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Carros com adesivos do Deracre e Prefeitura de Rio Branco eram utilizados para o tráfico de drogas

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Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, a Operação Audathia, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nos estados do Acre, Pará e Mato Grosso do Sul, foi encerrada, nesta quinta-feira, 12, com mais de 10 veículos apreendidos e 13 pessoas presas. Deste, o líder, foi preso no Mato Grosso do Sul.


As investigações levaram a PF a descobrir que veículos com adesivos da Prefeitura de Rio Branco (PMRB) e do Departamento de Estradas e Rodagem do Acre (Deracre), eram utilizados para o transporte principalmente da cocaína, que era vendida fora do estado acreano. Um automóvel, de placas brancas, propriedade da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foi apreendido.

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Durante oito meses, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), coordenada pelo delegado Leandro Ribeiro, acompanhou o passo a passo da organização criminosa. “Um desses carros pertencia mesmo à Prefeitura, já o outro, não; ele tinha apenas um adesivo com a identificação, para ludibriar ao passar nas estradas”, revelou o delegado.


Segundo a PF, os cumprimentos de mandados ocorrem nas cidades de Rio Branco, Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Brasiléia e Mâncio Lima.  A organização é composta por traficantes com histórico criminal que vai desde pequenos delitos até o tráfico de drogas.


De acordo com a PF, os empresários presos nesta quinta-feira, 12, eram responsáveis por financiar a compra e envio da droga para outros estados. Além deles, um funcionário do Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco (AC), também era apontado como facilitador do grupo. Ele era o responsável por passar informações aos criminosos sobre atuação da Polícia Federal (PF) no complexo aeroportuário.


Um ex-ocupante de cargo político do município de Acrelândia (AC), também acabou identificado com membro do grupo criminoso, e foi preso. Todos tiveram o pedido de bloqueio de bens apresentado à Justiça e ao Poder Judiciário. A policia federal não revelou os nomes das pessoas envolvidas.


Segundo os responsáveis pelo caso, o que chama atenção não é apenas o volume de drogas apreendido pelos agentes, mas a constatação da grande movimentação financeira dos criminosos. Em média R$ 400.000,00 era movimentado mensalmente. A organização pode ter movimentado, em todo o tempo de atuação, cerca de R$ 3,2 milhões.


Em nota, a secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco/SEMSA, informa que nenhum de seus veículos são utilizados para ato ilícito. “Esclarecemos porém, que em julho do ano passado, o veículo TOYOTA HILUX OVG 4928 foi roubado da sede de Divisão de Transporte da secretaria, sendo que a Seguradora já restituiu o citado veículo para o patrimônio da SEMSA. O roubo citado foi registrado na Polícia Civil, de acordo com Boletim de Ocorrência 8968 de 22 de julho de 2014 feito pela SEMSA na Delegacia da Primeira Regional. O veículo roubado, poderá ser o mesmo citado, o que deverá ser apurado”, diz


Ainda na comunicado, a secretaria de Saúde de Rio Branco se diz isenta de qualquer participação em ato ilícito e sua missão continua sendo a de prestar serviços de saúde de boa qualidade para a população.


O Deracre também se manifestou em nota, negando que o veiculo apreendido pela PF fosse da instituição. De acordo com o diretor-geral, Cristovam Moura, além de não pertencer ao quadro, o veiculo não consta na lista dos que prestam serviço ao órgão.


Segundo o órgão, os criminosos presos usavam indevidamente a logomarca do Departamento, mas acompanhará a apuração dos fatos e confia na eficaz atuação da Polícia e do sistema de Justiça no combate ao crime organizado.

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