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Prometendo fazer lobby para o Acre, Lula inaugura Dom Porquito em Brasiléia

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Prometendo fazer lobby para atrair investimentos para o Acre, Lula inaugura o complexo industrial de suinocultura Dom Porquito

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Prometendo fazer lobby ara atrair novas empresas para o Acre, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou na tarde desta segunda-feira (30), o complexo industrial de suinocultura Dom Porquito S/A, instalado na Rodovia do Pacífico, BR-317, em Brasileia. O petista fugiu duas vezes para não participar de uma entrevista coletiva, mas não deixou de falar de política, da crise econômica e das criticas que a presidente Dilma Rousseff (PT) recebe pela avalanche de acusações de corrupção contra gestores e aliados de seu governo.


Lula não deixou de exaltar sua passagem pela Presidência da República. Demonstrando desconhecimento de uma segunda ponte que liga Brasil e Bolívia, Lula afirmou que foi ele quem inaugurou a primeira ponte entre os dois países, “depois de quinhentos anos de história”. O petista não deixou de elogiar os irmão Jorge Viana e Sebastião Viana, Senador e governador, respectivamente, destacando que foi ele quem inaugurou a “única” praça que existe em Rio Branco. Repetindo o discurso anterior, na inauguração com complexo de piscicultura, Lula disse que jovem não gosta de mato.

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Depois de jogar novamente por terra, o discurso de ‘florestania’ de seus aliados, Lula elogiou a determinação do empresário Paulo Siqueira. “Isso é um negócio porreta. Este Estado e outros estados não existiam há um tempo atrás. O norte e o Nordeste foram as regiões que mais cresceram. No meu governo, eu participava até de inaugurava até fábrica de palitos de dentes, porque se ficar no gabinete só gente querendo dinheiro. Paulo teve uma visão empreendedora para este estado que não pode parar mais de crescer”, enfatiza Lula


O petista destaca ainda que o mercado alvo da Dom Porquito é a China. “O Paulo resolveu vir para mais perto da China, para que os chineses se fartem de comer os porquitos do Dom Proquito. Antes, imaginávamos um estado extrativista, imaginávamos que só tem que produzir castanha, madeira e mais nada. Era proibido falar de desenvolvimento no Acre. Agora, não sabe se o mundo vai dar conta de consumir os pirarucus produzidos aqui”, destaca.


Falando da crise econômica que se abateu sobre o Brasil, Lula eximiu seu partido e a presidente Dilma Rousseff (PT) pelos problemas enfrentados no cenário político e econômico. “Se o país tem problema, o problema não é da Dilma não, o problema é de 210 milhões de brasileiros que têm que ajudar a salvar este país. É muito cômodo ficar xingando a Dilma, sem saber qual é o papel que eu tenho que fazer. Você diz que político não presta, quando você achar que ninguém presta ao invés de desanimar, entre você na política”, bradou o ex-presidente.


Ele também não deixou de alfinetar os adversários políticos dos petistas acreanos. Sem falar dos atoleiros e buracos da BR-317 – o ex-presidente criticou o prefeito de Brasileia, Everaldo Gomes (PMDB). Lula afirma que a avenida principal da cidade estaria cheia de buracos. Confundindo Jorge Viana com Sebastião Viana, o ex-presidente rasgou elogios ao atual governador. Para ele, o Acre pode ser o grande exemplo para o país sair da crise. Doutor Tião é uma figura excepcional. Eu acho que ele tem um “Q” que a gente não tem”.


Segundo Lula, “o que você ( Sebastião Viana) está fazendo de mudança estrutural na economia deste Estado é uma coisa extraordinária. Se eu puder convencer um empresário a colocar investimento no Acre, você pode saber que eu serei seu aliado. Porque quero que esta país se desenvolva por igual. Se agente tornar o país mais justo, podemos gerar mais oportunidades. Paulo, o seu Dom Porquito vai crescer que você nem imagina quanto de carne você vai vender. Espero voltar para inaugurar novas fábricas no ano que vem”, finaliza o ex-presidente.


O complexo de suinocultura Dom Porquito é uma sociedade anônima em que a Agência de Negócios do Acre tem 37% das ações e os demais acionistas 63%. O projeto está inserido no Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre, que junta empresa-governo-comunidade com alto investimento e tecnologia de ponta no setor produtivo. Nos últimos três anos, foram investidos R$ 85,1 mil, e a previsão para os próximos três anos é um investimento de R$ 43 mil. A indústria já tem contratos fechados com Hong Kong, Peru, Bolívia e Vietnã. Além disso, contatos e prospecção de negócios estão sendo feitos com a China, Coréia do Sul, Cuba e Rússia.


O projeto se localiza na região do Alto Acre, na fronteira com a Bolívia e o Peru, onde o governo investe em cadeias produtivas sustentáveis. Dom Porquito será inaugurado em dezembro, mas já funciona experimentalmente, com uma unidade de produção de leitões com capacidade para 2 mil matrizes e a meta de atingir 6 mil em médio prazo; e com o frigorífico com capacidade para abater 1.600 animais por dia, com peso médio de 120 kg. É um dos mais modernos do país, com tecnologia importada da Alemanha, ajustado para produzir carcaças, cortes finos e embutidos. O empreendimento vai gerar de imediato 300 empregos diretos, beneficiando duas mil famílias (em um prazo de quatro anos).


A comunidade entra no processo de engorda dos animais. Já estão em operação 55 unidades de terminação de suínos por meio de pequenos produtores rurais. A empresa possui uma granja referência, com capacidade de alojamento para 500 suínos por ciclo de engorda de 90 dias. A meta da empresa é chegar a cem produtores integrados, que vão suprir a unidade industrial para abate de 800 animais/dia.


Ao todo, a parceria Dom Porquito manterá as seguintes atividades: produção e comercialização de leitões e cevados terminados, fabricação de ração, abate, processamento, industrialização, transporte e comercialização de suínos.


Os principais produtos são carcaça inteira, carré, costela, picanha, pernil, paleta, recortes, linguiças tipo frescal, presunto, bacon, salgados, mortadelas, linguiças cozidas defumadas.


Os insumos são milho, farelo de soja, óleo de gordura animal, farinha de carne animal, fécula de mandioca.


A fabricação atual de embutidos é de 2,8 toneladas/ano da marca Sabbor. São produtos como mortadela, mortadela light, salsichão, apresuntada e linguiça, entre outros.


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