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Narciso Mendes


Todos os parâmetros utilizados para avaliar a saúde da nossa economia já vinham se deteriorando ao longo dos tempos, e numa intensidade e velocidade tal que, não mais apenas preocupava os nossos renomados especialistas em finanças públicas, enfim, suas desastrosas conseqüências já vinham sendo percebidas por todos os seguimentos da nossa sociedade. Desta feita, urge, ainda que muito tardiamente, que seja posto em ação as terapêuticas que se fazem urgentes e necessárias, até porque, suas causas já estão perfeitamente diagnosticadas. Caso contrário, o pior ainda está por vir.

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Para tanto, há que se ter claro, que as nossas irresponsabilidades fiscais resultaram, em grande parte, da irresponsabilidade dos nossos representantes políticos, posto que, na medida em que foram criando despesas que não cabiam em seus próprios orçamentos, nossos entes federados foram se tornando inadministráveis, e em se tratando de uma federação pouco solidária, como vem ser a nossa, os Estados e municípios tornaram-se os mais prejudicados. .


Qual, entre os tantos candidatos que já disputaram a presidência da nossa República, e não apenas nas eleições próximas passadas, que tenham dado à devida importância a reforma da nossa previdência social? Certamente nenhum. Até porque, de assuntos que possam lhes trazer prejuízos eleitorais, independente de sua importância e necessidade, e a reforma da nossa previdência é o principal deles, nossos candidatos costumam fugir como o diabo costuma fugir da cruz.


. E os nossos programas sociais? Decerto, num país socialmente injusto como o nosso, todos foram e continuam bem-vindos. Ocorre que, por terem sido pessimamente gerenciados, seus custos foram se elevando, diga-se de passagem, irresponsável e exponencialmente, a ponto do nosso próprio Estado não mais ter condições de mantê-los.
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O FIES, por exemplo, em razão dos seus elevadíssimos custo e de sua precária contrapartida, jamais seria aprovado se avaliado à luz da relação custo/benefício. Só este ano, a despeito da agudeza de nossa crise econômica, o FIES consumirá nada mesmos que R$-18,00 bilhões, isto para satisfação das faculdades caça-níqueis, até porque, não é da quantidade, e sim da qualidade profissional dos nossos futuros doutores que o nosso país precisa e reclama. E o seguro-defeso? Tamanho é o seu descontrole que este benefício tem sido concedido a pescadores que nunca fisgaram uma piaba. Benefícios sociais sim, conquanto para atender aos que deles verdadeiramente precisa.


Por fim: ou o Estado brasileiro, e em seus diversos níveis, volta a caber nos seus correspondentes orçamentos, ou a nossa crise econômica não será superada, e como conseqüência, nossos programas socais não serão mantidos. Nua e crua, esta é a realidade.


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