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Grandes empresas do Acre estudam demissões em massa. CUT exige investimentos públicos e valorização do emprego

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Às vésperas de deixar a Presidência da Associação Comercial do Acre, o empresário Jurilande Aragão admite que é incerta a relação entre patrões e empregados para os próximos meses. Os dez maiores empreendimentos do estado estudam o comportamento da economia para anunciar, até o final de fevereiro, se haverá demissões em massa. A notícia domina as rodas de funcionários nas empresas privadas. “Estamos em compasso de espera. O que vai ocorrer lá adiante é incerto”, afirmou Jurilande.


A crise é a maior culpada. Porém, todos os grupos empresariais  têm relações “afetuosas” com o governo, que deixa de honrar parte de suas obrigações financeiras com os fornecedores. O empresariado, assim, prefere sacrificar os trabalhadores, mas não se mobiliza para cobrar o que lhes é devido pelo poder público.

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ONG´s e até entidades sem fins lucrativos, criadas para fortalecer atividades filantrópicas, podem se desfazer de postos de trabalho. Os desempregados podem ser milhares nos 22 municípios.


A principal distribuidora de bebidas no estado dispensou 25 empregados em novembro. O Complexo de Comunicação O Rio Branco demitiu 10 jornalistas no fim do ano passado. A empreiteira CIC, contratada pelo Programa Ruas do Povo, cancelou 200 contratos antes de abrir falência.


A Central Única dos Trabalhadores (CUT)  não vai esperar o pior acontecer. Decidiu que a melhor saída é convocar todos os funcionários de todos os segmentos ameaçados. A estratégia é exigir compromisso para a manutenção dos seus  empregos, ou seja, mais investimento público para a geração de emprego e renda nos 22 municípios.  “Só existe uma solução para esta crise, que é o corte de gastos desnecessários, como explicamos abaixo”, disse Rosana Nascimento, presidente da CUT.


“Não é inteligente da parte do governo deixar os empresários no calote. Vemos isso como uma grande irresponsabilidade. Além de tudo, não é digno de uma administração que se diz popular gastar mais de R$ 1 milhão todo mês somente com cargos comissionados. O Acre paga salários desnecessários a assessores de primeiro escalão, enquanto um funcionário de escola de nível superior precisa sustentar sua família com um piso R$ 806,40”, criticou a presidente da central, Rosana Nascimento.


O aparato de primeiro escalão, diz a sindicalista, custa  R$ 2.858.246,19 ao mês. Anualmente, esse desembolso é de 34.298.954,28 – fora pensões vitalícias a ex-governadores ou seus dependentes, que somam R$ 5,5 milhões todo mês.


Na opinião da sindicalista, “o estado não tem uma política capaz de moralizar gastos públicos. Ela cita como mais um exemplo de inoperância administrativa a manutenção de 22 procuradores com salários que superam R$ 22 mil.


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