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(Des) confiança

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A confiança é um estado de espírito que nem sempre se explica. E ainda mais quando se trata de futebol. Teve torcedor do Rio Branco que confiou no time até o fim. Mesmo com o Estrelão perdendo em casa no primeiro jogo das oitavas de final da série D, ainda assim alguns adeptos do time alvirrubro acreditaram que dava para voltar classificado do Rio Grande do Sul. Não deu. A volta foi pior que a ida: 3 a 0!


Eu confesso que fiz parte dos que confiaram até o fim. A minha confiança levava em conta o fato de que a lógica costuma ser subvertida no futebol. Nessa semana mesmo que passou, a respeito dessa subversão da lógica, o Fluminense eliminou o Grêmio da Copa do Brasil, jogando em Porto Alegre. E o Palmeiras, pelo Brasileirão, tomou uma lapada horrorosa da Chapecoense. Nenhuma lógica, portanto.

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Os fatos, entretanto, derrubaram a nossa confiança. Ao vencer os dois jogos, o Ypiranga não deixou margem para dúvidas de ser um time superior ao Rio Branco. O “jogo da vida” e o “jogo da sobrevida”, títulos das minhas duas crônicas anteriores, foram pás de cal que sepultaram a esperança do Estrelão de subir para a série C em 2016. A escalada, mais uma vez frustrada, se configura muito escorregadia e íngreme!


Há que se recomeçar tudo outra vez e fazer com que as cinzas se transformem em vida! Não deixar que as esperanças se dispersem ao vento. Existem relatos de que isso é possível. São relatos mitológicos, é verdade, baseados numa ave denominada fênix. Mas, se tudo for feito com competência, união e fé, uma hora deve acontecer!


Para nossa sorte de torcedores, porém, vai-se um campeonato e vem outro. Excluído o Rio Branco da série D, as atenções de muitos de nós, incluindo o velhinho que escreve estas mal traçadas, volta-se para a próxima disputa, em torno da qual ocorrerão as futuras profundas discussões. Justamente as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, cujo start para o Brasil se dá nessa quinta-feira (8), no Chile.


Naturalmente, pra variar, se prenuncia por aí mais sofrimento. Imagino até que um verdadeiro calvário. Isso porque a seleção brasileira anda muito mal das pernas. Vai bem em amistosos, mas quando a coisa é pra valer, aí o bicho pega. A bola tem teimado em não obedecer aqueles que antes faziam dela o que bem entendiam.


Como se não bastasse essa falta de sintonia que causa, nos dias que correm, um peculiar clima de estranhamento entre os jogadores brasileiros e a bola, a seleção das camisas amarelas ainda não poderá contar com o seu principal astro, o atacante Neymar, suspenso por conta daquela briga intempestiva quando da Copa América.


É isso, prezados. Ao pé da Cordilheira dos Andes o Brasil começa mais uma jornada na busca de disputar outra Copa do Mundo. O Brasil até hoje jamais ficou fora de uma disputa dessa natureza. Sempre entrou nas Eliminatórias como favorito. Dessa vez não é bem assim. Que a terra não trema em Santiago. A bênção, Neruda!


 


 


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