrutura na capital e dar uma forcinha para os moradores do Loteamento Santa Luzia. Ou este dinheiro é virtual e foi citado apenas para fazer mídia positiva para os caciques petistas que não se imaginam jamais longe do poder

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ximenes_01Espaço do leitor
O dirigente do PR, Paulo Ximenes, encaminhou este questionamento sobre os posicionamentos do ex-ministro da Justiça e atual Advogado-Geral da União, Eduardo Cardozo: “Em 2002, a PF grampeou o telefone do Bicheiro Carlinhos Cachoeira. O então Senador Demóstenes Torres , detentor de foro privilegiado, ao ligar para Carlinhos, teve sua conversa gravada. Na época o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso afirmou que o foro privilegiado não servia para acobertar atos ilícitos e que os grampos eram legais. Isso custou ao Senador sua cassação e perda de direitos políticos. (Para o Cachoeira ainda não deu nada). Agora o mesmo Cardoso afirma que a conversa de Dilma, que tem foro privilegiado, com Lula, investigado, e com grampo autorizado pela justiça, é golpe. O foro especial de Dilma é diferente de Senador da República ?? A Advocacia Geral da República tem como princípio constitucional defender os direitos do Estado e não de pessoas”.


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