Todo mundo sabe que os partidos da oposição unidos em torno de uma só candidatura na Capital é praticamente impossível. Por isso, o PT através dos seus porta-vozes na imprensa, repete o mantra de que se a oposição não se unir vai perder novamente a disputa de 2016. Ora, isso não é problema do PT, mas dos partidos de oposição. Então por que a divulgação constante dessa mensagem? É para mostrar à opinião pública que a oposição é desunida e sem condições de governar. Tipo assim, se eles não se unirem não votem neles, melhor vir com a gente. Nós estamos unidos. Mas desde quando o Brasil é um país bipartidarista? A eleição municipal é uma oportunidade para os partidos mostrarem seus quadros, divulgarem as suas propostas e projetarem as suas intenções futuras. Não tem como haver uma união entre tantos partidos com propostas tão diferentes. O PT sabe disso e se aproveita enquanto tem os seus próprios rachas internos que são minimizados através da mídia.
O roto falando do rasgado
Não existe união ideológica na Frente Popular. Mas conveniência entre os grandes partidos PT, PSB, PC do B e os nanicos determinada pela ocupação de cargos comissionados no Governo do Estado e na prefeitura de Rio Branco.
Ilusão
Na verdade esses pequenos partidos são um câncer para a política brasileira. A maioria é apenas balcão de negócio. Tipo toma lá dá cá. Eles fazem as gestões de reféns oferecendo votos que na realidade não têm. Partido nanico é um negócio lucrativo.
Outra venda sem entrega
A mesma coisa são as centenas de denominações de igrejas evangélicas. Alguns pastores mais preocupados com as coisas da terra do que do céu costumam vender os votos dos seus fiéis por antecipação aos candidatos incautos interessados.
Ouro de tolo
Esses pastores levam os políticos que lhes oferecem benefícios aos seus púlpitos. Entre um Glória a Deus e outro pedem votos e tentam induzir o rebanho ao apoio de uma determinada candidatura. Mas na realidade não existe homogeneidade política entre os evangélicos. Na hora H cada um vota como quer.
Toda regra tem exceção
Claro que não estou afirmando que todos os pastores têm essas práticas odiosas. Existem realmente aqueles que estão mais preocupados com a questão espiritual dos seus rebanhos do que com o ouro de Mamon. Mas infelizmente são poucos.
As vantagens do segundo turno
Agora, não restam dúvidas que qualquer disputa em segundo turno é muito mais fácil para o PT. Tem a estrutura do poder para oferecer vantagens às lideranças. Mas se alguém da oposição quiser quebrar o paradigma de décadas de vitórias majoritárias da FPA terá que saber enfrentar essa situação com sabedoria.
A decisão do povo
Mas como dizem essas músicas de campanha, quando o povo quer não tem jeito. Resta saber se essa onda de mudanças que se visualiza no horizonte do Brasil também chegará ao seu extremo ocidental, ou seja, no Acre.
No compasso de espera
Uma fonte me afiançou que o deputado federal César Messias (PSB), se for candidato em Cruzeiro do Sul, só anunciará na “prorrogação”. O problema é que com essa postura fica praticamente inviável a FPA construir uma outra candidatura tipo plano B.
O certo pelo duvidoso
Continuo a não acreditar que César irá se aventurar numa campanha a prefeito. Está numa situação confortável, com fórum privilegiado como deputado federal e com uma vida pessoal bem resolvida. Irá largar o certo pelo duvidoso?
Disputa dura no Quinari
O pequeno município próximo de Rio Branco já tem uma montanha de pré-candidatos à prefeitura. A loira Inês Wosniak (PMDB), Ney do Miltão (PRB), Branca Menezes (PSDB), Buiu (PROS), Aurélio da Farmácia (PSB), Jorge Catalan (PP) e André Maia (PDT). É muita gente pra poucos votos.
Equação simples
Se todas essas candidaturas vigorarem está arriscado o próximo prefeito do Quinari se eleger com 20% dos votos. Pouca representatividade popular. Mas acredito que de todos esses nomes permaneçam apenas quatro ou cinco.
Atração fatal
Não entendo porque tanta gente querendo ser prefeito dos pequenos municípios acreanos. O dinheiro anda escasso às prefeituras e não dá mais para levar tanta vantagem pessoal como antigamente. Os órgãos de fiscalização estão mais atentos aos “mal feitos”.
Favoritismo
Com tantas candidaturas em Rodrigues Alves, o empresário Sebastião Correia (PMDB) deve largar na frente. Será a terceira vez que o Bastião tentará ser prefeito de Rodrigues Alves. Ele terá o apoio da ex-deputada federal Antônia Lúcia (PSC).
Lá e acolá
O ex-prefeito Dêda (PROS) terá candidaturas em Rodrigues Alves e Mâncio Lima. Como vai gerir duas campanhas simultâneas em tempos de vacas magras é um mistério. Mas duvido que Dêda vá abrir mão dessas duas disputas que são base para os seus futuros projetos políticos.
Enrolado e valorizado
Leio atônito que o apoio do ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal (PSL) vale ouro na disputa de 2016, mesmo com todos os processos que responde. Na semana passada, Areal foi exonerado do cargo que ocupava no Governo do Estado. Não deve ter significado grandes abalos econômicos na sua vida.
A queda de Cunha
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acabou sendo punido pela própria ambição. Quis montar uma estrutura evangélica fundamentalista no Congresso Nacional. Quando assumiu a presidência da Câmara se cercou de “irmãos” para iniciar a conquista do Reino. Não tenho dúvida que queria realizar o sonho do Brasil governado por evangélicos. Mas cresceu tanto que passou a ser vitrine. E não é que o presidente tinha várias contas milionárias no exterior? Cunha esqueceu que mentir é pecado. Negou, como Pedro, por três vezes que tinha um dólar que fosse em contas no exterior. Mas os milhões de dólares e a vida faraônica da sua esposa e filha vieram à tona. Amigo pessoal do pastor ultra fundamentalista e também milionário Silas Malafaia parece que Cunha vai conhecer uma parte do Evangelho que apregoa que haverá “desespero e ranger de dentes”. Os dentes de Cunha já estão batendo…
