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Grávidas denunciam superlotação e demora no atendimento; direção da maternidade orienta grávidas a procurar atendimento no Santa Juliana

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A reportagem do ac24horas foi acionada por gestantes que reclamam da demora no atendimento e denunciam a superlotação e o mau atendimento na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.

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Alcineide Gomes Almeida, 31 anos, é uma das gestantes que aguarda atendimento desde as 05h30 desta terça-feira, 5 de janeiro. Ela conta que por volta das 05 horas da manhã, a bolsa do líquido amniótico estourou e, de pronto, se descolou àquela unidade.


A gestante afirmou que as 06h30 recebeu o primeiro atendimento médico e às 9h deveria ser sido avaliada novamente, o que segundo ela, não aconteceu.


“Já é 12 horas é nada deu ser atendida. Estou nervosa, perdendo líquido. Aqui os leitos estão lotados e eu tenho que ficar andando pelos corredores porque num tem nem onde sentar aqui de tão lotado. Mas o que mais deixa a gente triste é que não podemos perguntar nada que somos mal tratadas por essas atendentes, elas são arrogantes e tratam a gente mal mesmo. É isso que magoa porque estamos com dor, nervosa e somos tratadas com ignorância! ”, desabafou a mãe.


Outra gestante de sete meses, Josilene de Souza Nascimento, 26 anos, reclama que mesmo com perda de líquido amniótico e sangramento desde ontem, procurou a Maternidade e desde às 07 horas desta terça (5) sequer foi atendida por um médico.


“Passei pela triagem e disseram que meu caso pode esperar, que não era de risco. Isso magoa, tenho medo de perder meu bebê. Outro deixaram morrer um bebê. Ainda temos que aguentar os abusos desse pessoal, aqui só faltam bater na gente”, disse a mãe.


A reportagem foi recebida pela direção da maternidade. Em conversa com o médico e diretor técnico da Maternidade Bárbara Heliodora (MBH), Everton Santiago, explicou que não há falta de médico, pois dois atuam em regime de plantão, mas admitiu que nos últimos dias há uma sobrecarga no atendimento. Ele alegou que muitas das mulheres que procuram a unidade não estão em situação de emergência ou de urgência, o que gera tumulto e demora nos atendimentos e, em alguns casos, até prejudica o atendimento daquelas que precisam de atendimento prioritário.


“Muitas gestantes nos procuram para atendimentos que deviam ser realizados na rede de atenção básica. Não podemos nos recusar a atender, mas essas demandas como ultrassonografia, exames e procedimentos de pré-natal não são de nossa ossada”.


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Direção afirma que maioria dos atendimentos não são de urgência e emergência


A reportagem foi recebida pela direção da maternidade. Em conversa com o médico e diretor técnico da Maternidade Bárbara Heliodora (MBH), Everton Santiago, explicou que não há falta de médico, pois dois atuam em regime de plantão, mas admitiu que nos últimos dias há uma sobrecarga no atendimento. Ele alegou que muitas das mulheres que procuram a unidade não estão em situação de emergência ou de urgência, o que gera tumulto e demora nos atendimentos e, em alguns casos, até prejudica o atendimento daquelas que precisam de atendimento prioritário.


“Muitas gestantes nos procuram para atendimentos que deviam ser realizados na rede de atenção básica. Não podemos nos recusar a atender, mas essas demandas como ultrassonografia, exames e procedimentos de pré-natal não são de nossa alçada”.

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Diretor orienta grávidas a procurar atendimento no Hospital Santa Juliana


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“Outro problema é que todas as gestantes buscam atendimento na Maternidade, mas o Hospital Santa Juliana, por exemplo, também pode e deve ser procurado pois está integrado com a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Lá, as portas estão abertas e conta com o serviço de acolhimento e atendimento a gestantes em trabalho de parto”, destacou o diretor técnico da Maternidade Bárbara Heliodora (MBH) Everton Santiago.


Outra dificuldade apontada pelo gestor, que implica diretamente na alta demanda por atendimento, está relacionado com a vinda de gestantes do interior do Acre, também na divisa do Estado, em Extrema (RO) e Boca do Acre (Amazonas), sem contar ainda indígenas e da fronteira com o Peru e Bolívia.


“É importante salientar que muitas das que procuram a maternidade não estão em trabalho de parto, buscam realizar exames, outras por desconhecer os sinais de alerta relacionados ao trabalho de parto buscam por atendimento. Se a maternidade fosse atender a demanda somente da capital, de certo, não haveria demora nos atendimentos, mas acabamos absorvendo pacientes vindos do interior, de cidade vizinhas e até da fronteira. Entendemos que muitas ficam apreensivas e preferem vir ter o filho na capital, mas essa demanda acaba gerando tumulto no atendimento”, explicou o médico Everton Santiago.


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